quarta-feira, 18 de abril de 2012

PÁSCOA E MORTE

Sem a Luz de Cristo, não se enxerga

Neste ano estamos celebrando a Páscoa – a oitava pascal - de maneira muito triste e diferente. Um fato significativo: na mesma semana em que a Igreja celebra a vitória da vida sobre a morte, a Oitava da Páscoa, a cultura da morte prevalece em nosso país, com seu órgão máximo de Justiça, o Supremo Tribunal Federal, aprovando tristemente a legalização do aborto para as criancinhas anencéfalas. Sinais dos tempos! Em plena semana da vida, assistimos a vitória da morte de seres inocentes e indefesos.
No Brasil cristão, com a maioria absoluta do povo cristão, as elites caminham de costas para esse povo e legislam sem o mínimo respeito aos seus sentimentos mais nobres. Uma minoria domina a maioria; onze pessoas decidem a vida de duzentos milhões que se veem indefesas. Alguns magistrados usaram a falsa justificativa de que a criança anencéfala “não tem vida’, “não é um ser humano’, “estão em estado de morte cerebral” e sem vida. Seu estado físico seria “incompatível com a vida humana”, que “a mãe é penalizada ao carregar uma gestação desse tipo”,  e afirmou-se que isso “lesa a autonomia da mulher”. Que horror!
A melhor resposta a tanto sofisma é a foto que circulou amplamente na internet e que mostra Vitória, uma menina anencéfala, de dois anos de idade, nos braços do pai, sorrindo para ele e olhando nos seus olhos. Só alguém desalmado é capaz de dizer que Vitória não é um ser humano, que não tem vida, que está com morte cerebral, que lesa o direito e a autonomia da mãe.

Na verdade, subjacente a tudo isso está a falta da Luz de Deus. Como disse o Papa Bento XVI na Santa Missa da Vigília Pascal:
"A escuridão acerca de Deus e a escuridão acerca dos valores são a verdadeira ameaça para a nossa existência e para o mundo em geral. Se Deus e os valores, a diferença entre o bem e o mal permanecem na escuridão, então todas as outras iluminações, que nos dão um poder verdadeiramente incrível, deixam de constituir somente progressos, mas passam a ser simultaneamente ameaças que nos põem em perigo nós e o mundo".
Com essas palavras o Sumo Pontífice explicou a tragédia do STF, antes que ela acontecesse: sem Deus, sem a Luz de Cristo, não se enxerga, não é possível ver o invisível, o transcendente, o que está além do corpo e da pura matéria. “Não se pode medir um ser humano com uma régua”, como disse meu amigo, o Dr. Paul Medeiros. Não é dez ou quinze centímetros de cérebro que define um ser humano; mas sua geração à imagem e semelhança do Criador, transcendente, imortal. Medindo o ser humano apenas com uma régua ou apenas com uma balança vamos derrubar todas as colunas da civilização cristã e do estado de direito.
Uma civilização verdadeira se caracteriza por defender os mais fracos e mais indefesos, como o feto em gestação; então, diante da vitória da “cultura da morte” podemos ver o quanto estamos nos aproximando novamente da barbárie. O Papa João Paulo II disse que a nação que mata os seus filhos é uma nação sem futuro. Deus tenha misericórdia de nós e não faça valer o que disse São Paulo: “De Deus não se zomba” (Gálatas 6,7)
Felipe Aquino

O PERIGO DAS MEIAS VERDADES

Uma meia verdade é pior que uma mentira

À medida que cresce na mídia a tendência do “politicamente correto”, que, na versão católica do Papa Bento XVI, pode-se traduzir como “ditadura do relativismo”, alguns católicos, líderes e, às vezes, pregadores parecem ter medo de assumir a verdade integral pregada pela Igreja. Nota-se certo receio de “ir contra a corrente”, contra a vontade da maioria, esquecendo-se de que Jesus é “sinal de contradição”, e que por isso foi perseguido e crucificado, para não deixar de dar testemunho da verdade que salva. A verdade não depende da maioria, mas de si mesma.
A verdade é fundamental; por isso o Papa tem sido seu paladino incansável. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que o que salva é a verdade: “Com efeito, 'Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade' (I Tm 2,4). Deus quer a salvação de todos pelo conhecimento da verdade. A salvação está na verdade” (CIC § 851).
Sem a verdade não há salvação. Jesus disse diante de Pilatos que veio ao mundo “para dar testemunho da verdade” (cf. Jo 18,37) e aceitou morrer para testemunhá-la. E deixou claro que “a verdade vos libertará”.
Assim, a verdade não pode ser passada “pela metade”, pois se torna perigosa mentira. Sabemos que uma meia verdade é pior que uma mentira. Não podemos pregar o Evangelho pela metade, deixando de mostrar especialmente aquilo que visa destruir o pecado e levar o pecador à conversão. Por exemplo, a frase “Não podemos comer comida estragada”, está correta e é muito importante; mas, se eu disser só a metade da frase: “Não podemos comer comida”, muitos vão morrer de fome. Entendeu por que a meia verdade é pior do que uma mentira?
Mutatis mutandis” (mudando o que deve ser mudado), noto que alguns ensinam a fé católica em meias verdades. Como? Ao apresentarem uma questão, expõem apenas uma parte da verdade sobre o assunto, deixando de falar do pecado e das exigências de conversão. Por essa razão, não podemos, por exemplo, dizer apenas, aos casais de segunda união, que eles não devem se afastar da Igreja e que  não podem ser discriminados, etc., sem lhes dizer também que a situação deles não é lícita diante do Evangelho e que não podem receber os sacramentos.
Da mesma forma, é claro que temos de acolher, respeitar e não discriminar os homossexuais, e amá-los como verdadeiros irmãos, mas não podemos deixar de lhes dizer que o Catecismo da Igreja Católica considera a prática homossexual (não a tendência) como “depravação grave” (CIC § 2357), tendo em vista que “a tradição sempre declarou que 'os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados'. São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida.Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados” (idem).
Quando se fala aos jovens sobre masturbação e fornicação (sexo realizado por pessoas não casadas), alguns tendem a minimizar a gravidade desses pecados, e alguns até têm a coragem de dizer que não são pecados, quando o Catecismo diz o contrário: “Entre os pecados gravemente contrários à castidade é preciso citar a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais” (CIC § 2396).
Santo Agostinho dizia: “Não se imponha a verdade sem caridade, mas não se sacrifique a verdade sem caridade”. Como declarou o Papa Bento XVI, na “Caritas in veritate”, “caridade sem verdade é sentimentalismo”. Jesus perdoou a mulher adúltera e a salvou da morte, mas não deixou de mostrar a ela o seu grave pecado: “Vá e não peques mais”. Sem mostrar o pecado ao pecador ele não pode se libertar da morte espiritual.
O profeta Ezequiel, em dois capítulos (3,18 e 33) também chama a atenção para a necessidade de se corrigir o pecador:
“Se digo ao malévolo que ele vai morrer, e tu não o prevines e não lhe falas para pô-lo de sobreaviso devido ao seu péssimo proceder, de modo que ele possa viver, ele há de perecer por causa de seu delito, mas é a ti que pedirei conta do seu sangue.Contudo, se depois de advertido por ti, não se corrigir da malícia e perversidade, ele perecerá por causa de seu pecado, enquanto tu hás de salvar a tua vida” (Ez 3,18-19).
“Se eu disser ao pecador que ele deve morrer, e tu não o avisares para pô-lo de guarda contra seu proceder nefasto, ele perecerá por causa de seu pecado, mas a ti pedirei conta do seu sangue” (Ez 33,8)
Felipe Aquino

VOCE TEM UM CORAÇÃO GRATO AO SENHOR ?


Deus é bondade sem fim em perdoar nossos pecados. Nós O ofendemos muito, O ofendemos com nosso coração ingrato e orgulhoso, com nossa língua sempre pronta a falar e julgar; com nossos pensamentos… Somos realmente muito ingratos e maus. E, apesar de tudo isso, o Senhor não nos deixa de amar.
Deus ama a cada um pessoalmente, com amor terno, um amor generoso, como nenhum homem saberia amar.
Tão grande é o amor de Deus Pai por nós que Ele deu Seu Filho único para nos redimir de nossos pecados. Por quantas humilhações Cristo passou para nos salvar! Tudo para ser instrumento de nossa salvação. Quão bom é Deus para conosco!
Nós ainda não amávamos e Ele já nos tinha amor. Quantas graças, milagres e prodígios recebemos do Senhor! Devemos buscar o sacramento da confissão o quanto antes a fim de que estejamos livres do remorso, da escravidão e do pecado, e não mais fiquemos às portas do inferno. Dessa forma encontraremos a paz e nos tornaremos novamente filhos de Deus, herdeiros do Céu.
Que durante este dia nosso coração esteja cheio de amor e gratidão por Aquele que deu a vida por e a nós.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

A GRAÇA MAIOR É A CONVERSÃO DA PRÓPRIA VIDA



Creio que estamos no milênio de Nossa Senhora e no milênio do Divino Espírito Santo. A nossa parte é nos abrir a todas as graças que o Senhor quer nos dar pessoalmente e em família. E a graça maior é a conversão da própria vida.

Chegamos ao limiar do mundo novo e avançaremos vivendo em justiça e santidade todos os dias da nossa vida. Já estamos no mundo novo, na Civilização do Amor.

Nosso combate já está chegando ao seu objetivo. Mais do que nunca precisamos combater. Nosso querido beato João Paulo II nos deixou uma palavra de ordem clara e firme: 'Não temais!'

Mais do que nunca precisamos combater. A ordem é clara e firme: 'Não temais!'

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

QUEM AMA DÁ A VIDA PELOS IRMÃOS



Quem ama dá a vida pelos seus irmãos. O primeiro a dar esta prova de amor a todos nós foi Jesus. Essa atitude de dar a vida, que Jesus nos pede, se realiza no dia-a-dia, por meio dos pequenos gestos, procurando nos colocar a serviço dos irmãos.

A grande iniciativa está no exemplo que Jesus nos dá na Última Ceia, na qual lavou os pés dos discípulos "para que, como eu vos fiz, também vós façais".

Servir significa tornar-se "Eucaristia" para os outros, partilhar de suas alegrias, sonhos, dores e tristezas. É colocar em prática a Palavra de Romanos 12,15: "Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram".

Dar a vida pelo outro é buscar fazer a todos aquilo que eu gostaria que fizessem a mim. Assim, estaremos realizando o Evangelho de Jesus em nossa vida.

Monsenhor Jonas Abib