sábado, 31 de dezembro de 2011

ANO NOVO, VIDA NOVA

Já estamos quase adentrando o ano novo, e como todos nós sabemos: ano novo, vida nova. Não dá para levarmos pendências de um ano para o outro; pelo contrário, precisamos resolvê-las. Deixemos para trás as coisas velhas para acolhermos as novidades que Deus tem para cada um de nós.Ontem, durante o programa “O Amor Vencerá”, eu fique muito tocada quando estávamos rezando e o Senhor falou-nos que não podíamos atravessar o ano com pendências.Façamos hoje, ao longo do dia, um exame de consciência sob a luz do Espírito Santo, para que tudo se faça novo na nossa vida e recebamos os cumprimentos das promessas do Senhor, como ocorreu com Simeão: “O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. Movido pelo Espírito, Simeão veio ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a lei ordenava, Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: ‘Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; porque meus olhos viram a tua salvação’” (Lc 2,25-30).Obrigada, Senhor, porque cumpres as Tuas promessas na nossa vida e nossos olhos podem ver Tua salvação. Jesus, eu confio em Vós!


SÃO SILVESTRE

São Silvestre I



Este Papa dos inícios da nossa Igreja era um homem piedoso e santo, mas de personalidade pouco marcada. São Silvestre I apagou-se ao lado de um Imperador culto e ousado como Constantino, o qual, mais que servi-lo se terá antes servido dele, da sua simplicidade e humanidade, agindo por vezes como verdadeiro Bispo da Igreja, sobretudo no Oriente, onde recebe o nome deIsapóstolo, isto é, igual aos apóstolos.
E na realidade, nos assuntos externos da Igreja, o Imperador considerava-se acima dos próprios Bispos, o Bispo dos Bispos, com inevitáveis intromissões nos próprios assuntos internos, uma vez que, com a sua mentalidade ainda pagã, não estava capacitado para entender e aceitar um poder espiritual diferente e acima do civil ou político.
E talvez São Silvestre, na sua simplicidade, tivesse sido o Papa ideal para a circunstância. Outro Papa mais exigente, mais cioso da sua autoridade, teria irritado a megalomania de Constantino, perdendo a sua proteção. Ainda estava muito viva a lembrança dos horrores por que passara a Igreja no reinado de Diocleciano, e São Silvestre, testemunha dessa perseguição que ameaçou subverter por completo a Igreja, terá preferido agradecer este dom inesperado da proteção imperial e agir com moderação e prudência.
Constantino terá certamente exorbitado. Mas isso ter-se-á devido ao desejo de manter a paz no Império, ameaçada por dissenções ideológicas da Igreja, como na questão do donatismo que, apesar de já condenado no pontificado anterior, se vê de novo discutido, em 316, por iniciativa sua.
Dois anos depois, gerou-se nova agitação doutrinária mais perigosa, com origem na pregação de Ario, sacerdote alexandrino que negava a divindade da segunda Pessoa e, consequentemente, o mistério da Santíssima Trindade. Constantino, inteirado da agitação doutrinária, manda mais uma vez convocar os Bispos do Império para dirimirem a questão. Sabemos pelo Liber Pontificalis, por Eusébio e Santo Atanásio, que o Papa dá o seu acordo, e envia, como representantes seus, Ósio, Bispo de Córdova, acompanhado por dois presbíteros.
Ele, como dignidade suprema, não se imiscuiria nas disputas, reservando-se a aprovação do veredito final. Além disso, não convinha parecer demasiado submisso ao Imperador.
Foi o primeiro Concílio Ecumênico (universal) que reuniu em Niceia, no ano 325, mais de 300 Bispos, com o próprio Imperador a presidir em lugar de honra. Os Padres conciliares não tiveram dificuldade em fazer prevalecer a doutrina recebida dos Apóstolos sobre a divindade de Cristo, proposta energicamente pelo Bispo de Alexandria, Santo Atanásio. A heresia de Ario foi condenada sem hesitação e a ortodoxia trinitária ficou exarada no chamadoSímbolo Niceno ou Credo, ratificado por S. Silvestre.
Constantino, satisfeito com a união estabelecida, parte no ano seguinte para as margens do Bósforo onde, em 330, inaugura Constantinopla, a que seria a nova capital do Império, eixo nevrálgico entre o Oriente e o Ocidente, até à sua queda em poder dos turcos otomanos, em 1453.
Data dessa altura a chamada doação constantiniana, mediante a qual o Imperador entrega à Igreja, na pessoa de S. Silvestre, a Domus Faustae, Casa de Fausta, sua esposa, ou palácio imperial de Latrão (residência papal até Leão XI), junto ao qual se ergueria uma grandiosa basílica de cinco naves, dedicada a Cristo Salvador e mais tarde a S. João Batista e S. João Evangelista (futura e atual catedral episcopal de Roma, S. João de Latrão). Mais tarde, doaria igualmente a própria cidade.
Depois de um longo pontificado, cheio de acontecimentos e transformações profundas na vida da Igreja, morre S. Silvestre I no último dia do ano 335, dia em que a Igreja venera a sua memória. Sepultado no cemitério de Priscila, os seus restos mortais seriam transladados por Paulo I (757-767) para a igreja erguida em sua memória.

São Silvestre, rogai por nós!

A CORAGEM VEM DO AMOR

Quando não nos sentimos amados não somos capazes de amar a nós mesmos, muito menos a nosso próximo.Precisamos tomar consciência de que, a cada manhã que desperta, o amor do Senhor renova-se por cada um de nós. Não precisamos viver mendigando amor, sofrendo por falta desse sentimento, porque o Senhor nos ama profundamente“Saciai-nos de manhã com vosso amor, e exultaremos de alegria o dia todo” (Sl 89,14).Abramo-nos, hoje, ao amor incondicional de Deus. Não nos deixemos arrastar mais por nossas carências afetivas; vamos nos deixar curar por Jesus de todo desamor para sermos homens e mulheres cheios de amor, de paz e de alegria para dar Tomemos posse desta verdade: “O amor vencerá”, porque o amor vence todas as batalhas por ser uma copiosa fonte de coragem e de vida.Por isso, hoje, a palavra de ordem para nós é a seguinte: Deixe-se amar por Deus  Jesus, eu confio em Vós!