terça-feira, 31 de julho de 2012

O AMOR TEM SEU TEMPO

Sonhos são muito bonitos nas novelas; na vida real, os caminhos não são prontos

A urgência dos nossos dias nos faz pensar exatamente na urgência do amor. Quando o sentimento se faz presente entre duas pessoas é muito comum a necessidade imediata de dizer: “Eu te amo”.  Algumas pessoas dizem: “Que loucura! Isso não é amor”; outras afirmam: “Pra que esperar, eu amo e digo!”. 

Avaliar nossos sentimentos e todas as implicações que ele [amor] envolve também nos faz pensar que os caminhos para o amor nunca são ou estão prontos, mas, certamente, passam por nossa maturidade. 

A maturidade biológica nem sempre está relacionada à maturidade psicológica. As expectativas dos pais nem sempre serão concretizadas nos desejos dos filhos. Da mesma forma, o que foi vivido no passado nem sempre será válido para as experiências atuais. 

Os gregos diziam que o amor é “uma questão de despertar para a vida” e, com isso, nem todos despertam ao mesmo tempo, nem esperam as mesmas coisas ou se satisfazem com as mesmas coisas. 

Quando se acelera o processo do amor, muitas vezes, se “mata” esse sentimento. É por isso que as pessoas não podem se casar porque os pais delas se admiram, porque as famílias se dão bem ou porque o (a) Amor requer tempo, conhecimento, reconhecimento do que gosto ou não das minhas limitações e das limitações do outro. Amor é como uma construção: escolhe-se o terreno, as fundações e a base para que a obra seja realizada, os tijolos vão sendo colocados um a um, até que a casa seja coberta e todo o acabamento interior seja feito. Depois virão os jardins, os detalhes, os cuidados. 

E é por isso que o amor não pode ser urgente: uma casa feita às pressas, com material de qualidade inferior, tende a cair antes do tempo. Imaginem se os tijolos desta casa, que é o amor,  forem assentados com areia e água? 

Sonhos são muito bonitos nas novelas, mas, na vida real, os caminhos não são prontos. Os caminhos de um casal se fazem pela descoberta das alegrias e das tristezas que os dois podem viver. Estes se fazem ainda pela capacidade de reconhecer no outro aquele que me faz feliz, mas não apenas a única pessoa do mundo que me faz feliz, mas que me completa em parte da vida, que é muito mais do que apenas uma pessoa ou um único motivo.

“Quem quer o amor precisa dar tudo o que tem para possuí-lo (Mt 13,44)” e é por isso que o amor exige dedicação e decisão.

Se você ainda não está pronto para isso, pense se não é tempo de se autoconhecer para conviver com o amor, mas também não espere que esteja 100% pronto para vivê-lo, pois a perfeição não existe, ainda mais quando falamos de seres humanos. 

E lembre-se: para tudo existe um tempo: amor, afetividade, sexualidade, cada um deve e precisa acordar em seu tempo, até mesmo para que as experiências fora do tempo e erradas não se tornem marcas negativas no futuro.namorado (a) tem ou não tem um status, ou um tipo de estudo. 
Elaine Ribeiro

O MAIOR DE TODAS AS GRAÇAS AO SEU ALCANCE



O Senhor derramou o Espírito Santo sobre Cornélio, centurião romano, quando este ainda era pagão, e sobre a família deste, porque ela O acolheu. Pedro atesta que, de repente, todos ficaram cheios do Espírito Santo. A evidência para ele, de que essa graça havia ocorrido, foi que todos estavam orando em línguas e profetizando. Pedro precisou expor a situação àqueles que o acompanhavam:"Podemos, por acaso, negar a água do batismo a estas pessoas, que receberam, como nós, o Espírito Santo?" (At 10,47).

Essa é a graça maravilhosa que Deus tem para a Sua Igreja hoje. Os corações mais endurecidos, as pessoas mais corrompidas, mais estragadas pela sociedade, mais espezinhadas pela vida: o Senhor quer transformá-las. Como transformou Saulo, Cornélio, sua família, seus servos, soldados e amigos. E, dessa forma, todos ficaram cheios do Espírito Santo!

Para a transformação da sua família, não basta uma providência qualquer. O que retirará os membros dela do adultério, da infidelidade, dos vícios, da prostituição, não é um paliativo qualquer.O Senhor coloca ao seu alcance a graça das graças, o dom dos dons: o Espírito Santo.

O Senhor quer derramá-Lo não só sobre você, mas também sobre todas as pessoas que necessitam. A transformação acontecerá pelo derramamento do Espírito Santo. Nossa parte é querer, insistir, interceder, dobrar os joelhos, jejuar e pedir ao Senhor a graça maior: o batismo no Espírto

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

ESCRAVOS DO PECADO

Pecar é destruir o próprio ser e caminhar para o nada

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos mostra toda agravidade do pecado: “Aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave do que o pecado e nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro” (§ 1488).
São palavras fortíssimas, pois mostram que não há nada pior do que o pecado. Por outro lado, o Catecismo afirma que ele é uma realidade: “O pecado está presente na história dos homens: seria inútil tentar ignorá-lo ou dar a esta realidade obscura outros nomes” (CIC, §386).
Deus disse a Santa Catarina de Sena, em 'O Diálogo':
”O pecado priva o homem de Mim, Sumo Bem, ao tirar-lhe a graça”. São Paulo, numa frase lapidar, explica toda a hediondez do pecado e razão de todos os sofrimentos deste mundo: “O salário do pecado é a morte” (Rom 6,23).
Tudo o que há de mal na história do homem e do mundo é consequência do pecado que começou com Adão. “Por meio de um só homem, o pecado entrou no mundo e, pelo pecado, a morte, e assim a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rom 5,12). O Catecismo ensina que: “A morte corporal, à qual o homem teria sido subtraído se não tivesse pecado (GS,18), é assim o último inimigo do homem a ser vencido” (1Cor 15, 26).
Santo Agostinho dizia que: "É desígnio de Deus que toda alma desregrada seja para si mesma o seu castigo”, e acrescentava: “O homem se faz réu do pecado no mesmo momento em que decide cometê-lo.” Sintetizava tudo dizendo que “pecar é destruir o próprio ser e caminhar para o nada”. Ele dizia de si mesmo nas confissões: “Eu pecava, porque em vez de procurar em Deus os prazeres, as grandezas e as verdades, procurava-os nas suas criaturas: em mim e nos outros. Por isso precipitava-me na dor, na confusão e no erro.
Toda a razão de ser da Encarnação do Verbo foi para destruir, na sua carne, a escravidão do pecado. “Como imperou o pecado na morte, assim também imperou a graça por meio da justiça, para a vida eterna, através de Jesus Cristo, nosso Senhor”. (Rom 5,21)
O demônio escraviza a humanidade com a corrente do pecado, mas Jesus vem exatamente para quebrá-la. São João deixa bem claro na sua carta: “Sabeis que Ele se manifestou para tirar os pecados” (1Jo 3,5). “Para isto é que o Filho de Deus se manifestou, para destruir as obras do diabo” (1 Jo 3,8). Essa “obra do diabo” é exatamente o pecado, que nos separa da intimidade e da comunhão com Deus e nos rouba a vida bem-aventurada.
Com a Sua Morte e Ressurreição triunfante, Jesus nos libertou das cadeias do pecado e, por Sua graça, podemos agora viver uma nova vida. É o que São Paulo nos ensina na Carta aos Colossenses: “Se, pois, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus” (Col 3,1). Aos romanos ele garante: “Já não pesa mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. A Lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te libertou da lei do pecado e da morte” (Rom 8,1).
Aos gálatas o apóstolo diz: “É para a liberdade que Cristo nos libertou. Permanecei firmes, portanto, e não vos deixeis prender de novo ao jugo da escravidão” (Gal 5,1).A vitória contra o pecado custou a vida do Cordeiro de Deus. São João Batista, o precursor, aquele que foi encarregado por Deus para apresentar ao mundo o Seu Filho, podia fazê-lo de muitas formas: “Ele é o Filho de Deus”, ou, “Ele é o esperado das nações”, como diziam; ou ainda: “Ele é o Santo de Israel”, ou quem sabe: “Eis aqui o mais belo dos filhos dos homens”, etc.; mas, em vez de usar essas expressões que designavam o Messias que haveria de vir, João preferiu dizer: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29).
Aqueles que querem dar outro sentido à vida de Jesus, que não o d'Aquele que “tira o pecado do mundo”, esvaziam a Sua Pessoa, a Sua missão e a missão da Igreja. A partir daí, a fé é esvaziada e toda a “sã doutrina” (1Tm4,6) é pervertida. Eis o perigo da “teologia da libertação”, que exigiu a intervenção direta da Santa Sé e do próprio Papa João Paulo II, pois, na sua essência, esta “teologia” substitui o Cristo Redentor do pecado por um Cristo apenas libertador dos males sociais e terrenos, reinterpreta o Evangelho e o Cristianismo dentro de uma exegese e de uma hermenêutica que não é aceita pelo Magistério da Igreja.
Assim como a missão de Cristo foi libertar o homem do pecado, a missão da Igreja, que é o Seu Corpo místico, a Sua continuação na história, é também a de libertar a humanidade do pecado e levá-la à santificação. Fora disso, a Igreja se esvazia e não cumpre a missão dada pelo Senhor. "Jesus" quer dizer, em hebraico, “Deus salva”. Salva dos pecados e da morte. Na anunciação, o anjo disse a Maria: "… lhe porás o nome de Jesus" (Lc 1,31).
A José, o mesmo anjo disse: “Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1,21). A salvação se dá pelo perdão dos pecados; e já que “só Deus pode perdoar os pecados” (Mc 2, 7), Ele enviou o Seu Filho para salvar o Seu povo dos pecados. “Foi Ele quem nos amou e nos enviou Seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados” (1Jo 4,10). “Este apareceu para tirar os pecados “ (1Jo 3,5).
Isto mostra que a grande missão de Jesus era, de fato, “tirar o pecado do mundo”, e Ele não teve dúvida de chegar até a morte trágica para isto. Agora, Vivo e Ressuscitado, Vencedor do pecado e da morte, pelo ministério da Igreja, dá o perdão a todos os homens. Jesus disse aos apóstolos na Última Ceia: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14,15).Guardar os mandamentos é a prova do amor por Jesus. Quem obedece aos Seus mandamentos, foge do pecado.
O grande São Basílio Magno (329-379), bispo e doutor da Igreja, ensina, em seus escritos, que há três formas de amar a Deus: a primeira é como o mercenário, que espera a retribuição; a segunda, é como escravo que obedece, por medo do chicote, o castigo de Deus; e o terceiro é o amor filial, daquele que obedece, porque, de fato, ama o Pai. É assim que devemos amar o Senhor; e, a melhor forma de amá-Lo é repudiando todo mal.
Os Dez Mandamentos são a salvaguarda contra o pecado. Por isso, o primeiro compromisso de quem almeja a santidade deve ser o compromisso de viver, na íntegra, os mandamentos. Diante da gravidade do pecado, o autor da Carta aos Hebreus chega a dizer aos cristãos: “Ainda não resististes até ao sangue na luta contra o pecado” (Hb 12,4). Nesta luta, justifica-se chegar até ao sangue, se for preciso, como Jesus o fez.
Felipe Aquino

segunda-feira, 30 de julho de 2012

CREIO EM JESUS CRISTO

Seu único Filho, nosso Senhor

O nome de Jesus significa "Deus que salva". O Arcanjo Gabriel disse esse nome à Mãe do Senhor, "pois Ele salvará seu povo de seus pecados" (cf. Mt 1,21). Ele é o Salvador. São Pedro disse: "Não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" (At 4,12).  

Cristo significa "Ungido", "Messias". "Deus o ungiu com o Espírito Santo e com poder" (At 10,38). Ele é "aquele que há de vir" (Lc 7,19)". Ele é o Filho Único do Pai e o próprio Deus. Toda a vida de Cristo foi um contínuo ensinamento: Seus silêncios, Seus milagres, gestos, oração e Seu amor aos pequenos e pobres, Sua aceitação do sacrifício na Cruz pela redenção do mundo e Sua Ressurreição. 

Jesus é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. Ele é igual a nós em tudo, exceto no pecado. Cristo é uma Pessoa divina, mas que possui duas naturezas e duas vontades (humanas e divinas), inseparáveis e inconfundíveis. A Igreja teve de lutar contra muitas heresias que desvirtuavam a Pessoa de Jesus (arianismo, monofisismo, monoteletismo, apolinarismo, modalismos, etc.)

Pela Sua submissão a Nossa Senhora e a São José, assim como por Seu humilde trabalho em Nazaré, Jesus nos deixou o exemplo de santidade na vida da família e do trabalho. Ele entrou em nossa história pela família, quis ter um pai adotivo e um lar. Desde o início de Sua vida pública, em Seu Batismo, o Senhor se fez o "Servo de Javé", anunciado pelos profetas, inteiramente consagrado à obra redentora da humanidade que o Pai lhe confiou. Na tentação no deserto, Ele venceu Satanás – que vencera Adão -  seguindo o desígnio de salvação querido por Deus. 
Cristo inaugurou, na Terra, o Reino dos céus  e instituiu a  Igreja, que é o Seu Corpo, “sacramento universal da salvação”,  “o germe e o começo desde Reino”. Suas chaves foram confiadas a Pedro, o Papa, e aos apóstolos. 

O Papa Paulo VI disse em sua “Profissão de Fé”: “Cremos em Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus. Ele é o Verbo eterno, nascido do Pai antes de todos os séculos e consubstancial a Ele. Por Jesus tudo foi feito. Encarnou por obra do Espírito Santo, de Maria Virgem e se fez homem. Portanto, é igual ao Pai, segundo a divindade, mas inferior ao Pai, segundo a humanidade, absolutamente uno não por uma confusão de naturezas (que é impossível), mas pela unidade da Pessoa”. 

“Ele habitou entre nós, cheio de graça e de verdade. Anunciou e fundou o Reino de Deus, manifestando-nos em Si mesmo o Pai. Deu-nos o Seu mandamento novo de nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou. Ensinou-nos o caminho das bem-aventuranças evangélicas, isto é: a sermos pobres de espírito e mansos, a tolerar os sofrimentos com paciência, a ter sede de justiça, a ser misericordiosos, puros de coração e pacíficos, a suportar perseguição por causa da virtude” (n.11). 

Os milagres de Jesus provam a Sua divindade. Ele é o Senhor de tudo, onipotente, onisciente, onipresente. Mostrou Seu poder sobre a matéria, sobre a natureza, a morte, a doença, os demônios, etc. Eis alguns dos seus fantásticos milagres: 

Andando sobre as águas do mar da Galileia, Ele foi ao encontro dos apóstolos que remavam com dificuldade contra o vento (cf. Mateus 14,26); nas Bodas de Caná, transformou 600 litros de água em vinho (cf. João 2); por duas vezes, ao menos, multiplicou os pães e saciou a fome da multidão que O seguia no deserto (cf. Mateus 15,36); curou dez leprosos que vieram ao Seu encontro (cf. Mt 8,3); curou os cegos de nascença em Jericó; curou o paralítico na piscina de Betesda (cf. João 5,5); acalmou a tempestade sobre o mar da Galiléia, que ameaçava fazer virar o barco onde estava com os apóstolos (Mt 8,26);  expulsou os demônios de muitos (Mt. 8,32);  curou muitos paralíticos (Mt 8,6); ressuscitou a filha de Jairo, chefe da sinagoga de Cafarnaum (Mt 9,25); ressuscitou o jovem de Naim, filho único de uma viúva; ressuscitou Lázaro, irmão de Marta e de Maria, de Betânia (Jo11, 43-44); transfigurou-se no Monte Tabor (Mt 17,2); ressuscitou triunfante dos mortos e apareceu aos discípulos e para muitas pessoas (Mt 28,6; 1Cor 15,1s).

Os inimigos da fé católica, os racionalistas inimigos da Igreja comprovaram a autenticidade dos Evangelhos; são eles que provam a divindade de Jesus Cristo. É por isso que São Paulo disse: “Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Col 2,9). “Ele é a imagem do Deus invisível” (Col 1,15).  São Pedro diz, como testemunha: “Vimos a sua majestade com nossos próprios olhos” (2 Pe 1,16). Que nos resta concluir? 

Um dia Jesus curou um ceguinho de nascença que esmolava à Porta do Templo. Depois lhe perguntou: “Crês no Filho de Deus”? Ao que o ceguinho Lhe responde: “Senhor, e quem é esse para que eu creia n'Ele”? E Jesus lhe respondeu: “É o que está falando contigo”. “Creio, Senhor, confessou o ceguinho curado, caindo de joelhos em adoração”. (Jo 9,35). É o que nos resta fazer
Felipe Aquino

VIVA O HOJE


Deixemos cair por terra os pesos que arrastamos no dia de ontem, as amarguras, os medos, o negativismo, a incredulidade e tantos outros sentimentos ruins. Assumamos uma postura de quem confia em Deus com o coração cheio de louvor e gratidão.
Quando pedimos ao Senhor a graça de sermos melhores, Ele nos concede tal pedido. Então, supliquemos a Ele, com confiança, uma nova disposição. Não vivamos o hoje como se fosse uma rotina, mas sim como um novo dia que nos é dado pelo Senhor como um presente.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

A SOLUÇÃO ESTÁ NA PENITÊNCIA E NA CONVERSÃO


Estamos num tempo de falsos profetas. Tempo de “apostasia”. Apostasia é como a Aids: a pessoa nem imagina que se contagiou; só depois percebe que já está sem defesa orgânica. É doloroso constatar, mas a verdade é esta: o povo de Deus, “a esposa”, está sem defesa. Os falsos profetas investem com fúria contra a Igreja de Deus e têm conseguido resultados. Acontece hoje o que Jesus mesmo experimentou:

“Vendo as multidões, tomou-se de compaixão por elas, porque estavam exaustas e prostradas como ovelhas sem pastor” (Mt 9,36).

João, o amigo do Esposo, que preparou a Sua primeira vinda, aponta a solução para os tempos de hoje: a penitência e a conversão.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

domingo, 29 de julho de 2012

UM CORAÇÃO CHEIO DE DEUS

A conversão autêntica é inseparável da alegria

Quando alguém tem o coração puro e unido a Deus, sente em si mesmo uma suavidade e uma doçura que inebriam e uma luz maravilhosa que o envolve”. (Santo Cura d’Ars (1))São Pedro Apóstolo, de forma magistral, nos aconselha:“Santificai Cristo em vossos corações” (1Pd 3,15). Sim, quando nosso coração está santificado e pronto para entronizar Cristo como Senhor (1Pd 3,15), a nossa vida está totalmente pronta para viver a alegria de Jesus (Lc 6,45). 
Em nosso coração não há espaço para outra coisa senão para o amor de Jesus (Jo 14,21) que nos é derramado pelo Espírito Santo (Rm 5,5). Desse modo, temos um novo coração (Ez 36,26) cheio de uma alegria que ninguém pode tirar de nós (Jo 16,22). 
Alguém da sua casa, do seu círculo de amizades, do seu trabalho, ou da sua escola já perguntou o motivo da esperança e da alegria que você tem demonstrado (1Pd 3,15)? Você acha estranha esta pergunta? Saiba que a nossa vida em Cristo e o nosso amor por Ele não conseguem ser mantidos apenas dentro do nosso coração santificado, pois eles se avolumam e extravasam pelo nosso corpo todo. Essa alegria transbordante flui por meio de nós (cf. Jo 7,38; 4,14) e vai contagiar esse mundo triste, ressequido e carente das águas vivificantes do Espírito Santo (cf. S1 63,2).
Amados irmãos e irmãs, vamos santificar Jesus em nossos corações (cf. 1Pd 3,15). Vamos dar testemunho, com nossas palavras e com nossas ações, da alegria que há em nossos corações (Lc 6,45). Vamos motivar as pessoas a buscar Jesus e encontrar a Sua alegria (Fm 20).
“Para São João Bosco, a conversão autêntica é inseparável da alegria; nem pode ser diferente, pois consiste em acolher Jesus e o Seu Santo Evangelho de que Deus é o nosso Pai e nos ama para sempre”
Padre Inácio José do Vale

ONDE ESTÁ MEU IRMÃO ?

O Senhor lhe convida a olhar para o lado

Essa interrogação é central na importante narrativa do Livro do Gênesis, capítulo cinco. Deus perguntava a Caim sobre seu irmão Abel. Caim tinha matado Abel e, ao ser interrogado, cinicamente, respondeu não saber. Essa página remete o povo de Israel a um capítulo fundamental de qualquer antropologia consistente. A narrativa tem escopo educativo que alimenta o sentido da transcendência de toda pessoa humana.
Nos tempos de hoje, essa interrogação de Deus precisa ecoar nas consciências para que sejam banidas a arbitrariedade e a violência, refletidas nas discriminações e no massacre de inocentes. Entre esses absurdos, representa um grave perigo a onda abortista, que não pode ganhar espaço e consideração lícita para que a sociedade contemporânea, por egoísmo e falta de moralidade, trate a vida como produto descartável. Com o objetivo de evitar esse caminho, é preciso redobrada atenção no acompanhamento da movimentação governamental e político-partidária para fazer contraponto às propostas de legalização do aborto, com a determinação de derrubá-las.
Outra situação preocupante, onde cabe a pergunta central para recuperação e configuração de uma antropologia sem selvagerias - “Onde está teu irmão?”, refere-se à população de rua. É preciso sensibilidade cidadã para abominar e impedir as barbáries contra homens e mulheres que vivem nas ruas das cidades, especialmente nas regiões metropolitanas. Nesse sentido, é importante conhecer a realidade desses irmãos e irmãs mais pobres, apoiar projetos sociais sérios de investimento na integridade dessas pessoas e na constituição dos quadros próprios para a vivência de sua cidadania. Trata-se do desenvolvimento de processos que têm lógicas e dinâmicas próprias, em contraposição a qualquer tipo de entendimento que se enquadre na lógica da “limpeza urbana”, do simples esconder para não comprometer a aparência de cidades e bairros.
Como advertência e necessidade de incluir na agenda social de todos, olhando a realidade de nossa inserção e calculando a gravidade de situações, é importante não esquecer os relatos que merecem reflexão e o posicionamento sério de cada um.São casos de homicídio ou tentativas de assassinato, como a que aconteceu em 15 de abril de 2011, com oito moradores de rua no bairro Santa Amélia, vítimas de envenenamento. Pela manhã daquele dia, oito moradores encontraram uma garrafa de pinga na praça onde dormiam e, após beberem, começaram a passar mal. Graças a Deus, não houve vítimas fatais. 
Alguns meses depois, em outubro, três homens tiveram seus direitos desrespeitados, ao serem levados para um suposto abrigo com a promessa de tratamento contra dependência química. No entanto, foram colocados em cárcere privado para trabalho escravo. Em julho do ano passado, um morador de rua morreu após ter o corpo queimado no bairro Ipiranga, em Belo Horizonte. Um mês depois, em agosto, quatro pessoas não identificadas, em uma caminhonete preta com vidros escuros, dispararam tiros em direção a um grupo de moradores de rua. Entidades que trabalham com direitos humanos e com pessoas em situação de rua são fontes fidedignas desses e de muitos outros relatos.
Essa realidade precisa ser tratada com a consciência iluminada pelo princípio moral que reza o quinto mandamento da Lei de Deus: “Não matarás.” A vida humana é sagrada. A ninguém é lícito destruir um ser humano. O Catecismo da Igreja Católica ensina que esse quinto mandamento proíbe, indicando como gravemente contrários à lei moral, o homicídio direto e voluntário, o aborto direto, bem como a cooperação com ele; a eutanásia direta, que consiste em por fim à vida, por ato ou omissão de ação devida para com pessoas deficientes, doentes ou próximas da morte, e o suicídio.
A moralidade advinda da sacralidade da vida faz com que cada um reconheça o dever de zelar pela existência de todos. Nas grandes cidades é expressivo o número de pessoas que vivem nas ruas. Homens e mulheres que requerem cuidado especial, projetos de inclusão, participação e reinserção. Inaceitáveis são a violência e os assassinatos no tratamento dessa grave problemática social. Pelos que vivem nas ruas, por todos, ecoe nas consciências o dever de responder: onde está teu irmão?
Dom Walmor Oliveira de Azevedo


A RESPOSTA DE DEUS

O Senhor derrama sobre nós o Seu Espírito Santo, sem medida, justamente em decorrência das tarefas que precisam ser realizadas. Por causa das situações que vivemos, tanto em termos religiosos como sociais e políticos, o Senhor derrama o Seu Espírito de maneira nova, extraordinária, sobre os nossos bispos, padres, grupos, comunidades, casas religiosas, seminários; enfim, sobre todos, porque é a Igreja por completo que está vivendo hoje uma extraordinária ação profética.
Quando tantos querem decretar a falência de Deus e de Sua Igreja, diante das seitas, diante da situação de racionalismo e de descrença, o Senhor vem dar Sua resposta. A resposta de Deus é o derramamento do Espírito Santo. É assim que Ele reage diante de toda situação: derramando uma nova e extraordinária efusão do Espírito Santo.
Não imaginamos o que Deus pode fazer porque, como o anjo disse a Viregm Maria: "[...] pois para Deus nada é impossível" (cf. Lc 1,37). O Senhor está constantemente renovando a Igreja. Precisamos ser dóceis e acolher essa renovação. O Senhor está colocando Sua Igreja numa nova marcha, Ele a está levando a ser plenamente carismática, evangelizadora e profética, e por isso derrama sobre ela o Seu Espírito. É preciso acolhê-Lo!
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

sexta-feira, 27 de julho de 2012

DEPRESSÃO E AGORA ?

Não se desespere. Tem jeito!

Hoje em dia, já não é tão difícil falar sobre depressão; afinal, ela já foi classificada como “o mal do século”. Ainda há muito preconceito quando se fala nela.
Muitas pessoas acham que depressão é doença “de quem não tem o que fazer”, de pessoas fracas, que não rezam nem lutam, mas isso não é verdade. Depressão é uma doença e, com certeza, todos os que sofrem desse mal não gostariam de estar nesta situação. 
Assumir a depressão chega a ser humilhante, pois, além de tudo, é preciso consultar um psiquiatra; daí, outro preconceito: psiquiatra é “médico de louco”. Eu costumo dizer que, na verdade, é para não ficar louco!
O maior risco da depressão é camuflá-la. Quanto mais tempo demoramos para buscar ajuda, mais sofrimento enfrentamos. Partilho aqui, com vocês, a minha experiência:
Há vários anos, quando partilhava minha vida com Irmã Lucimar, em Londrina (PR), percebi que seu semblante mudou, e ela me disse: "Carla, eu tenho a impressão de que você está depressiva, mas não posso afirmar, porque somente um psiquiatra pode dar o diagnóstico correto". Pronto. Meu mundo caiu! Como assim? Logo eu? Uma missionária da Comunidade Canção Nova, há tantos anos, poderia estar com depressão?
Assim que o choque passou, comecei a me analisar. Tenho pai e mãe depressivos, então, seria difícil fugir desta realidade. Chegando a Cachoeira Paulista (SP), procurei um psiquiatra que, a princípio, diagnosticou uma bipolaridade. Iniciei o tratamento com medicação, mas logo ele foi interrompido, pois engravidei da Sofia. Mais uma vez, meu mundo caiu! Como conduzir uma gravidez, aos 38 anos, depressiva e sem medicação?
Foi aí que Deus me mostrou Sua grandiosidade. Foi à melhor gravidez que vivi, sem nenhum problema! A Sofia nasceu, no final das 40 semanas de gestação, de parto normal.
Passado um tempo, resolvi retomar o tratamento, mas quis trocar de médico, uma vez que não me via bipolar, pois não sentia os picos de euforia. Busquei outro profissional  e ele me diagnosticou com “distimia” (depressão crônica, de intensidade moderada); ela não tem cura, mas é controlável.  
Hoje, esta é a minha realidade. Sei da enfermidade e faço tratamento com medicação e psicoterapia; além de me esforçar para fazer uma atividade física, o que acho muito difícil. É preciso um esforço sobrenatural, mas consigo conviver bem, no dia a dia, e ter mais qualidade de vida: pessoal, familiar, comunitária e profissional.
Há dias em que dá aquela tristeza da alma, vontade de não fazer nada, mas sei o quanto ists não me fará bem e dou uma resposta diferente. Há dias também que necessitamos fazer algo diferente, algo só nosso, sair sozinha, comer algo que tem vontade, etc. Não é feio ter desejos e necessidades, muito menos pensar em nós de vez em quando. Pelo contrário, nos faz bem.
Não posso deixar de relatar aqui a colaboração da família e dos amigos mais próximos. O que mais nos faz bem é sermos acolhidos naquilo que estamos vivendo, sabermos que não somos peso, e que todos, a seu modo, preocupam-se e querem nos ajudar.
Por isso, se você, hoje, descobriu ou foi diagnosticada (o) com depressão, não se desespere! É possível conviver com ela, basta buscar ajuda profissional apropriada.
Tem jeito! Mas do jeito de Deus; não do meu!
Carla Astuti - Comunidade Canção Nova

O AMIGO DE TODAS AS HORAS

Todos nós temos necessidade de ter alguém que se comprometa conosco e que abrace a nossa causa, defendendo-nos, ajudando-nos e cuidando de nós. Temos necessidade de ser amados e acolhidos, principalmente nos momentos de dificuldade.
Precisamos tomar consciência de que não estamos sozinhos, porque o próprio Senhor nos prometeu que estará conosco todos os dias da nossa vida. Por isso, nos enviou Seu Espírito Santo!
É a Cristo que devemos recorrer sempre, porque Ele sempre nos chama e nos consola: “Vinde a mim vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve” (Mateus 11, 28-30).
Descansemos em Jesus e deixemo-nos cuidar por Ele. Façamos um ato de entrega de todas as nossas preocupações e inquietações a Ele, porque o Senhor sabe como fazer e como resolver todas as situações.
Com confiança, aproximemo-nos de Nosso Senhor Jesus Cristo e oremos incessantemente ao longo deste dia:
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

A IGREJA UNA, SANTA, CATÓLICA E APOSTÓLICA



Jesus é a verdade, e tem a verdade em si. A grande verdade que ficou guardada no coração de Deus e que Jesus revelou, após a multiplicação dos pães e o Seu caminhar sobre as águas no mar em tempestade na Galileia (cf. Jo 6,1-21), é que Ele se daria a nós na Eucaristia.

Ele foi para o Céu e está à direita do Pai, e deixou-nos a Igreja. Mais ainda: Jesus firmou essa Igreja numa rocha. No Evangelho de São Mateus, depois que Pedro confessou: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Tu és o Ungido! Tu és o Messias!” (cf. Mt 16,16).

Assim como Pedro revelou a identidade de Jesus: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”, da mesma forma Jesus declarou a identidade de Pedro: “Tu és pedra, e sobre esta pedra, que és tu, Pedro, edificarei a minha Igreja”. Precisamos aceitar e viver essa realidade.

A Igreja sempre se reuniu para pedir a inspiração de Deus na escolha de alguém que sucedesse Pedro e assumisse sua autoridade, na unção do Espírito, como Josué sucedeu Moisés e continuou sua missão. A nossa Igreja tem ascendência, tem raiz. Ela vem desde Jesus que constituiu Pedro. Só existe uma Igreja verdadeira, a Igreja una, santa, católica, apostólica.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 26 de julho de 2012

SÃO JOAQUIM E SANTA ANA

Com alegria celebramos hoje a memória dos pais de Nossa Senhora: São Joaquim e Sant'Ana. 
Em hebraico, Ana exprime "graça" e Joaquim equivale a "Javé prepara ou fortalece". 
Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant'Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora. 
Sant'Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.
O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Sant'Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça.
A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José. A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI.


São Joaquim e Sant'Ana, rogai por nós

CURANDO AS FERIDAS

Cicatrizando saudades

Uma ferida aberta leva tempo para cicatrizar. Aberta muitas vezes pelo descuido dos atos, ela precisa do tempo sagrado para que a cura aconteça. Embora o tempo cure as marcas da cicatriz, ela continua a nos mostrar algo que foi ferido nos tempos de outrora. A dor não mais sentida é a certeza de que o passado já não mais pertence ao presente. Fica somente a marca de uma parte da história que muitas vezes foi convertida em aprendizado.
Há despedidas que se tornam feridas abertas na alma. A dor da saudade de quem se foi cria fendas sem fim em muitos corações que ainda esperam o regresso de um adeus que não mais tem volta. 
 O tempo da saudade se eterniza em cicatrizes que nem mesmo o tempo consegue apagar. Quem fica sempre espera a regresso de um abraço que nunca foi permitido ou o sorriso que não mais poderá ser contemplado.
As estações da vida surgem em tardes de outono e se escondem em noites de lágrimas. Há noites que não se veem estrelas porque a luz das esperanças foi apagada das estrelas da Fé. Saudade não reconciliada é dor sem nome, é silêncio banhado por um oceano de lágrimas, é uma manhã sem sol em dias quase sempre nublados. Quem nunca se despediu de quem um dia partiu, jamais deixará a estação da dor ir embora de sua alma.

Na saudade de quem fica apenas a certeza de muitas esperas. Dias longos e segundos sem fim. Foi assim que muitos deixaram a sua alegria ir nas bagagens de quem se foi. Se o coração não se reconcilia com a despedida dos outonos do presente, o futuro sempre será uma triste espera nos bancos de velhos tempos de carências não cicatrizadas. Saudade dolorida é ferida aberta  aberta no tempo não reconciliado consigo mesmo. O medo de dizer adeus nos prende sempre em um passado que não mais existe, mas mesmo assim se faz presente em futuros sombrios.
O remédio que cura a ferida da saudade é a reconciliação com a própria dor que ainda grita no coração de quem ainda não aceitou o peso das despedidas da vida. Na saudade cicatrizada fica apenas a certeza de quem um dia a vida será plena junto de Deus. No Altar da Vida Jesus pediu que a samaritana se despedisse de um passado de incertezas, e que no Seu amor acolhesse a certeza de novos tempos. Diante da despedida e do amor que agora seria a água que saciaria todas as suas sedes, ela abandonou o cântaro velhos outonos para viver as estações de uma nova primavera junto a Fonte de uma nova vida.  
 
No amor de Cristo reconciliamos nossas esperanças com as saudades que foram embora em bagagens que não mais nos pertencem. Se a dor se faz presente, a ternura de Deus é o remédio para a cura de nossas carências que ainda insistem em germinar no solo de nossas fragilidades humanas. Jesus Cristo abraça todas as nossas carências e faz das tristes saudades de uma tarde sem fim uma manhã de novos reencontros com a vida. Somos chamados a todo instante a curar nosso coração em seu Amor. Todas as nossas tristes saudades que ainda não nos disseram adeus, são curadas e cicatrizadas no bálsamo da paz que nasce das fontes do amor de Deus. 
Padre Flávio Sobreiro

COM A FORÇA DO ESPÍRITO ENFRENTAMOS O SOFRIMENTO

Veja como Jesus, o Senhor, exerce o seu comando sobre seus servos: quando Ele vê um líder, um pai, uma mãe de família ou um jovem numa situação difícil, insolúvel, o que Ele faz é “enviar” de forma nova o Espírito Santo para que aquele servo possa enfrentar a situação e vencer.
A cada situação nova, a cada nova missão, a cada novo Calvário, a cada novo “impossível” que seu servo enfrenta, o Senhor lhe “envia” uma nova efusão do Espírito Santo. Esse novo envio é tão forte, tão avassalador, que podemos chamar, sem receio, de um novo batismo no Espírito.
É uma graça extraordinária e necessária para você conseguir passar pelas dificuldades da vida! Para enfrentar certa situação, você precisa do Espírito Santo com os carismas próprios para aquela missão! Somente assim poderá enfrentar os sofrimentos, como enfrentaram Estevão, Paulo, Pedro, Tiago e cada um dos primeiros cristãos. O Senhor está nos fazendo voltar àquela vivência, própria da Igreja primitiva. Por isso, não o impeça. Pelo contrário: abra-se à graça do derramamento do Espírito Santo.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 25 de julho de 2012

ORAÇÃO DE SÃO CRISTOVÃO

Ó, São Cristóvão, que atravessastes a correnteza furiosa de um rio com toda a firmeza e segurança porque carregáveis nos ombros o Menino Jesus, fazei que Deus se sinta sempre bem em meu coração, porque então eu terei sempre firmeza e segurança no guidão do meu carro e enfrentarei corajosamente todas as correntezas que eu tiver de enfrentar, venham elas dos homens ou do espírito infernal.
São Cristóvão, rogai por nós.

SÃO TIAGO MAIOR

Nascido em Betsaida, este apóstolo do Senhor era filho de Zebedeu e de Salomé e irmão do apóstolo João, o Evangelista.
Pescador juntamente com seu irmão João, foi chamado por Jesus a ser discípulo d'Ele. Aceitou o chamado do Mestre e, deixando tudo, seguiu os passos do Senhor. 
Dentre os doze apóstolos, São Tiago foi um grande amigo de Nosso Senhor fazendo parte daquele grupo mais íntimo de Jesus (formado por Pedro, Tiago e João) testemunhando, assim, milagres e acontecimentos como a cura da sogra de Pedro, a Transfiguração de Jesus, entre outros.
Procurou viver com fidelidade o seu discipulado. No entanto, foi somente após a vinda do Espírito Santo em Pentecostes que São Tiago correspondeu concretamente aos desígnios de Deus. No livro dos Atos dos Apóstolos, vemos o belo testemunho de São Tiago, o primeiro dentre os doze apóstolos a derramar o próprio sangue pela causa do Evangelho:
"Por aquele tempo, o rei Herodes tomou medidas visando maltratar alguns membros da Igreja. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João" (At 12,1-2).
Segundo uma tradição, antes de ser martirizado, São Tiago abraçou um carcereiro desejando-lhe "a Paz de Cristo". Este gesto converteu o carcereiro que, assumindo a fé em Jesus, foi martirizado juntamente com o apóstolo.
Existe ainda outra tradição sobre os lugares em que São Tiago passou, levando a Boa Nova do Reino. Dentre estes lugares, a Espanha onde, a partir do Século IX, teve início a devoção a São Tiago de Compostela.
São Tiago Maior, rogai por nós!

SÃO CRISTOVÃO

"Cristóvão" significa "aquele que carrega Cristo". São Cristóvão, protetor dos viajantes e dos motoristas. Martirizado no século três, possivelmente viveu na Síria. São Cristóvão é, também o padroeiro dos taxistas!De acordo com algumas das lendas, Cristóvão era um gigante materialista com manias de grandeza. Supondo que o rei a quem servia seria o maior do mundo, Cristóvão servia, sem saber, ao satanás, dentro da presteza; porém, o gigante vivia triste, mal-humorado e imundo!Através de um ermitão, o gigante descobriu o verdadeiro Rei. Informado, passou a fazer caridade para servir ao novo Senhor; Cristóvão trocou suas manias, e passou a servir seus semelhantes, pegando a nova causa com fé e garra, transformando-a em sua lei.No rio, passou a baldear as pessoas, vadeando-as com louvor. O gigante, agora limpo, passou a ter a alegria em seus semblantes! Numa noite, um menino chegou ao bom gigante e lhe pediu: "É possível tu me transportar para a outra margem do rio?"
Cristóvão pegou o menino nos ombros e seguiu o seu roteiro. Só que, a cada passo dado, o menino lhe pesava cada vez mais; parecia ao gigante estar carregando o peso do mundo inteiro! Ao observar o espanto de São Cristóvão, o menino lhe falou: "Em teus ombros, levaste mais que o mundo inteiro. Tu carregaste o Senhor do Mundo. Eu sou Jesus, aquele a quem tu serves.

QUEM QUER IR PARA CÉU ?

Ele é o fim último e a realização de nossas aspirações

O título faz parte de uma história que se conta por aí. Durante um encontro de ensino religioso, a catequista pergunta aos pequerruchos que estão em sua frente: “Quem quer ir para o céu?” Todas as crianças levantam a mão e respondem em coro: “Eu vou!”. Umas delas, porém, fica em silêncio. “Você não quer?”, indaga curiosa a mestra. E ela: “Não, porque mamãe me disse para voltar logo para casa após a catequese!”.
Passando da brincadeira para a realidade, se conhecêssemos, verdadeiramente, quem é Deus e o que significa “Paraíso”, seríamos atraídos, irresistivelmente para eles, infinitamente mais do que acontece com a lei da gravidade. Infelizmente, ao longo da vida, tantos e tão fortes  "falsos brilhos" aparecem, que, lentamente, dia após dia, nos tornamos cada vez mais cegos às “coisas do céu” e atraídos pelas “coisas da terra”. Mas, o que é o céu? Para começo de conversa, poderíamos lembrar que sua existência era aceita até mesmo fora do judaísmo, famoso é o exemplo apresentado por Platão. Para ele, o mundo se assemelha a uma caverna escura, habitada por pessoas acorrentadas, de costas para a entrada. Do lado de fora – ou seja, envolvidas pela luz e pela beleza do sol – caminham e trabalham outras pessoas, cheias de vida. É a sombra delas que se reflete no fundo da caverna – sombra que, para os aprisionados, é a única realidade percebida e, portanto, existente.
Para Platão, o frenético corre-corre que atordoa e inferniza os habitantes deste mundo é uma aparência enganosa. A realidade que sustenta e dá sentido a tudo é Deus. Com o filósofo concorda um salmista judeu, que escrevia, mais ou menos, na mesma época: "Setenta anos é a duração de nossa vida. Oitenta, para os mais robustos. A maior parte deles é sofrimento e vaidade. Passam depressa e nós voamos. Ensina-nos, Senhor, a contar os nossos dias, para que tenhamos a sabedoria do coração!" (Sl 90,10.12). Na “Escola de Atenas”, uma obra estupenda do pintor renascentista italiano Rafael Sanzio, Platão aparece com o dedo apontado para o alto, e Aristóteles, para o chão. É a síntese perfeita da missão do cristão. Quanto mais ele olha para o céu, mais aprende a olhar para a terra. Quanto mais Deus estiver presente em sua vida, mais perfeito e concreto será seu amor pelos irmãos que caminham ao seu lado. Foi provavelmente isso que os anjos quiseram ensinar aos apóstolos no dia da Ascensão de Jesus: "Homens da Galileia, por que ficais aí, parados, olhando para o céu? Esse Jesus que foi elevado ao céu, virá novamente para vós!" (At 1,11).
Se Jesus “virá novamente no meio de nós”, o céu deixa de ser uma casa que se constrói na terra e se ocupa somente após a morte. Pelo contrário, se alguém, já aqui na terra, conseguir transformar a sua vida numa morte ininterrupta ao egoísmo, cada ato seu corresponderá uma nova experiência de paraíso, até a última, quando ele mesmo se identificará com o céu:"Desde agora já somos filhos de Deus, embora ainda não se tenha tornado claro o que vamos ser. Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos como ele é" (1Jo 3,2).
Ao tentar descrever o céu, o Catecismo da Igreja Católica faz esta reflexão: "O céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva. Viver no céu é viver com Cristo. Os eleitos vivem nele, mas lá conservam, ou melhor, lá encontram sua verdadeira identidade, seu próprio nome". Este mistério de comunhão bem-aventurada com Deus e com todos os que estão em Cristo supera toda compreensão e toda imaginação. A Escritura nos fala dele em imagens: "O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração humano não percebeu, isso Deus preparou para aqueles que o amam” (1Cor 2,9)».
Por tudo isso – e por mil outras razões –, Santa Teresa de Ávila repetia para si mesma: "Espera, ó minha alma, espera! Ignoras o dia e a hora. Vigia cuidadosamente, tudo passa com rapidez, ainda que tua impaciência torne duvidoso o que é certo e longo um tempo que é curto. Considera que, quanto mais lutares, mais provarás o amor que tens a teu Deus e mais te alegrarás um dia com Teu Bem-Amado numa felicidade e num êxtase que não poderão jamais terminar"
Dom Redovino Rizzardo, cs
Bispo de Dourados (MS)

VOCE CONHECE JESUS CRISTO

Não caia no pecado de rejeitar o Cristo

Jesus foi rejeitado, porque se apresentou como um trabalhador que cresceu em Nazaré, ao lado de parentes, amigos e conhecidos. Seus conterrâneos não descobriram n'Ele nada de extraordinário que pudesse indicá-Lo como o Messias de Deus. No entanto, a extraordinariedade de Jesus-Messias está justamente aí, na encarnação, no fato de não ter nada que possa diferi-Lo da condição humana comum. O Filho de Deus se fez como qualquer um de nós, e aqui está o nó da questão. Muitos afirmam que não creem, porque não veem. Os conterrâneos de Jesus não creem, porque veem o Jesus trabalhador, o Filho de Maria, um Homem do povo, que não frequentou nenhuma escola superior, um Homem que vem de Nazaré, lugarejo insignificante.
O escândalo da encarnação continua sendo um espinho atravessado na garganta de muito cristão de boa vontade. Por se encarnar nas realidades humanas, Jesus-Messias foi rejeitado. Ele faz pensar no desafio que é a encarnação do Evangelho na realidade do povo. Não podemos ficar paralisados como os conterrâneos do Senhor, pois Este 
rejeita o pecado da vaidade, do orgulho e da prepotência. Também rejeita o pecado da violência, da ganância e do egoísmo.
Muitas vezes, queremos um Cristo que aprove os nossos erros e que aplauda o nosso falso sucesso obtido à custa de opressão e desonestidade. Muitas vezes, não aceitamos um Cristo manso, pacífico, simples, humilde. A soberba nos faz querer um Cristo imponente, rico, opressor.
A nossa cegueira não concebe um Cristo que nos sugere o serviço aos irmãos, a capacidade de perdão, a simplicidade de coração. É preciso que meditemos sobre isto e transformemos a nossa vida. Jesus se fez um de nós a fim de facilitar o nosso entendimento, e não para complicá-lo. Ele se fez um de nós para que percebêssemos que as glórias deste mundo nada valem, que fomos feitos para uma glória maior. 
Somos fracos, apegados às ilusões deste mundo e não percebemos os valores eternos. Renunciar ao pecado e aderir à mensagem de Cristo é o gesto mais sábio que um cristão pode ter. 
Peçamos ao Senhor Jesus que Ele não permita que as adversidades nos impeçam de seguir adiante no cumprimento da missão a nós confiada.
Dom Eurico dos Santos Veloso