sexta-feira, 6 de abril de 2012

NA CRUZ HÁ VIDA


A muitos parece dura esta palavra: “Renuncia a ti mesmo, toma a cruz e segue Jesus”(Jo 6, 61). Mas será ainda mais duro ouvir esta última palavra: “Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno”(Mt 16,24-30). Os que agora se alegram ao ouvir a linguagem da cruz e a seguem não precisam ter medo de ouvir a condenação eterna.
Na cruz a salvação, na cruz a vida; na cruz a proteção contra os inimigos; na cruz, a efusão das doçuras do alto; na cruz, a força da alma; na cruz, a perfeita santidade. Não há salvação, não há esperança de vida eterna a não ser na cruz” (Imitação de Cristo).
Que nesta Semana Santa você entre na escola da cruz que gera vida!
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

Senhor, pela tua paixão, no abandono da cruz, tem piedade de nós, jesus pelo sangue jorrado do teu coração, pelo teu sacrifício misericordia.

(refrão)
Deus santo, deus forte, deus imortal e de poder, nós te adoramos, te bendizemos, te glorificamos o senhor
Deus santo, deus forte, deus imortal e de poder, nós te adoramos, te bendizemos, te glorificamos o senhor

Deus pai, vos ofertamos o corpo e o sangue de cristo sua alma e sua divindade em espiação de nossos pecados

Deus santo, deus forte, deus imortal e de poder, nós te adoramos te bendizemos te glorificamos o senhor
Deus santo, deus forte, deus imortal e de poder, nós te adoramos te bendizemos te glorificamos o senhor.

ENTENDA O SIGNIFICADO DO BEIJO NA CRUZ NA SEXTA´FEIRA SANTA

Bento XVI durante adoração à Santa Cruz, no Vaticano
Em todo o ano, existe somente um dia em que não se celebra a Santa Missa: a Sexta-Feira Santa. Ao invés da Missa temos uma celebração que se chama Funções da Sexta-feira da Paixão, que tem origem em uma tradição muito antiga da Igreja que já ocorria nos primeiros séculos, especialmente depois da inauguração da Basílica do Santo Sepulcro e do reencontro da Santa Cruz por parte de Santa Helena (ano 335 d.C.).

Esta celebração é dividida em três partes: a primeira é a leitura da Sagrada Escritura e a oração universal feita por todas as pessoas de todos os tempos; a segunda é a adoração da Santa Cruz e a terceira é a Comunhão Eucarística, juntas formam o memorial da Paixão e Morte de Nosso Senhor. Memorial não é apenas relembrar ou fazer memória dos fatos, é realmente celebrar agora, buscando fazer presente, atual, tudo aquilo que Deus realizou em outros tempos.Mergulhamos no tempo para nos encontrarmos com a graça de Deus no momento que operou a salvação e, ao retornarmos deste mergulho, a trazemos em nós.

Os cristãos peregrinos dos primeiros séculos a Jerusalém nos descrevem, através de seus diários que, em um certo momento desta celebração, a relíquia da Santa Cruz era exposta para adoração diante do Santo Sepulcro. Os cristãos, um a um, passavam diante dela reverenciando e beijando-a. Este momento é chamado de Adoração à Santa Cruz, que significa adorar a Jesus que foi pregado na cruz através do toque concreto que faziam naquele madeiro onde Jesus foi estendido e que foi banhado com seu sangue.

Em nosso mundo de hoje, falar da Adoração à Santa Cruz pode gerar confusão de significado, mas o que nós fazemos é venerar a Cruz e, enquanto a veneramos, temos nosso coração e nossa mente que ultrapassa aquele madeiro, ultrapassa o crufixo, ultrapassa mesmo o local onde estamos, até encontrar-se com Nosso Senhor pregado naquela cruz, dando a vida para nos salvar. Quando beijamos a cruz, não a beijamos por si mesma, a beijamos como quem beija o próprio rosto de Jesus, é a gratidão por tudo que Nosso Senhor realizou através da cruz. O mesmo gesto o padre realiza no início de cada Missa ao beijar o Altar. É um beijo que não pára ali, é beijar a face de Jesus. Por isso, não se adora o objeto. O objeto é um símbolo, ao reverênciá-lo mergulhamos em seu significado mais profundo, o fato que foi através da Cruz que fomos salvos.

