quinta-feira, 28 de junho de 2012

ABRIR UM SORRISO É COMEÇAR A MUDAR O MUNDO


Sorrir é reconhecer o outro como pessoa. Abrir um sorriso é começar a mudar o mundo, porque significa colocar o amor – e não o egoísmo ou o interesse pessoal – no centro da vida humana.
A Encíclica de Bento XVI – Deus Caritas Est – sobre o amor apanhou de surpresa os meios de comunicação em todo o mundo. Muitos esperavam um documento que denunciasse os graves males que atingem a nossa sociedade. Mas qual não foi a surpresa quando se depararam com um texto ao mesmo tempo muito sugestivo e muito terno. Num dos últimos parágrafos, o Papa diz: “O amor é uma luz – no fundo, a única – que ilumina constantemente o mundo em trevas e nos dá a força para viver e agir. O amor é possível, e nós podemos pô-lo em prática, porque fomos criados à imagem de Deus. Viver o amor é levar a luz de Deus ao mundo. Este é o convite que desejaria fazer com esta Encíclica”. Um pouco antes, havia explicado que “o amor não se reduz a uma atitude genérica e abstrata, mas requer um compromisso prático aqui e agora”. Uma das maneiras de pô-lo em prática é dar-se ao trabalho de sorrir.
Como todos apreciamos o sorriso amável das pessoas! Ao mesmo tempo, como é frequente que nos recusemos a sorrir! É estranho que, gostando tanto de que as pessoas nos atendam com um sorriso, nós sejamos, às vezes, tão renitentes em sorrir para a pessoa que nos pede um pouco de atenção. Os meios de comunicação, habitualmente, mostram-nos rostos violentos, irados ou doloridos, que nos comovem, mas quando nos põem, diante dos olhos, caras sorridentes, tendemos, com frequência, a considerá-las falsas e forçadas, pensando que essa amabilidade seja apenas um disfarce, uma tática para conseguir algum proveito ou interesse próprio. Da mesma forma, achamos difícil que alguém nos possa acolher com um sorriso afetuoso sem nos conhecer, mas, ao mesmo tempo, todos nos lembramos da maravilhosa experiência de um sorriso que nos acolheu logo no início da manhã e que foi capaz mudar o nosso dia.
É uma pena menosprezar o sorriso, pois é um dos mais típicos traços do ser humano. Ludwig Wittgenstein – que muitos consideram o filósofo mais profundo do século XX – anotava numa obscura passagem das suas Investigações Filosóficas: “Uma boca sorridente só sorri num rosto humano”. Com essas palavras, Wittgenstein afirma que, para haver um sorriso, é preciso que haja um rosto humano que dê significado a ele; mas, talvez, sugira também que um rosto só é plenamente humano quando sorri. 
Os filósofos da escolástica medieval já haviam percebido que a capacidade de sorrir é uma característica própria dos seres humanos, uma propriedade derivada, necessariamente, de sua essência. Omnis homo risibilis est, diziam: “Todo homem é capaz de rir”. Dar-se ao trabalho de sorrir é um modo aparentemente simples de tornar este nosso mundo um pouco mais humano e, assim, tornar mais humana a nossa própria vida.

