quinta-feira, 10 de maio de 2012

TUDO ESTÁ SOB O OLHAR DE DEUS

Deus nos criou e chamou à vida para Ele. Nós fomos feitos para as coisas do Alto, por isso, nosso coração deve ser um coração que louva ao Senhor.
Maria, com seu testemunho para a Igreja, soube buscar as coisas do Alto. Ela atendeu os desígnios de Deus, gerando o Filho do Criador em seu próprio ventre. 
O mesmo acontece com todas as mães, que ao atender ao desígnio de Deus, buscam gerar vida. O desejo maior de Deus Pai é a constituição da família, como ocorreu com a Virgem Maria que, ao dizer seu "sim", deu início à Sagrada Família.
É necessário que exista a fé para que a vontade do Pai seja atendida, pois ela deve ser unicamente devotada ao projeto d'Ele. Fazer a vontade do Pai é fazer com que nossa vida seja plena no amor de Deus. E se hoje existem famílias destruídas é porque elas não foram dóceis à vontade do Senhor. 
Nossa Senhora não frustrou o desejo de Deus Altíssimo, mesmo sabendo que sua história passaria pela cruz junto de seu Filho. Apesar da profecia de Simeão no templo, Maria foi firme ao acreditar nas promessas do Pai.
Da mesma forma que aconteceu com a Virgem Maria, muitas vezes, nos vemos em meio a sofrimentos e a dores que parecem transpassar nossos corações. Mas é nesse momento que somos fortalecidos e recompensados por nossa fidelidade a Deus.
Precisamos aprender a meditar a Palavra de Deus e deixá-la moldar nossos corações. Porque se alguém é capaz de suportar a dor da perda de um filho, com certeza, essa pessoa foi tocada profundamente pelo amor de Deus e compreendeu que este [seu filho] foi criado para o Céu.
Olhar para Maria é também olhar para santas mulheres da Igreja, como Santa Mônica, que, por meio de sua intercessão, alcançou a graça da conversão do seu filho, Santo Agostinho, um homem que vivia as coisas do mundo numa vida afastada de Deus.
Somos responsáveis, em especial os pais e mães, pela santificação de nossas famílias. Você mulher, que padece no relacionamento com seu marido, persevere na vida de oração. Você pai, que vê seu filho se afastar e buscar refúgio nas drogas, permaneça junto à cruz de Cristo, pois n'Ele você encontrará salvação para sua família.
Nos momentos de dificuldade não faltam pessoas para nos dizer palavras vãs, porém, devemos, nessa hora, guardar a Palavra de Deus, e, com a ajuda dela, reencontrar nossa alegria, porque quem se afasta da Palavra se transforma em uma pessoa frustrada.
Você precisa se decidir pelas coisas do Alto, fazendo a vontade de Deus até mesmo nas pequenas coisas do seu dia a dia. Só assim você será capaz de gerar Cristo para o mundo.
Não é fácil gerar Cristo no seio da sua família, mas é muito mais difícil fazê-lo longe d'Ele. Você não pode desistir dos seus filhos e do seu marido, porque eles dependem de você para encontrar Deus.
Uma vez que encontramos Cristo, queremos anunciar essa Boa Nova para outras pessoas. A graça que você recebe de conhecer Deus não pode parar no seu coração, mas sim ser repassada para sua família e todos os irmãos que precisam ser transformados e renovados pela Palavra.
Padre Ivan Paixão 
Sacerdote consagrado da Comunidade Canção Nova. 

ASSUMIR NOSSA REAL IDENTIDADE

Para ser livres

Sem dúvida alguma, a liberdade não é uma utopia. Ela é, intrinsecamente, desafiante, mas não irreal. É fato que a liberdade aqui proposta, no sentido de uma autonomia identitária (posse contínua da própria identidade), é realidade exigente e profundamente "desinstaladora" para toda e qualquer pessoa.
Vivemos em um tempo no qual muitas pessoas “existem” sob os fardos de uma profunda crise identitária e constantemente representam diferentes personagens – em nome de ideologias e modismos – e, infelizmente, o que realmente se é acaba ficando submerso em meio a essa teia de representações.Cada ser humano possui uma história, uma essência, enfim, uma específica identidade. Pena que são raras as pessoas que conseguem, de fato, contemplar – com inteireza – e assumir o que verdadeiramente são. E aqui é uma questão de assumir o ser, o que realmente se é, e não as deformidades e vícios que nossa história foi – silenciosamente – agregando à nossa personalidade.
Temos, muitas vezes, uma grande facilidade de nos assumir no pior de nós. Contudo, não é unicamente o pior o que configura a nossa verdadeira essência, pois não somos – definitivamente – apenas nossos traumas e erros, antes, somos muito mais: seres criados a partir de um grande Amor e com uma enorme capacidade de amar e fazer o bem.
Nossa identidade não mora apenas no que sentimos, muito menos em nossas más tendências. Não é porque nos sentimos continuamente arrastados por desejos maus e impuros, ou até mesmo contrários à nossa real identidade (psíquica, afetiva e sexual), que somos exatamente isso que estamos sentindo. Não. Sentir não é a forma mais exata de existir e, em muitas ocasiões, o que sentimos será apenas uma triste consequência das circunstâncias duras e fragmentadas às quais nossa história foi submetida.  

Nós não somos nossas más inclinações, nossa identidade não reside aí. O mal incorporado à nossa personalidade é, inúmeras vezes, a nós agregado pelas deformidades e dores que compuseram nossa existência, e não são o fruto de nossa verdadeira essência e identidade.
É insanidade assumir a mentira como verdade (cf. Is 5,20). Mais ainda o é assumir a deformidade como uma maneira concreta de existir. É preciso reagir às fragilidades e traumas que buscam sufocar nossa real identidade, pois isso se estabelece como um entulho que busca sufocar toda vida que está abaixo de si.
É preciso a tudo isso reagir!
Não somos nossos defeitos e erros e, diante destes, precisaremos perenemente nos posicionar, protagonizando nosso futuro; e entendo que nossas circunstâncias não possuem o poder de eternamente nos definir. Faz-se necessário acreditar que existe uma essência boa em cada um de nós e que o defeito não é o que antropologicamente constitui nossa identidade. A fraqueza está em nós, mas, não nos define. Ela (fraqueza) só o fará se constantemente nós a alimentarmos, afinal, a planta que mais cresce é a que mais regamos…
Existe uma força de superação dentro de cada um de nós e, independentemente de como tenha sido nossa a história pessoal, poderemos reconstruí-la – ainda que a partir de seus escombros – e carregá-la com um novo sentido.
É preciso não se conformar diante do mal, que deseja aprisionar nossa “identidade”, sempre lutando em um esforço de continuamente se reinventar, para assim redirecionar tudo o que já passou em uma mais acertada construção daquilo que virá.
Tal tarefa é possível. É realidade confiada a nós que, aliados à Graça, seremos capazes de, em quaisquer circunstâncias, transcender toda morte para em tudo fabricar vida e ressurreição
Padre Adriano Zandoná

A BELEZA PRESENTE NO PLANO DO PAI



Que maravilha! Eu e você somos o presente do Pai para Jesus, o Filho de Deus! Ele é o Senhor desta humanidade. Este foi, desde o início, o plano do Pai: um presente para Seu Filho.
E criou todas as outras coisas: esta terra com tudo aquilo que nela existe – céus, mares, rios, montanhas, plantas, flores. Depois, vieram os animais. Tudo foi criado por Ele e para Ele. Desde sempre, o objetivo do Pai foi este: que o Seu Filho viesse e renascesse nesta terra. Aqui é o lugar do Reino do Filho de Deus.
O Pai queria que Cristo viesse para ser o Senhor, o Rei, o Governador de tudo e de todos nós. Ele é o princípio e Deus colocou toda a plenitude n'Ele. Aí está a beleza!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

AS DELICADEZAS DO AMOR DE DEUS

O amor consiste no seguinte: “Não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele quem nos amou e nos enviou o seu Filho como vítima expiatória pelos nossos pecados” (I Jo 4,10)
O fato de sabermos reconhecer as delicadezas do amor divino na trama ordinária da vida é uma graça do Senhor. Compreender isso é uma autêntica profissão de fé. Na realidade, não somos nós quem procuramos estar perto de Deus para tentar atingi-Lo e amá-Lo, mas é Ele quem nos busca até o momento em que consegue abrir uma brecha em nosso coração.
Não podemos nos deixar escravizar pela dor, pelo medo, pelos contratempos inesperados, pelas coisas passageiras deste mundo… Para conseguirmos ver a vida com os olhos da fé e superar essas escravidões precisamos nos deixar inundar e conduzir pelo Espírito Santo de Deus.
Viva o tempo que se chama hoje, seja de alegria ou de tribulação, tendo a graça do Espírito Santo como suporte em todas as suas ações.
Peçamos, hoje, ao Senhor, a graça de conhecê-Lo profundamente e de ter uma fé sólida na Sua Palavra e no Seu amor.
Senhor, dá-nos um coração sensível à Sua presença para que possamos reconhecê-Lo e amá-Lo como Nosso Senhor e amigo.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago