segunda-feira, 16 de julho de 2012

NOSSA SENHORA DO CARMO

Ao olharmos para a história da Igreja encontramos uma linda página marcada pelos homens de Deus, mas também pela dor, fervor e amor à Virgem Mãe de Deus: é a história da Ordem dos Carmelitas, da qual testemunha o cardeal Piazza: "O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual". 
Carmelo (em hebraico, "carmo" significa vinha; e "elo" significa senhor; portanto, "Vinha do Senhor"): este nome nos aponta para a famosa montanha que fica na Palestina, donde o profeta Elias e o sucessor Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que foi pré-figurada pelo primeiro numa pequena nuvem (cf. I Rs 18,20-45). Estes profetas foram "participantes" da Obra Carmelita, que só vingou devido à intervenção de Maria, pois a parte dos monges do Carmelo que sobreviveram (século XII) da perseguição dos muçulmanos, chegaram fugidos na Europa e elegeram São Simão Stock como seu superior geral; este, por sua vez, estava no dia 16 de julho intercedendo com o Terço, quando Nossa Senhora apareceu com um escapulário na mão e disse-lhe: "Recebe, meu filho, este escapulário da tua Ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo o que morrer com este escapulário será preservado do fogo eterno". 
Vários Papas promoveram o uso do escapulário e Pio XII chegou a escrever: "Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo - e ainda - escapulário não é 'carta-branca' para pecar; é uma 'lembrança' para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a graça duma boa morte". Neste dia de Nossa Senhora do Carmo, não há como não falar da história dos Carmelitas e do escapulário, pois onde estão os filhos aí está a amorosa Mãe. 
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

SE NÃO FOR PARA SER SANTO DE NADA VALE

Deus tem um plano para sua vida, pessoal e particular, um plano de salvação. Se não for para ser santo de nada vale, essa é nossa meta e nossa busca. É uma responsabilidade, porque é com a vida. É um desafio deixar tudo por causa de uma meta, de um chamado, atualizando o chamado que somos chamados a viver 'Ou santos ou nada'. A santidade é para todos, não é uma exceção, não é para alguns, mas para todos. A santidade é para todos, assumindo a exposição desta responsabilidade, de ser santo. O cristão não pode ter medo de se expor, porque não estamos sozinhos, muitos outros estão buscando esta meta.
Talvez o seu estado seja de uma pessoa morta, sem sentindo, dizendo não tem mais jeito. O mundo mudou, mas uma coisa não mudou – o anseio pela felicidade.
Onde você tem buscado a felicidade, o prazer, a alegria?
 Mudamos tanto, cada hora queremos uma coisa diferente e morremos mesmo. E de repente o Senhor nos desperta, mas parece um morto-vivo, andando de um lado para o outro. Você ainda tem buscado sua felicidade como morto-vivo? Que não sabe para onde vai, que não sabe o que quer? Em Lv 11,44:“Porque eu sou o Senhor vosso Deus. Santificai-vos e sede santos, porque eu sou santo. Não vos mancheis, pois, com nenhum réptil que se arrasta pelo chão”.Escutamos a Palavra de Deus, mas parece que continuamos surdos, ainda somos atraídos pelo pecado. Mas, hoje o Senhor nos chama à santidade. E Deus te trouxe a Canção Nova para tirar sua cegueira pela água do Espírito, para te tirar da condição de morto e te fazer livre.
A dificuldade, ela sempre chega e nesta hora precisamos ter pessoas que nos ama do nosso lado, para nos conduzir a felicidade, que se chama santidade. Em qual lugar a santidade em sua vida precisa se encaixar? Na sua família, no seu namoro, no seu trabalho. Em Mt 6, 33-34, o Senhor nos diz “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo. Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá sua própria preocupação!” O que você tem buscado? A conversão da sua família, um emprego, um carro, quantas coisas você tem buscado e isto é importante? Monsenhor Jonas sempre nos ensinou que“A vontade de Deus é a nossa santificação”. 
Não deseje outra coisa a não ser a santidade. Ou santos ou nada. E ser santo não é uma coisa impossível, não é não cair. Santidade é cair e ter a coragem de levantar, de pedir ajuda, de ter a responsabilidade e assumir o compromisso de mudar de vida e seguir de pé como um homem novo, uma mulher nova. Somos convidados a nos preparar para a volta de Jesus e o caminho é a santidade. Fomos feitos para a santidade e não menos do que isso. 
Magda Ishikawa 
Missionária da Comunidade Canção Nova

POR QUE SÃO TÃO MEDROSO !

Aprenda a reconhecer Jesus em meio aos conflitos

Muitos procuram explicar quem é Jesus. Os discípulos estão na barca em direção à outra margem. O dia está para terminar. “Passar para a outra margem” do lago Genesaré significa ir a outros povos (pagãos) para levar a eles a força da semente. Ser comunidade cristã é estar a caminho, e este é, muitas vezes, penoso e assustador.Jesus participa da travessia cheia de perigos e conflitos, mas tem-se a impressão de que Ele, ao dar a ordem de passar para o outro lado, toma a iniciativa e precede os discípulos no embarque. O evangelista recorda que "havia outras barcas para ele", sinal de que não só a comunidade dos primeiros discípulos, mas as de todos os tempos e lugares são convocadas a atravessar. 
A travessia é difícil e perigosa. Levanta-se um furacão no mar da Galileia, o qual sintetiza as forças geradoras do mal e hostis ao projeto de Deus. A cena toda possui caráter simbólico e catequético, ajudando a buscar, descobrir e superar todos os conflitos que emperram ou tentam sufocar o projeto de vida e liberdade, herança deixada por Jesus aos cristãos. 
Em meio aos conflitos, as comunidades têm a sensação de que Jesus está alheio aos dramas e tempestades que as ameaçam. Ele está na parte de trás da barca e dorme sobre um travesseiro. Aos discípulos cabe a tarefa de remar, enfrentando o furacão. Daí a pergunta um tanto irônica dos discípulos: “Mestre, não te importas se vamos perecer?”
É um pouco a sensação dos que não acreditam, fortemente, na força que levam consigo no barco. De fato, as ordens de Jesus ao vento e ao mar: “Silêncio! Cale-se! E a consequente bonança obtida revelam quem Ele é.
Aplacar o mar e amansar suas ondas é, segundo o Antigo Testamento, prerrogativa exclusiva do Senhor. Em Jesus age Deus. Cristo tem o mesmo poder do Pai de reduzir ao silêncio e ao nada o que impede às comunidades cristãs a realização do projeto divino. Mais do que um Jesus taumaturgo, o Evangelho nos fala de Alguém a quem os cristãos precisam aderir plenamente, como condição única para realizar com sucesso a travessia. ”Por que são tão medrosos? Ainda não têm fé?” 
Só os que, de fato, aderem plenamente ao Senhor é que poderão reconhecê-Lo como Filho de Deus.
Dom Eurico dos Santos Veloso