quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

PROSPERIDADE SEGUNDO O SENHOR

A Palavra de Deus é fonte de prosperidade espiritual
Uma visão antiga, que vem sendo muito retomada nos últimos tempos, é a ideia de que Deus recompensa os bons e castiga os maus nesta vida. O que está claro é que a vida humana vive de altos e baixos, de alegrias e sofrimentos, o que constitui um mistério. Pensando bem, não há explicação para o sofrimento. Jó nos mostra que Deus está presente onde o ser humano sofre. Nos Evangelhos entendemos que Jesus cura quem sofre, mostra que Deus conhece o sofrimento do humano por dentro e o assume até o fim.
Falar de prosperidade é ater-se a uma vida sem sofrimento, de mirar para o alvo que só ocasiona gozo e alegria. Esta pode ser uma visão cristã da vida, isto é, prosperidade significando intimidade com Deus, realizando o maior de todos os mandamentos: o amor. É contra os princípios do Evangelho ancorar-se na artimanha da prosperidade, para ferir a liberdade das pessoas, extorquindo delas bens materiais.Pior ainda quando isso é feito em nome de Deus. Isso passa a causar a queda de quem é “fraco na fé”.
O anúncio da Palavra de Deus pode estar cheio de ambiguidades, carregado de atitudes escusas. Ela pode ser instrumentalizada para atender aquilo que não favorece o bem comum. Dessa forma deixa de ser uma Palavra de gratuidade e de transformação. A Palavra de Deus é fonte de prosperidade espiritual. Ela aciona os corações e as mentes para a liberdade e abertura ao verdadeiro bem. Não pode ser “privatizada” para bens materiais e enriquecimento ilícito, explorando a sensibilidade das pessoas.
Não podemos ver nas doenças e sofrimentos um castigo. Aí acontece a manifestação do mistério divino. Sabemos que muitos sofrimentos são provocados por imprudências, vícios e atitudes irresponsáveis. Normalmente, o egoísmo aumenta o sofrimento. É violência enganar as pessoas com falsas promessas de prosperidade, que até causam nos sofredores um sentimento de culpa. Muitos se perguntam: que fiz de errado? Por que mereci isso? O importante é dar sinais do amor de Deus, que é nosso Pai
Dom Paulo Mendes Peixoto


O VERDADEIRO TESOURO É JESUS

“Tenho escrito a todas as Igrejas e a todas elas faço saber que morro por Deus com alegria, desde que vós não me impeçais. Suplico-vos: não demonstreis por mim uma benevolência inoportuna. Deixai-me ser alimento das feras; por elas pode-se alcançar a Deus. Sou trigo de Deus, serei triturado pelos dentes das feras para tornar-me o puro pão de Cristo. Rogai a Cristo por mim, para que por este meio me torne sacrifício para Deus.
Nem as delícias do mundo nem os reinos terrestres são vantagens para mim. Mais me aproveita morrer em Cristo Jesus, do que imperar até os confins da terra. Procuro-O, a Ele que morreu por nós; quero-O, a Ele que por nossa causa ressuscitou. Que não me entregueis ao mundo nem me fascineis com o que é material. Concedei-me, ser imitador da paixão de meu Deus”! (Santo Inácio de Antioquia).
O nosso conceito de vida é muito limitado. Quando aceitamos Jesus como Senhor de nossas vidas, experimentamos, de fato, a vida em plenitude, e a alegria passa ser a nossa companheira inseparável. De forma que descobrimos o verdadeiro tesouro, que é Jesus, e tudo ganha um novo sentido e um novo brilho.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

CATEQUESE SOBRE A DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA

A paz: consequência da restauração do Reino de Cristo
«Gloria in excelsis Deo, et in terra pax hominibus bonae voluntatis» (Lc 2,14). Narra São Lucas que, tendo nascido o menino Deus, uma multidão de anjos apareceu aos pastores de Belém cantando: "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade". Salutaríssimo ensinamento, neste passo, o Evangelho nos apresenta, instruindo-nos a buscar, em primeiro lugar e acima de tudo, a glória de Deus, fim supremo e absoluto de toda a criação. E, depois, nos revelando que só haverá paz na terra – e paz, em sentido bíblico, significa muito mais que ausência de guerra – quando os homens tiverem boa vontade.
Este versículo do Evangelho, sob certo ponto de vista, resume toda a Doutrina Social da Igreja. Observem que a expressão "ax in terra" refere-se a algo externo – não se trata, aqui, da paz interior ou de uma paz exclusivamente espiritual, celeste. Mas da "paz na terra", ou seja, de uma paz que se encontra na terra, nas relações terrenas; uma paz que se encontra fora e não (somente) dentro. Entretanto, tal paz exterior está condicionada à “boa vontade”. Ora, a vontade é algo interior, espiritual; é uma das potências operativas da alma, simbolizada pelo coração. Então, compreendemos que a Escritura nos ensina que o conserto das relações terrenas depende da retificação da vontade humana; a redenção das sociedades deve vir por consequência da redenção dos corações.
Ao encontro desta passagem evangélica vem o célebre início da encíclica Pacem in Terris, publicada pelo Papa bem-aventurado João XXIII no ano de 1963: «A paz na terra, anseio profundo de todos os homens de todos os tempos, não se pode estabelecer nem consolidar senão no pleno respeito da ordem instituída por Deus».
Nesta encíclica, o autêntico Magistério da Igreja ensina que o Criador, tendo feito tudo “com medida, conta e peso” (cf. Sb 11,21), instituiu também uma ordem para a sociedade humana, de modo que não haverá paz para os homens caso esta ordem não seja plenamente respeitada. Se assim é, todos os que anseiam por promover a paz no mundo têm como primeiro dever batalhar para o pleno respeito dessa ordem instituída por Deus. Por isso, ensinou o Papa Pio XI na encíclica Ubi Arcano: «o meio mais eficaz de trabalhar pelo restabelecimento da paz é restaurar o Reino de Cristo» (n. 39).
Porém, pouco faremos pelo Reinado Social de Jesus Cristo se desconhecermos a ordem que Deus quer ver estabelecida na sociedade. O homem é o animal racional e sua ação exterior deliberada brota das concepções interiores de seu intelecto. Por isso, urge uma catequese sobre a autêntica doutrina social da Igreja, de modo a orientar os fiéis no cumprimento de seus deveres relacionados à vida pública e social.
Efetivamente, já em 1946, em radiomensagem dirigida a um congresso de catequistas reunidos em Boston, o Papa Pio XII reconhecia: «O Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja, acha-se atualmente ameaçado não apenas do exterior pelas potências hostis, mas também internamente pela fraqueza e decadência de certos elementos. Esta fraqueza crescente, que se manifesta em numerosos setores da Igreja, tem sua principal fonte na ignorância, ou melhor, no conhecimento superficial das verdades religiosas, ensinadas pelo Redentor».
O problema é agravado, porque certos elementos manipuladores, contrariando os desejos da Santa Mãe Igreja, camuflaram-se de defensores de sua doutrina social, com o objetivo escuso de lançar o joio de suas falsas ideologias no campo em que deveria ser semeada a boa semente da verdade.
Em face dessas considerações, minha pretensão, ao mesmo tempo humilde e ousada, é aproveitar este espaço que me foi concedido para iniciar, junto a todos os possíveis interessados, uma catequese sobre a doutrina social da Igreja. Ficarei grato se os leitores puderem contribuir com suas críticas, dúvidas, sugestões e, especialmente, com as suas orações
«Gloria in excelsis Deo, et in terra pax hominibus bonae voluntatis» (Lc 2,14). Narra São Lucas que, tendo nascido o menino Deus, uma multidão de anjos apareceu aos pastores de Belém cantando: "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade". Salutaríssimo ensinamento, neste passo, o Evangelho nos apresenta, instruindo-nos a buscar, em primeiro lugar e acima de tudo, a glória de Deus, fim supremo e absoluto de toda a criação. E, depois, nos revelando que só haverá paz na terra – e paz, em sentido bíblico, significa muito mais que ausência de guerra – quando os homens tiverem boa vontade.
Este versículo do Evangelho, sob certo ponto de vista, resume toda a Doutrina Social da Igreja. Observem que a expressão "ax in terra" refere-se a algo externo – não se trata, aqui, da paz interior ou de uma paz exclusivamente espiritual, celeste. Mas da "paz na terra", ou seja, de uma paz que se encontra na terra, nas relações terrenas; uma paz que se encontra fora e não (somente) dentro. Entretanto, tal paz exterior está condicionada à “boa vontade”. Ora, a vontade é algo interior, espiritual; é uma das potências operativas da alma, simbolizada pelo coração. Então, compreendemos que a Escritura nos ensina que o conserto das relações terrenas depende da retificação da vontade humana; a redenção das sociedades deve vir por consequência da redenção dos corações.
Ao encontro desta passagem evangélica vem o célebre início da encíclica Pacem in Terris, publicada pelo Papa bem-aventurado João XXIII no ano de 1963: «A paz na terra, anseio profundo de todos os homens de todos os tempos, não se pode estabelecer nem consolidar senão no pleno respeito da ordem instituída por Deus».
Nesta encíclica, o autêntico Magistério da Igreja ensina que o Criador, tendo feito tudo “com medida, conta e peso” (cf. Sb 11,21), instituiu também uma ordem para a sociedade humana, de modo que não haverá paz para os homens caso esta ordem não seja plenamente respeitada. Se assim é, todos os que anseiam por promover a paz no mundo têm como primeiro dever batalhar para o pleno respeito dessa ordem instituída por Deus. Por isso, ensinou o Papa Pio XI na encíclica Ubi Arcano: «o meio mais eficaz de trabalhar pelo restabelecimento da paz é restaurar o Reino de Cristo» (n. 39).
Porém, pouco faremos pelo Reinado Social de Jesus Cristo se desconhecermos a ordem que Deus quer ver estabelecida na sociedade. O homem é o animal racional e sua ação exterior deliberada brota das concepções interiores de seu intelecto. Por isso, urge uma catequese sobre a autêntica doutrina social da Igreja, de modo a orientar os fiéis no cumprimento de seus deveres relacionados à vida pública e social.
Efetivamente, já em 1946, em radiomensagem dirigida a um congresso de catequistas reunidos em Boston, o Papa Pio XII reconhecia: «O Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja, acha-se atualmente ameaçado não apenas do exterior pelas potências hostis, mas também internamente pela fraqueza e decadência de certos elementos. Esta fraqueza crescente, que se manifesta em numerosos setores da Igreja, tem sua principal fonte na ignorância, ou melhor, no conhecimento superficial das verdades religiosas, ensinadas pelo Redentor».
O problema é agravado, porque certos elementos manipuladores, contrariando os desejos da Santa Mãe Igreja, camuflaram-se de defensores de sua doutrina social, com o objetivo escuso de lançar o joio de suas falsas ideologias no campo em que deveria ser semeada a boa semente da verdade.
Em face dessas considerações, minha pretensão, ao mesmo tempo humilde e ousada, é aproveitar este espaço que me foi concedido para iniciar, junto a todos os possíveis interessados, uma catequese sobre a doutrina social da Igreja. Ficarei grato se os leitores puderem contribuir com suas críticas, dúvidas, sugestões e, especialmente, com as suas orações
Rodrigo R. Pedroso

QUANDO VEMOS O SOFRIMENTO DOS NOSSOS IRMÃOS



Como temos acolhido as más notícias? Como temos olhado para as coisas que nos assustam? Como temos encarado a realidade? Imagine a dor de Moisés, um líder espiritual, quando se deparou com a situação do povo que ele conduzia, mas que tinha virado as costas para Deus e deixado de acreditar nele, que tinha feito prodígios para retirá-lo [povo] da escravidão. Isso aconteceu quando Moisés se afastou de seu povo para ficar mais próximo do Senhor. O Senhor lhe disse que aquele povo O havia abandonado.
Deus disse que iria exterminar aquele povo todo e fazer de Moisés uma grande nação. Que proposta! O Senhor o colocou à prova para saber se ele realmente amava aquele povo. O Senhor lhe fez essa proposta dizendo que quebraria a aliança. Mas que espetacular a resposta desse homem de fé que caminhava e dava respostas, pois buscava a Deus! Moisés não estava satisfeito com o seu bem-estar, pois tinha entranhado em si que aquele era seu povo.
Esse é o tempo de orar e jejuar para que Deus mude as situações. Ele é o Senhor e pode mudar todas as situações da nossa vida, da nossa casa, da nação brasileira. No Evangelho, Jesus fala de pessoas que deram testemunho d'Ele como João Batista.
Muitas vezes, corremos o risco de estarmos preocupados com nós mesmos, com as coisas da nossa família, mas nos esquecemos de olhar por aquelas pessoas que estão sofrendo. A intercessão é algo que acontece no escondido; ninguém vê nem aplaude. Colocar-se em intercessão é orar por aqueles que não têm quem ore por eles, acreditar que Deus pode. É não estar preso em si, mas conseguir ir até o outro; ter a coragem de se ajoelhar, jejuar e fazer sacrifícios para que as coisas mudem. Mas o inimigo de Deus tem nos desanimado de orar. A única coisa que pode transformar o mundo em que vivemos é a oração como fruto e resposta de amor.
O que fecunda é a compaixão, é olhar e ver a necessidade do outro, o sofrimento daquele que é sangue do nosso sangue. É colocar-se na brecha do sofrimento dele, ultrapassar raça, religião e compadecer-se. É ultrapassar os limites de nação para orar e acreditar que Deus pode.
Meus irmãos, Deus pode, mas quer contar com você, com sua oração e intercessão, com sua disposição de orar.
“Mesmos quando a visão se turva e o coração só chora, na alma há a certeza da vitória”. De onde vem a certeza da vitória? Do poder que temos nos nossos joelhos dobrados, nas mãos estendidas, na crença de que, pela oração, Deus faz, realiza, muda. Ele pode mudar. Dobre seus joelhos! Moisés não desistiu do seu povo.
Deus gosta do impossível, porque é aí que Ele toca, que Ele cura. O Senhor é o Deus de milagres, que transforma todas as coisas e salva as pessoas que nós acreditávamos que não tinham mais salvação.
Onde somos capazes de ir na intercessão? É a hora de experimentarmos o reavivamento.
Às vezes, precisamos renunciar aos nossos sonhos e sonhar o sonho de Deus
Padre Roger Luís
Padre da Comunidade Canção Nova