quarta-feira, 18 de julho de 2012

COMO CAMINHAR COM DEUS

Descubra as indicações que o levará a Cristo

Se em tempos passados usávamos os mapas, hoje, com a inovação tecnológica, usamos o GPS. Localizar-se ficou mais fácil. Porém, é preciso seguir corretamente as indicações, seja no velho mapa ou no GPS, para que o destino final da viagem seja alcançado com segurança. Saber ler os mapas é fundamental para quem ainda os utiliza. Seguir as indicações do GPS também é essencial para quem faz uso dele. Em ambos os casos será preciso o cuidado na arte de trilhar caminhos que, muitas vezes, nos são desconhecidos. 
Nossa vida também tem mapas que precisam de muitos cuidados para que possamos caminhar com segurança enquanto peregrinamos nas estradas do nosso coração. Nos territórios desconhecidos dos nossos sentimentos, todo cuidado é necessário. Saber ler os sinais de Deus, na história da vida, é uma arte que se adquire com fé e amor. Nos mapas do amor que habitam nossa alma, alguns princípios são necessários:
Primeiro princípio: caminhar com o coração em Deus.
Buscamos caminhos, mas, muitas vezes, nos perdemos em ruas sem saídas e em estradas difíceis de serem percorridas. Andamos de noite por ruas sem iluminação e terminamos caindo e nos machucando. Deus nos orienta nas estradas da vida rumo ao céu. A segurança n'Ele nos devolve a paz para que possamos trilhar os caminhos de nossa vida com a segurança necessária que nos conduz à felicidade. Quem caminha sozinho pelas trilhas do seu próprio coração corre sempre o risco de fazer de seus passos uma jornada sSegundo princípio: ser solidário com os irmãos ao longo do percurso.
Nossos caminhos se cruzam a muitos outros. Nossas histórias se misturam a outras e descobrimos que nossos sonhos são também sonhados por outras pessoas. Ao longo de nossas caminhadas, encontramos homens e mulheres necessitados de um sorriso, de uma mensagem de esperança, e, muitas vezes, já cansados da viagem, precisam apenas de alguém que lhes ofereça um copo de água. Muitos estão feridos e se encontram caídos à beira do caminho. Nos mapas do coração, sempre deveremos ser uma presença solidária que devolve ao outro a dignidade de filho de Deus.

Terceiro princípio: ler a vida na Palavra.
Nem sempre é fácil compreender um mapa quando ele parece confuso. A Palavra de Deus nos auxilia a interpretar e compreender o que nosso coração ainda não consegue entender sozinho. Orientação segura e luz para nossos passos são condições essenciais para cada um de nós, pois somos desejosos de não nos perder em nós mesmos, mas encontrar, ao longo da vida, um caminho que sempre o conduza ao amor de Deus e faça de cada passo um novo aprendizado.
Quarto princípio: ver a vida a partir de outros pontos de vista.
A vida pode sempre ser vista a partir de outros pontos de vista. Quando estamos fixados em um problema ou sofrimento, não conseguimos ver além daquilo que nos prende em nossas próprias preocupações. Quando descobrimos que, por trás de cada curva da estrada da vida, sempre existe um novo horizonte a ser descoberto, os mapas do coração se tornam uma nova oportunidade de reencontrarmos em nós mesmos caminhos de um novo tempo, no qual a dor é amenizada com novas manhãs de esperança.
Quinto princípio: ter em Cristo a meta da chegada. 
O que faz nosso caminhar ter em si mesmo o diferencial de outros apresentados pela vida é a presença de Jesus Cristo que anda ao nosso lado. Quem descobriu Cristo como companheiro de jornada, jamais perderá seu tempo em um caminho que não conduz à vida. Os mapas do coração humano só conseguem ser decifrados quando Jesus nos orienta e nos indica o melhor percurso.em direção
.Padre Flávio Sobreiro

O AMOR VENCE O ÓDIO

Não torneis a ninguém mal por mal

“O que é ruim é que tudo está assim no mundo: o ódio que devora, a ira que nos torna seus prisioneiros e o rancor que nos envenena”. Dom Notker Wolf
O botânico George Washington Carver (1864-1943) superou um terrível preconceito racial para estabelecer-se como um renomado educador americano. Rejeitando a tentação de ceder à amargura pela maneira como foi tratado, Carver escreveu sabiamente: “O ódio interior acabará por destruir aquele que odeia”.
No livro Bíblico de Ester, vemos como o ódio pode ser autodestruidor. Mordecai, um judeu, se recusou a curvar-se diante de Hamã – que se atribuíra importância de dignitário na corte persa. Isso irritou Hamã, que manipulou informações para fazer Mordecai e seu povo parecerem ameaças ao império (3,8-9). Quando terminou de tecer suas intrigas, Hamã apelou ao rei persa para matar todos os judeus. O rei promulgou um decreto nesse sentido, mas, antes que ele pudesse ser cumprido, Ester interveio e o plano diabólico de Hamã foi revelado (7,1-6). Enfurecido, o rei executou Hamã na forca que o intriguista havia construído para Mordecai (7,7-10). 
"As palavras de Carver e as ações de Hamã nos lembram de que o ódio é autodestruidor. A resposta bíblica é virar o ódio ao contrário e pagar o mal com o bem”, escreve o reverendo Dennis Fisher. “Não torneis a ninguém mal por mal...”, disse São Paulo Apóstolo (Romanos 12,17). Quando oferecido, “não vos vingueis a vós mesmos...” (v.19). Ao contrário, faça o bem perante todos os homens (v.17), para viver em “... paz com todos os homens” (v.18).  
“É através do perdão que uma pessoa se redime dos sentimentos amargos que podem transformar a vida em um inferno. Assim, a gente assina um acordo de paz com o seu destino. Para mim, em todo caso, todo perdão é uma vitória do amor sobre si mesmo”, diz Dom Notker Wolf.
Não existe no mundo um sentimento tão sublime e tão poderoso como o amor. O amor vende tudo!
Pe. Inácio José do Vale

QUAL REMÉDIO CURA NOSSA DECEPÇÃO

"Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram" (Lc 24,13-16).
Nós, que ainda não temos sentidos para ver o Senhor, precisamos saber que, quando estamos na dor, no sofrimento ou em grandes alegrias, não estamos sós, porque Jesus está ao nosso lado como estava ao lado dos dois discípulos. A decepção cega e nos faz pessimistas. Aqueles dois eram discípulos, mas tudo o que aconteceu com Jesus – condenação e morte – decepcionou-os de tal maneira que ficaram cegos. 
A decepção é inevitável, não depende de nós. Quantos se decepcionam e cultivam esse sentimento! O pior é que os efeitos desse sentimento aumentam dentro de nós com o passar do tempo. 
Nós temos de renunciar às frustrações. É você quem deve dominar seus sentimentos; não eles a você. Nós, muitas vezes, permitimos que tristezas tão terríveis, tão tóxicas, nos contaminem. Uma vez que a decepção nos pega, precisamos combatê-la e vencê-la. As doenças da alma e do coração são piores do que as do corpo.
A decepção com pessoas e instituições ligadas às religiões e a Deus são piores, porque alguns acabam se decepcionando com a Igreja e, consequentemente, com o Senhor. Isso é terrível, porque daí vem o esfriamento e o afastamento em relação às coisas do Senhor. Como os discípulos de Emaús, você precisa superar esse sentimento, renunciando-o. Talvez as pessoas que o magoaram continuem erradas, mas é preciso que você não guarde esse sentimento em seu coração. Renuncie e salve a sua alma. 
Se os nossos inimigos soubessem como sofremos quando nos decepcionamos, ficariam contentíssimos, porque eles, ao contrário de nós, continuam levando a vida deles. Não tenha medo, renuncie às suas decepções. Peça oração, peça que rezem com você pela cura do seu coração, dos seus sentimentos.
Os discípulos, decepcionados, entraram num pessimismo tremendo. Eles reconheceram quem era Jesus, mas ficaram tão cegos que a fé deles "eclipsou" e tudo o que disseram a Jesus foram coisas pessimistas. Mas o Senhor "entra em cena" e os repreende: "Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Será que o Cristo não deveria sofrer tudo isso para entrar na sua glória?" (Lc 24,25-26). Então, Jesus começa a fazer, novamente, toda uma catequese para eles. Quando os discípulos convidam Jesus para ficar com eles e preparam a refeição, ao partir do pão, eles reconhecem o Senhor, mas Ele desaparece diante de seus olhos.
Meus irmãos, qual o jeito de sairmos da nossa cegueira espiritual e do pessimismo? É nos voltarmos para Jesus. Além de estar presente no Sacrário e na Santa Missa, o Senhor está conosco quando estamos trabalhando. Até mesmo quando você está fazendo coisas erradas, Jesus está com você. O remédio para a decepção é Cristo. Mas, muitas vezes, fazemos o contrário, decepcionamo-nos e nos afastamos d'Ele. 
É impossível viver sem passar por decepções, porque isso não depende de nós. É impossível viver sem sofrimento. Por isso, temos de ser espertos e renunciá-los. O espinho entrou? Retire-o! É isso que Jesus está nos ensinando no dia de hoje. 
"Deus Pai, que cada um de meus irmãos e irmãs tenha a graça de superar as próprias decepções e suas consequências, que faz com que elas adoeçam e, muitas vezes, afastem-se da Igreja e do Senhor. Pai, toque, cure os meus irmãos! Dê-lhes coragem de renunciar logo que sintam os 
primeiros sintomas da doença. 
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova