sábado, 25 de fevereiro de 2012

REDESCOBRIR A ORAÇÃO

Exercício para alcançar a qualidade de vida

A oração é um exercício fundamental na busca pela qualidade de vida. Nas indicações que não podem faltar, especialmente para a vida cristã, estão a prática e o cultivo disciplinado da oração. É um exercício que tem força incomparável em relação às diversas abordagens de autoajuda, como livros e DVDs, muito comuns na atualidade.

A crise existencial contemporânea, em particular na cultura ocidental, precisa redescobrir o caminho da oração para uma vida de qualidade. Equivocado é o entendimento que pensa a oração como prática exclusiva de devotos. A oração guarda uma dimensão essencial da vida cristã. Cultivar essa prática é um segredo fundamental para reconquistar a inteireza da própria vida e fecundar o sentido que a sustenta.

É muito oportuno incluir entre as diversificadas opiniões, junto aos variados assuntos discutidos cotidianamente, o que significa e o que se pode alcançar pelo caminho da oração. Perdê-la como força e não adotá-la como prática diária é abrir mão de uma alavanca com força para mover mundos. A fé cristã, por meio da teologia, tem por tradição abordar a importância da oração ao analisar a sua estrutura fundamental, seus elementos constitutivos, suas formas e os modos de sua experiência. Trata-se de uma importante ciência e de uma prática rica para fecundar a fé.
A oração tem propriedades para qualificar a vida pessoal,familiar, social e comunitária. Muitos podemdesconhecer, mas ela [oração] pode ser um laço irrenunciável com o compromisso ético. É prática dos devotos, mas também um estímulo à cidadania. Ao contrário de ser fuga das dificuldades, é clarividência e sabedoria, tão necessários no enfrentamento dos problemas. Na verdade, a prece faz brotar uma fonte interior de decisões, baseadas em valores com força qualitativa.

A oração, como prática e como inquestionável demanda, no entanto, passa por uma crise por razões socioculturais. Aliás, uma crise numa cultura ocidental que nunca foi radicalmente orante. O secularismo e a mentalidade racionalista se confrontam com aspectos importantes da vida oracional, como a intercessão e a contemplação. Diante desse cenário, é importante sublinhar: paga-se um preço muito alto quando se configura o caminho existencial distante da dimensão transcendente. O distanciamento, o desconhecimento e a tendência de banir o divino como referencial produzem vazios que atingem frontalmente a existência.
É longo o caminho para acertar a compreensão e fazer com que todos percebam o horizonte rico e indispensável da oração. Faz falta a clareza de que existem situações e problemas que a política, a ciência e a técnica não podem oferecer soluções, como o sentido da vida e a experiência de uma felicidade duradoura. A oração é caminho singular. É, pois, indispensável aprender a orar e cultivar a disciplina diária da oração. Trata-se de um caminhar em direção às raízes e ao essencial. Nesse caminho está um remédio indispensável para o mundo atual, que proporciona mais fraternidade e experiências de solidariedade.

A lógica dominante da sociedade contemporânea está na contramão dessa busca. Os mecanismos que regem o consumismo e a autossuficiência humana provocam mortes. Sozinho, o progresso tecnológico, tão necessário e admirável, produz ambiguidades fatais e inúmeras contradições. Orar desperta uma consciência própria de autenticidade. Impulsiona à experiência humilde do próprio limite e inspira a conversão. É recomendação cristã determinante dos rumos da vida e de sua qualidade. A Igreja Católica tem verdadeiros tesouros, na forma de tratados, de estudos, de reflexões, e de indicações para o cultivo da oração, que remetem à origem do Cristianismo, quando os próprios discípulos pediram a Jesus: “Ensina-nos a orar”. É uma tarefa missionária essencial na fé, uma aprendizagem necessária, um cultivo para novas respostas na qualificação pessoal e do tecido cultural sustentador da vida em sociedade.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo

A NOSSA LUTA É CONTRA AS CILADAS DO DEMÔNIO

“Armai-vos de força no Senhor, da sua força onipotente. Revesti-vos da armadura de Deus para estardes em condições de enfrentar as manobras do diabo. Pois não é o homem que afrontamos, mas as Autoridades, os Poderes, os Dominadores deste mundo das trevas, os espíritos do mal que estão nos céus” (Ef 6,10-12).

Não é contra homens de carne e sangue que lutamos. Não é contra o seu filho, contra o seu marido ou sua mulher. Você está lutando contra forças espirituais do mal. “Revesti-vos da armadura de Deus para estardes em condições de enfrentar as manobras do diabo.” Porque é o diabo que luta contra a sua família, ele quer arrasar com ela e levar todos a um verdadeiro caos nesta vida e depois à condenação eterna.

A nossa luta é contra as ciladas do demônio. “Pois não é o homem que afrontamos, mas as Autoridades, os Poderes, os Dominadores deste mundo de trevas”. Quando se fala de Autoridades, Poderes, Dominadores, são anjos decaídos, demônios que têm autoridade, que têm poder, que são constituídos príncipes no mundo das trevas onde atuam.

Não é apenas contra a infidelidade de um marido que você está lutando, nem apenas contra a neurose de sua mulher, contra o alcoolismo de uma pessoa da sua família ou contra a revolta do seu filho. À frente de tudo isso estão os inimigos de Deus e nossos inimigos. É por isso que precisamos entrar nessa batalha espiritual com as armas certas.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

COMO DEMONSTRAR AMOR ?

luzia_090309 Cada um tem uma maneira de amar e demonstrar esse sentimento; por isso precisamos ficar atentos aos gestos do outro e acolhê-los, pois alguns expressam carinho escrevendo um bilhetinho, outros dando uma flor, muitos o manifestam por meio de um sorriso, de uma palavra amiga, dando um presente, demonstrando atenção ou até mesmo fazendo o exercício de escutar o irmão. E de tantas formas nós podemos demonstrar amor e fazer felizes as pessoas com as quais convivemos ou que passarão momentaneamente pela nossa vida.
O Evangelho narra-nos hoje que: “Maria, a irmã de Lázaro, derramou quase meio litro de perfume de nardo puro, e muito caro, e ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos” (Jo 12,3). Foi um gesto carinhoso que ela teve para com Jesus, atitude aprovada pelo Senhor. Judas, um dos apóstolos, a criticou, mas ela o fez porque amava profundamente o Senhor.
Cada um é único na sua maneira de amar e agir, não nos cabe criticar os outros porque não se encaixam dentro dos nossos padrões.
Senhor, ensina-nos a acolher todos os nossos irmãos sem preconceito, mesmo que não compreendamos os gestos deles, como o Senhor compreendeu o gesto de Maria.
Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.
Jesus, eu confio em Vós

DEUS ESTÁ CHAMANDO VOCE A SER PROFETA

O Livro de Gênesis, no capítulo 1, nos diz que, no princípio, Deus criou o céu e a terra. No versículo 26, o Senhor diz: "Façamos o ser humano à nossa imagem e segundo nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todos os animais selvagens e todos os animais que se movem pelo chão”.

Você já viu Deus face a face? Contemple a fisionomia do Senhor na pessoa que está ao seu lado, porque Ele nos criou à Sua imagem e semelhança. No entanto, o homem caiu na fraqueza do pecado e saiu do paraíso.

Adão e Eva, então, tiveram dois filhos: Caim e Abel. Caim matou Abel. Depois, Adão teve outro filho: Set. E a humanidade começou a crescer, a multiplicar-se. Ela cresceu de tal forma que, no capítulo 6 do Gênesis, vemos: “Quando o ser humano começou a procriar-se sobre o solo da terra e gerou filhas, os filhos de Deus viram que as filhas dos humanos eram bonitas e escolheram as que lhes agradassem como mulheres para si” (Gn 6,1).

O Senhor viu, naquele momento, o quanto havia crescido a maldade das pessoas na terra e como todos os projetos  delas tendiam unicamente para o mal.

"Noé, porém, encontrou graça aos olhos do Senhor. Esta é a história de Noé: Noé era homem justo e íntegro entre os contemporâneos e sempre andava com Deus” (Gn 6,8-9). Deus lança a Noé o desafio de construir a arca. Este executou tudo conforme o Senhor havia lhe ordenado.

Amados, Deus destruiu a humanidade, porque ela se perverteu; mas, no meio dela, havia Noé, que era justo e temia ao Senhor. Aconteceu o dilúvio, Noé desceu da arca e a humanidade começou a multiplicar-se de novo. Deus quer eleger um povo de predileção, querido a Seus olhos; e começa com um homem: Abraão. O Senhor diz a Abrão: “Sai de tua terra, do meio de teus parentes, da casa de teu pai, e vai para a terra que eu te vou mostrar. 2.Farei de ti uma grande nação e te abençoarei: engrandecerei o teu nome, de modo que ele se torne uma bênção” (Gn 12,1). Abrão partiu como o Senhor havia lhe ordenado. Deus chama o homem para perto de Si e dá a ele a graça de realizar propósitos em Seu nome.

Depois de Abraão, há José. No Egito ele se destaca, ganha os favores do faraó e Deus se utiliza de um mal – pois  ele [José] havia sido vendido por seus irmãos – para fazer um grande bem. O Senhor o elege para os egípcios e também os pais e irmãos dele. Assim termina o livro do Gênesis.

Deus vai suscitando homens e os coloca à frente do povo para conduzi-lo a tomar posse da terra prometida. Eles ingressam na terra. Chega um dado momento, o povo pede para si juízes. Entre eles Deus escolhe uma juíza: Débora. Suscitada pelo Senhor, ela poupa o povo de uma possível batalha. Assim, os livros bíblicos continuam.

Tempo depois, o Senhor inspirou um garoto chamado Samuel. Este escuta a voz de Deus e começa um novo propósito. E os livros continuam a passar suas páginas e Deus Pai continua a suscitar homens e mulheres que querem dar uma resposta diferente em seu tempo.

Deus hoje está chamado você mulher a ser uma profetisa como Débora. Está chamando você homem a ser um profeta como Moisés. Deus Pai continua elegendo uma geração de profetas e profetisas que, em Seu nome, quer alcançar os corações e chamar um povo para fazer a diferença. Mas Ele exige de nós uma resposta.

Não se coloque à parte, porque você também tem uma vocação. Pergunte a Deus qual é a sua vocação. Precisamos provocá-Lo: “Senhor, o que queres que eu faça?”. Ele vai colocar você no lugar que precisa estar para que lá você faça a diferença. Saia do comum dos homens para dar uma resposta a Deus com urgência. Ele quer vocacioná-lo para que você faça a diferença na sua casa, no seu trabalho, na sua escola.

Levante-se como Noé! Você está comprometido com Deus, pois você foi batizado e recebeu, naquele momento, a vocação de ser santo. Não abra mão disso; faça a diferença. Quando você ouvir ecoar a voz de Deus, peça que Ele abra seus ouvidos.
Padre Edimilson Lopes