Para entender um pouco mais, vale a pena recordar a gênese do sorriso, o modo como ele surge na criança. Segundo dizem os especialistas em desenvolvimento infantil, quando um bebê se sente satisfeito, apresenta no, arco bucal, um reflexo espontâneo que faz a mãe pensar que ele está sorrindo. Emocionada com o aparente sorriso do seu bebê, a mãe o premia com carícias e festinhas afetuosas. Por sua vez, entusiasmada com essa onda de ternura efusiva, a criança corresponde imitando a expressão do rosto materno com um sorriso ainda mais franco e aberto. Esse processo educativo tão peculiar mostra que o sorriso não é um mero reflexo espontâneo de prazer, mas sobretudo uma valiosa conduta comunicativa.
Certa vez, uma aluna do doutorado veio visitar-me junto com a sua filha Carmen, que tem pouco mais de um ano. Demos à menininha um brinquedo simples para entretê-la enquanto conversávamos sobre filosofia. Em um dado momento da conversa, quando rimos abertamente de uma piada filosófica, Carmen uniu-se entusiasmada às nossas risadas, como se tivesse entendido alguma coisa. Com essa risada espontânea, deu-nos uma verdadeira lição de filosofia: rir juntos, sorrir uns para os outros, cria espaços formidáveis para a comunicação.
Sorrir é reconhecer o outro como pessoa: sorrimos para o porteiro ao entrarmos no edifício onde trabalhamos, mas não para a máquina de fotocópias que está no corredor. Existem pessoas nas quais o sorriso parece ser natural. Vem-me à memória o maravilhoso sorriso de João Paulo I, que, nos breves dias do seu Pontificado, encheu o mundo de esperança. No livro que ele escreveu, poucos anos antes, intitulado 'Ilustríssimos Senhores', podemos ler o seguinte: “Infelizmente, só posso viver e distribuir amor no corre-corre da vida cotidiana. Nunca tive de fugir de alguém que estivesse querendo matar-me, mas não faltam aqueles que põem a televisão alta demais, ou fazem barulho, ou simplesmente são mal-educados. Em todos esses casos, será preciso compreendê-los, manter a calma e sorrir. Nisso consistirá o verdadeiro amor sem retórica”.
Tudo leva a crer que um sorriso, aparentemente tão natural, é fruto de um prolongado esforço de muitos anos. Algo parecido contava-me um colega, relatando a sua experiência: “Há épocas – dias – em que sorrir é um ato heroico, pelo menos para mim; dias em que dormimos mal, dias em que não nos sentimos bem, física ou psicologicamente; dias em que temos preocupações ou a cabeça tão ocupada que não conseguimos colocá-la nas pessoas que se encontram ao nosso lado. Mas se você se propuser, conseguirá sorrir e até arrancará comentários do tipo: 'Você, sempre sorrindo! Como deve estar de bem com a vida!'. Mal sabem eles o quanto cada sorriso está me custando!”
O sorriso suscita sempre muita gratidão, tal como no caso da mãe com o seu bebê. Quem sorri colhe, muitas vezes, o sorriso e o afeto dos outros. É muito conhecida aquela afirmação de William James, um dos fundadores da psicologia contemporânea: “não choramos por estarmos tristes, estamos tristes, porque choramos”. Parece-me que algo semelhante se pode dizer do sorriso. De fato, quando encontro pessoas que sofrem por causa do seu isolamento, das suas dificuldades de comunicação com os outros, costumo animá-las a que se empenhem em sorrir para os que estão à sua volta; não sorrimos, porque estamos contentes, mas estamos contentes porque sorrimos. Não importa que, num primeiro momento, o sorriso seja forçado ou pareça artificial, mas depois, com a prática repetida, vai-nos tocando por dentro até que chega a alegrar o coração.
Alguns pensam que a história humana é movida pelas guerras, que o motor do progresso social e científico são os conflitos e os confrontos. Mas Bento XVI nos recorda, com a sua Encíclica, que é precisamente o contrário: o motor da história – se é que a história tem um motor – é o amor, é o diálogo e a comunicação entre as pessoas e entre os povos. O que ele nos ensina é que mudaremos o mundo à base de carinho. Neste sentido, pôr-se a sorrir é começar a mudar o mundo, porque significa colocar o amor – e não o egoísmo ou o interesse pessoal – no centro da vida humana. Por isso, se quisermos começar a mudar o mundo, vale a pena levar a sério o trabalho de sorrir.
Jaime Nubiola

SANTO IRINEU

Celebramos a memória do grande bispo e mártir, Santo Irineu que, pelos seus escritos, tornou-se o mais importante dos escritores cristãos do século II. Nascido na Ásia Menor, foi discípulo de São Policarpo, que por sua vez conviveu diretamente com o Apóstolo São João, o Evangelista. 

Ao ser ordenado por São Policarpo, Irineu foi para a França e assumiu várias funções de serviço à Igreja de Cristo (que crescia em número de comunidades e necessidade de pastoreio). Importante contribuição deu à Igreja do Oriente quando foi em missão de paz para um diálogo com o Papa Eleutério sobre a falta de unidade na data da celebração da Páscoa, pois o Oriente corria ao risco de excomunhão, sendo fiel ao significado do seu próprio nome – portador da paz – logrou êxito nessa missão, já que isto nada interferia na unidade da fé.

Ao voltar da missão deparou-se com a morte do bispo Potino, o qual o havia enviado para Roma e, sendo assim, foi ele o escolhido para sucessor do episcopado de Lião. Erudito, simples, orante e zeloso bispo, foi Santo Irineu quem escreveu contra os hereges, sobre a sucessão apostólica e muito dos dados que temos hoje, sobre a história da Igreja do século II. Este grande bispo morreu mártir na perseguição do imperador Severo.

Santo Irineu, rogai por nós!

DEUS MESMO VEM NOS SALVAR



Após recebermos a graça da efusão do Espírito Santo é que começamos a ler, entender a Palavra de Deus e ter gosto por ela. Começamos a ter gosto pela oração, voltamos para a Igreja e passamos a ser efetivos e eficazes nela. Assumimos de forma diferente o nosso casamento, passamos a ter um namoro, um noivado, de acordo com o coração de Deus.
Estamos no tempo da misericórdia. Após este tempo, Deus terá de usar a justiça! Ele precisa limpar a face da terra, pois já suportou demais a sujeira da humanidade. Ele terá de tirar todo o lixo, arrancar todo joio deste mundo, para que a Sua casa esteja limpa e então Ele possa tomar posse do que é Seu. “Ele mesmo vem salvar-nos.” (Is 35,4)
Jesus virá para recolher os Seus escolhidos. Você deseja que nessa hora todos os seus sejam recolhidos; e o Senhor também quer isso. A nossa geração, que viu o derramamento do Espírito Santo, verá também o Filho do Homem vindo das nuvens do céu, com poder e majestade.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

COMO DEVEMOS AGIR DIANTE DA ADVERSIDADE ?

A lógica do Reino de Deus é bem diferente da nossa, pois é exigente. Mas se a seguirmos, seremos felizes nesta vida e, depois, por toda a eternidade.
Acolhamos o ensinamento de Jesus: “Ouvistes o que foi dito: Olho por olho e dente por dente! Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado” (Mt 5,38-42).
Peçamos ao Senhor a graça de sermos conduzidos pelo Espírito Santo em todo o nosso proceder ao longo deste dia.
Obrigada, Jesus! Eu confio em Vós!
Luzia Santiago