terça-feira, 27 de março de 2012

A VIRGEM MARIA NOS PREPARA PARA RESSURREIÇÃO



Várias pessoas, muito machucadas no coração por causa do autoritarismo do pai, por causa de maus-tratos, rudeza, rejeição, não conseguem sentir o amor de Deus, não conseguem sentir o amor do Pai. E a Santíssima Virgem toca nesses corações com sua mão, curando e os tornando capazes de amar. E diz: “Eu não estou apenas consertando seu coração, mas lhe dando um coração novo. Receba-o. É com ele que eu quero que você caminhe”.

Nossa Senhora o chama pecador não por você ter cometido um ou outro pecado, mas porque existe um mal habitando em seu coração; o demônio colocou um veneno dentro de você. Este é o pecado original. O diabo, como serpente, o mordeu, espalhou em você o veneno da rebeldia, da desobediência, da oposição a Deus.

Há, portanto, em seu interior duas inclinações, e você sente isso: uma o leva a sentir-se impulsionado para o bem, para ser de Deus e viver n'Ele, e foi o próprio Deus quem a pôs em você; mas, ao mesmo tempo, você sente uma outra inclinação empurrando-o para o mal, para o pecado, colocando-o contra Deus e Suas ordens.

A Santíssima Virgem Maria o está preparando para a ressurreição: “Foi por isso que meu Filho veio. O Pai enviou Seu Filho, e meu Filho, para salvar você. Foi por isso que Jesus foi até a morte, e morte de cruz; foi por isso que derramou todo Seu Sangue para salvá-lo de uma doença incurável que se chama pecado. A única salvação para essa doença é Jesus, é a redenção, o Sangue de Cristo”.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

DEIXE O QUE É VELHO PARA TRÁS E SIGA EM FRENTE

"Se alguém está em Cristo é uma nova criatura. O mundo do antigo passou, eis que aí está uma realidade nova" (II Cor 5,17). 
Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Nossas palavras são pobres quando dizemos “nova criatura”. Pobres para expressar tudo o que aconteceu conosco. Passou o que era velho. Eis que tudo se fez novo. Somos realmente novas criaturas!
É por isso que o Senhor quer que você viva em novidade de vida, deixando o velho para trás e olhando para frente.Seguindo em frente, para rumos novos, como filho de Deus.
São Paulo teve a grande graça de experimentar isso. Ele escreveu porque experimentou. Ele não falava de teorias, e sim de vida, de algo que estava vivendo. Por essa razão se expressou com tanto vigor na Carta aos Romanos. Desde o início do capítulo seis, o apóstolo dos gentios fala da salvação de Jesus, do que Cristo nos fez e conquistou para nós. 
Quando chega ao versículo onze, Paulo afirma: "Do mesmo modo também vós: considerai que estais mortos para o pecado e vivos para Deus em Jesus Cristo" (Rm 6,11).
Cada palavra que está nesse versículo é preciosa. Este “considerai” não é uma consideração qualquer. Não é considere você, mas sim, se considere, saiba quem é você é e, porque é, considere-se e viva assim. 
Imagine o filho de um rei: ninguém pode mudar essa realidade, mas, infelizmente, ele não está levando isso em consideração, não está vivendo como o filho de um rei. Então dizemos a ele: “Considere-se o filho de um rei. Por favor, viva como o filho de um rei. Deixe de lado esta vida miserável que você vive! Você é filho de um rei, então, considere-se assim”. 
"Portanto, que o pecado não mais reine em vosso corpo mortal para vos fazer obedecer às suas concupiscências" (Rm 6,12).
Não, você não pode mais viver assim. Considere-se morto para o pecado porque o Senhor já o libertou, e ponto final! Agora você está vivo para Deus, em Cristo Jesus. Portanto, considere-se vivo em Cristo Jesus.
São Paulo continua na Carta aos Romanos:
"Não ponhais mais os vossos membros a serviço do pecado como armas da injustiça; mas, como vivos saídos de entre os mortos, fazendo dos vossos membros armas da justiça, ponde-vos a serviço de Deus. Pois o pecado não terá mais domínio sobre vós, visto que já não estais sob a lei, mas sob a graça" (Rm 6,12-14).
Em geral, consideramos o pecado apenas como uma culpa que contraímos diante de Deus, como algo jurídico, e não como o que ele é realmente: uma doença. O pecado é assim. Ele existe: é rebelião contra Deus, é situação de “não” a Deus. Para que esse mal se manifeste, ele precisa reinar em alguém. A Palavra de Deus nos diz isso. 
Não permita que o pecado se abrigue em você. Que esse mal não reine mais em seu corpo mortal! O pecado está por aí, procurando alguém a quem possa subjugar. Não permita isso!
Monsenhor Jonas Abib

SACRAMENTO DA UNÇÃO DOS ENFERMOS

Une intimamente o doente a Cristo
No ritual da unção dos enfermos encontra-se a seguinte petição a Deus: “Por esta santa unção e pela Sua infinita misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na Sua misericórdia, alivie os teus sofrimentos”. Esta oração contém o objeto central desse sacramento, ou seja, confere a ele uma graça especial que une mais intimamente o doente a Cristo.
Jesus veio para revelar o amor de Deus. Frequentemente faz  isso nas áreas e situações em que nos sentimos especialmente ameaçados em função da fragilidade de nossa vida, devido às doenças, morte, etc.. Deus Pai quer que nos tornemos saudáveis no corpo e na alma e reconheçamos nisso a instauração do Reino d'Ele.Por vezes, só com a experiência da enfermidade percebemos que precisamos do Senhor mais do que tudo. Não temos vida, a não ser em Cristo. Por isso os doentes e os pecadores têm um especial instinto para perceber o que é essencial.
No Antigo Testamento, o homem doente experimenta os seus limites e, ao mesmo tempo, percebe que a doença está ligada misteriosamente ao pecado. Os profetas intuíram que a enfermidade poderia ter também um valor redentor em relação aos próprios pecados e aos dos outros. Assim, a doença era vivida diante de Deus, do qual o homem implorava a cura. No Novo Testamento eram os enfermos que procuravam a proximidade de Jesus, procurando “tocá-Lo, pois d'Ele saía uma força que a todos curava” (Lc 6,19). A compaixão de Jesus Cristo pelos doentes e as numerosas curas de enfermos são um claro sinal de que, com Ele, chegou o Reino de Deus e a vitória sobre o pecado, o sofrimento e a morte. Com a Paixão e Morte o Senhor dá um novo sentido ao sofrimento, o qual, se for unido ao d'Ele, pode ser meio de purificação e de salvação para nós e para os outros.
A Igreja, tendo recebido do Senhor a ordem de curar os enfermos, procura pôr isso em prática com os cuidados para com os doentes, acompanhados da oração de intercessão. Ela possui, sobretudo, um sacramento específico em favor dos enfermos, instituído pelo próprio Cristo e atestado por São Tiago: «Quem está doente, chame a si os presbíteros da Igreja e rezem por ele, depois de o ter ungido com óleo no nome do Senhor» (Tg 5,14-15).
Desta forma, o sacramento da unção dos enfermos pode ser recebido pelo fiel que começa a se sentir em perigo de morte por doença ou velhice. O mesmo fiel pode recebê-lo também outras vezes se a doença se agravar ou então no caso doutra enfermidade grave. A celebração desse sacramento, se possível, deve ser precedida pela confissão individual do doente. A celebração deste sacramento consiste essencialmente na unção com óleo benzido, se possível, pelo bispo, na fronte e nas mãos do enfermo (no rito romano, ou também noutras partes do corpo segundo outros ritos), acompanhada da oração do sacerdote, que implora a graça especial desse sacramento. Ele só pode ser administrado pelos sacerdotes (bispos ou presbíteros).
Este sacramento confere uma graça especial que une mais intimamente o doente à Paixão de Cristo, para o seu bem e de toda a Igreja, dando-lhe conforto, paz, coragem, e também o perdão dos pecados, se ele não puder se confessar. E consente, por vezes, se for a vontade de Deus, também a recuperação da saúde física do fiel. Em todo o caso, essa unção prepara o enfermo para a passagem à Casa do Pai. Por isso, concede-lhe consolação, paz, força e une profundamente a Cristo o doente que se encontra em situação precária e em sofrimento. Tendo em vista que Senhor passou pelas nossas angústias e tomou sobre Si as nossas dores.
Muitos doentes têm medo desse sacramento, e adiam-no para o fim, porque pensam se tratar de uma espécie de “sentença de morte”. No entanto, é o contrário disso: a unção dos enfermos é uma espécie de “seguro de vida”. Quem, como cristão, acompanha um enfermo deve libertá-lo desse falso temor. A maior parte das pessoas que está em risco de vida tem a intuição de que nada mais é importante nesse momento do que a confiança imediata e incondicional Àquele que superou a morte e é a própria Vida: Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador