sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

QUAL A MAIOR NECESSIDADE DA NOSSA FAMÍLIA


“Vieram pessoas trazendo numa padiola um homem que estava paralisado; eles procuravam fazê-lo entrar e coloca-lo diante dele; e como, por causa da multidão, não viam por onde faze-lo entrar, subiram ao telhado e, através das telhas, fizeram-no descer com a sua padiola no meio da assistência, diante de Jesus. Vendo-lhes a fé, ele disse: ‘Teus pecados te são perdoados’” (Lc 5,18-19).
Aquele homem não tinha mais como ir sozinho, tal era a situação a que ele havia chegado. Foram seus amigos que o colocaram na maca e o levaram para Jesus. Tiveram um grande trabalho porque não tinham como entrar. Mas finalmente conseguiram leva-lo à presença de Jesus.
É assim que precisamos fazer com os nossos. Não podemos parar de trabalhar enquanto não conseguirmos levá-los todos até Jesus. Ao ver aquele homem na padiola, Jesus percebeu que a maior necessidade desse homem era o perdão dos seus pecados.
A maior necessidade dos nossos é essa também. Eles estão nesta situação porque foram para longe de Deus e acabaram no pecado, como aquele homem paralisado. O pecado vai entrevando a pessoa de tal maneira que se torna vão qualquer socorro humano. É preciso o socorro divino.
Monsenhor Jonas Abib

É APEGO OU AMOR O QUE SINTO POR VOCE ?

Creio que sempre é momento para se perguntar sobre a autenticidade do amor que se sente pelo outro: afinal, eu amo ou eu sou apegado à(ao) minha(meu) namorada(o)?Esse questionamento confunde a todos, principalmente quando se está dentro de uma situação onde se faz o papel da pessoa apegada. Por isso, antes de tudo, é necessário esclarecer o que é apego nesse contexto, bem como o amor.O apego surge quando há uma paixão sem limites por alguém. Agarramo-nos ao outro de modo exagerado e ele se torna o centro de nossa vida, então, esquecemo-nos de nós praticamente. É, por exemplo, uma vontade de controlar a(o) parceira(o), querendo saber o que ela(e) está fazendo, onde está e com quem.Isso é capaz de gerar desconfiança, medo demasiado de perder o(a) namorado(a), ciúme imperativo, entre outros sentimentos desconfortáveis.Por outro lado, o amor nos conduz à liberdade, ao domínio sobre nós mesmos. É como uma verdadeira amizade – e isso é essencial no namoro. Quando se é amigo de alguém, respeita-se o espaço do outro, dando a ele a oportunidade de ir ao nosso encontro. Logo, o afeto nasce e a relação desabrocha por si só. Sem pressões, sem recentimentoComo é possível fazer alguém feliz, se não é deixado um espaço para o outro seguir seus próprios passos?O trecho “Ficai, portanto, firmes e não vos submetais outra vez ao jugo da escravidão” (Gal 5,1) se encaixa bem neste contexto. O apego é como uma corrente que nos aprisiona ao mundo das emoções.É claro que se concluir que existe grande apego pela(o) namorada(o), nem sempre é necessário terminar. Basta refletir, criar coragem e mudar a situação.Namorar é caminhar junto de alguém que foi escolhido legitimamente e séria. E para namorar é preciso ser livre. Porém, como diz o Professor Felipe Aquino em seu livro, “Namoro”, “você não estará livre enquanto qualquer amarra o impedir de caminhar”.Por isso, busquemos a própria liberdade e assim traremos a liberdade para o outro. Aprendamos a amar

PARA ENTENDER A IDA EM CRISTO

Muitas vezes nos oferecemos a Deus, mas impomos condições entender a vida nova em Cristo, tomemos o texto da Carta de São Paulo aos Romanos, capítulo 12. São Paulo nos exorta a nos oferecermos, sem reservas, sem medidas, a nos entregarmos a Deus. O grande problema é que nós nos oferecemos a Deus, mas impomos condições. O apóstolo dos gentios vai mais além, exortando-nos a oferecer os nossos corpos. Porém, às vezes, dizemos: "Senhor, eu te entrego meu coração", mas Deus nos quer de corpo inteiro. Ofereçamo-nos por inteiro como Nossa Senhora o fez. Quando Maria disse: "Eis aqui a escrava do Senhor", estava se oferecendo sem reservas ao Senhor, porque o escravo não tinha direitos, estava completamente na mão do seu dono, que tinha sobre ele o poder da vida e da morte.
Como Nossa Senhora, somos chamados hoje a dizer: "Senhor, eu sou teu escravo, eu me ofereço por inteiro de forma santa e agradável." Este é o verdadeiro culto espiritual a Deus. Oferecer-se como hóstia viva é a vida em Cristo.
A maturidade de uma vida em Cristo é conseguir viver, o quanto mais plenamente, as três virtudes teologais: fé, esperança e caridade. Então, a maturidade na fé é crer, esperar e amar.
A meta e a busca, o ideal do cristão batizado é ser uma pessoa que crê, que espera e que ama. O grande problema é que perdemos o referencial, a impressão que temos é de que não existe um modelo a ser seguido, cada um cria o seu próprio modelo. Jesus deve ser nosso referencial de vida. Cristo é o homem maduro na fé, porque viveu na plenitude as virtudes teologais: Ele é o homem que crê, que espera e que ama.
Em nosso itinerário espiritual, essa é a referência, sempre partir desse ponto: eu quero, eu busco, eu almejo, eu tenho sede de ser uma pessoa que crê, que espera e que ama.
Contudo, mesmo a partir desse referencial, temos muita dificuldade para viver essa maturidade, por causa de algumas patologias espirituais, porque perdemos os senso do pecado, porque não nos oferecemos a Deus. No nosso itinerário espiritual, na nossa vida com Cristo, nós vamos com reservas, não nos jogamos, não nos lançamos, não entregamos tudo, por isso, não progredimos na fé.
Na nossa condição natural de ser humano, precisamos de Deus, temos uma sede de algo mais. No entanto, podemos perceber que alguns estão com a alma vazia, outros estão com a alma árida, outros estão com a alma sedenta.
O objetivo último do ser humano, na sua natureza, é Deus. A religião não é um ópio, não é alienação. O verdadeiro culto a Deus não engessa, não nos faz puritanos, não nos leva a uma patologia; pelo contrário, o verdadeiro culto a Deus nos potencializa, nos expande, nos transborda.
Com isso digo que, se há muita tristeza, desejo de suicídio, angústia, melancolia, neurose, pode ser algo emocional, mas com certeza é a ausência da água que dessedenta, que Jesus prometeu dizendo: "Quem beber dessa água não terá mais sede" (Jo 4, 14).
Então, estou afirmando que a maioria daqueles que se dizem iniciados na fé, que a maioria dos que comungam e se dizem cristãos, estão doentes na vida espiritual. Há tantas pessoas inseguras na fé, porque estão sentindo um vazio do tamanho de Deus. O vazio que sentimos só pode ser preenchido pelo Todo-poderoso.
Padre Reginaldo Manzotti

A FÉ TRANSPÕE TODOS OS OBSTÁCULOS

0909091

A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo pode transpor qualquer obstáculo na nossa vida. Precisamos seguir sempre em frente, sem jamais desanimar nem ficar presos ao passado. Olhemos para frente, olhemos para o alto, “onde está Cristo sentado à direita de Deus” (Cl 3,1b).Somente caminhando à luz da fé somos capazes de enxergar para além das dificuldades e das limitações humanas. Sem o olhar da fé, desanimamos. Precisamos ter a mesma postura de Abraão, que: “Diante da promessa divina, não duvidou por falta de fé, mas revigorou-se, na fé e deu glória a Deus, convencido de que Deus tem poder para cumprir o que prometeu” (Rm 4,20-21).O Senhor tem muitas promessas para a nossa vida e precisamos acolhê-las na fé, como Abraão as acolheu e “esta atitude de fé lhe foi creditada como justiça”. Peçamos, hoje, ao Espírito Santo que revigore nossa fé. Caminhemos na certeza de que sempre a graça de Deus é muito maior do que os nossos limites e fraquezas; e unidos a Ele esforcemo-nos para viver santamente em cada momento ao longo do dia, mesmo quando tudo parecer desencontrado.Senhor, queremos hoje confiar em Ti e caminhar Contigo

Jesus, eu confio em Vós!

Luzia Santiago


O SEGREDO DA FELICIDADE É O AMOR QUE TUDO CRÊ TUDO SUPORTA

A Palavra de Deus hoje para nós é maravilhosa porque fortifica nosso coração. O apóstolo Paulo nos transmite a mensagem de que o "jamais" [no versículo 8] significa que é eterno, porque, como é mencionado no Evangelho de São João: Deus é amor, por isso, o amor é eterno.
São Paulo, de forma maravilhosa, mostra o caminho para a comunidade de Corinto alcançar os dons elevados, o caminho do amor. Dessa forma, o apóstolo ensina também o segredo da felicidade e revela a importância do mais nobre dos sentimentos [amor] para aquela comunidade.
O apóstolo dos gentios prega sobre Jesus crucificado com receio e muito temor, mas também como uma demonstração do poder do Espírito Santo. E falar sobre Jesus crucificado era um escândalo para judeus e loucura para pagãos, mas para todo aquele que crê é poder de Deus.
Na passagem bíblica de hoje, esse grande santo da Igreja reflete sobre o amor que se manifesta no Crucificado e mostra um Deus apaixonado, que se manifesta em nosso meio por intermédio de Seu Filho Jesus. Podemos perceber claramente a paixão do apóstolo por Jesus Cristo. Façamos hoje uma reflexão sobre nossos relacionamentos e sobre a paixão e o amor.
Muitas vezes nos equivocamos entre a paixão e o amor, pensando que são duas coisas opostas, ou seja, que a paixão é ruim e que só o amor é bom. Mas hoje Deus nos ensina, com a ajuda de Paulo, que a paixão está imbuída de amor.
O amor e a paixão são como uma maçã envolta numa calda de caramelo, resultando numa "maçã do amor" encontrada em quermesses. Se lambermos somente a calda, vamos nos enjoar facilmente e não vamos comer a fruta. Para isso não acontecer, é preciso morder a calda junto com a maçã. O que dará um ótimo sabor quando misturados. A paixão é como essa calda, e o amor é a maçã.
É importante que o casal esteja apaixonado e, como no exemplo acima, a paixão não é algo ruim, mas não podemos ficar somente nela, porque ela nos remete ao amor. As pessoas que vivem somente de paixão, de aventura em aventura, jamais fazem a experiência do amor.
O amor tudo crê, espera e suporta. Peçamos a Deus a graça de caminhar na fé e no amor. Esse é o remédio para muitos relacionamentos durarem: o amor, que desculpa tudo, crê em tudo, espera tudo e suporta tudo.
Alexandre Oliveira
Missionário da Comunidade Canção Nova