Nós cristãos temos a consciência que Jesus não é apenas um personagem da história ou alguém enclausurado no passado acessível através da história somente. "Jesus está vivo!" Era o que gritava Pedro na manhã de Pentecostes e esse era o primeiro anúncio da Igreja. Jesus está vivo e atuante em nosso meio, a morte não O prendeu. A alegria de sabermos que, para além da dolorosa e pesada cruz colocada sobre os ombros de Jesus, arrastada por Ele em Jerusalém, na qual foi crucificado, que se torna o simbolo de sua presença e do amor de Deus, existe Vida, existe Ressurreição. Nossa vida pode se confundir com a cruz de Jesus em muitos momentos, mas diante dela temos a certeza que não estamos sós, que Jesus caminha conosco em nossa via sacra pessoal e, para além da dor, existe a salvação.

Ao beijar a Santa Cruz, podemos ter a plena certeza: Jesus não é simplesmente um mestre de como viver bem esta vida, como muitos se propõem, mas o Deus vivo e operante em nosso meio.

PREPARAÇÃO PARA CONFISSÃO

  • Preparação remota: Educamo-nos na fé pelo estudo da Palavra de Deus, do Catecismo e demais obras e documentos da Igreja, assim como com a leitura e a imitação da vida dos santos, a vivência dos sacramentos, a participação na Santa Missa e o seguimento aos ensinamentos de Cristo.
  • Preparação imediata: Fazer o exame de consciência antes da confissão. Ir a um lugar tranquilo, preferivelmente diante do sacrário, para orar. Só Deus pode iluminar nossa realidade e nos dar os meios para responder à graça.
Contemplamos a vida de Jesus e Seu amor manifesto na cruz. "Contemplai ao que transpassaram" (cf. Jo 19,37). Como tenho respondido a tanto amor e a tantas graças? Examinamos nossa vida diante da lei de Deus. Por isso ajuda fazer um exame escrito que nos recorde o que esquecemos. Recordamos que não se trata de sugestões, Deus nos deu MANDAMENTOS. Quebrá-los é quebrar nossa aliança com Deus e cair em pecado.
Não se trata tão somente de enumerar pecados, mas sim de descobrir a atitude do coração e com dor por nossos pecados, FAZER O FIRME PROPÓSITO DE NÃO VOLTAR A COMETÊ-LOS.
Sempre há áreas nas quais somos mais fracos e requerem atenção especial, mas se compreendermos que Cristo - não a cultura - é o exemplo que debvemos seguir –, veremos que em tudo temos muito o que crescer.
confissão só pode ser feita diante de um sacerdote.

JEJUM E ABSTINÊNCIA

Jejum.jpg

jejum consiste em fazer uma só refeição completa ao dia. A abstinênica consiste em não comer carne. A Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa são dias de abstinência e jejum, que é obrigatória a partir dos quatorze anos e o jejum dos dezoito aos cinquenta e nove anos de idade.
O objetivo dessas práticas cristãs é fazer com que todo nosso ser (alma e corpo) participe de um ato por meio do qual reconheça a necessidade de fazer obras com as quais reparemos o dano causado com nossos pecados e para o bem da Igreja.
jejum e a abstinênica podem ser trocados por outro sacrifício, dependendo do que ditem as Conferências Episcopais de cada país, pois elas têm autoridade para determinar as diversas formas de penitências cristãs.
Por que o jejum?
É necessário dar uma profunda resposta a esta pergunta, para que fique clara a relação entre o jejum e a conversão, isto é, a transformação espiritual que aproxima o homem de Deus.
O abster-se de comida e bebida tem com como fim introduzir na existência do homem não somente o equilíbrio necessário, mas também o desprendimento do que se poderia definir como "atitude consumística".Tendo em vista que o consumismo é uma das características mais marcantes da civilização ocidental. O homem, cada vez mais voltado para os bens materiais, muito frequentemente abusa deles. Essa civilização consumista faz uso dos bens materiais não somente para que estes lhe sirvam para o desenvolvimento de atividades criativas e úteis, mas cada vez mais para satisfazer-lhes os sentidos, a excitação que deriva deles, o prazer, uma multiplicação de sensações cada vez mais intensas.
O homem de hoje precisa abster-se de muitos meios de consumo, de estímulos, de satisfação dos sentidos para voltar a ser como Deus o criou. Jejuar significa abster-se de algo. O homem cresce e adquire autodomínio ao dizer a si mesmo: "Não".
Não é uma renúncia simplesmente; o objetivo dessa prática é o desenvolvimento mais equilibrado de si mesmo para a vivência mais aprofundada dos valores superiores e a conquista do autocontrole.