segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

CORAGEM DEUS OUVE O SEU GRITO NO DESERTO !

O Grito que foi ouvido no deserto, na verdade é a Palavra, João é a voz Jesus é a Palavra. Palavra vem libertar de toda prisão, escravidão, do pecado e da morte. O deserto pode ser o lugar muito temido, pouco conhecido, cheio de perigos e também de graças, mas quem faz uma verdadeira experiência no Deserto encontra, ouve, mata sua sede, revigora suas forças. Eu costumo dizer quando as coisas estão muito difíceis: “O deserto vai florir!” Nele esta cheio de vida que não se vê, basta uma chuvarada e ele se enche de verde, de flores. Porque o deserto é o lugar do encontro com Deus, consigo mesmo, onde Jesus venceu o demônio pelo poder da Palavra e da oração (cf. Mt 4, 1-11). E o homem vence a si mesmo. Preste atenção se você esta vivendo um “deserto”. Este é o lugar da manifestação de Deus e da vitória do homem.
Uma voz clama no deserto: “Preparai o caminho do Senhor, aplainai a estrada de nosso Deus” (Is. 40,3). O profeta afirma claramente que não será em Jerusalém, mas no deserto que se realizará esta profecia, isto é, a manifestação da glória do Senhor e o anúncio da salvação de Deus para toda a humanidade.
Na verdade, tudo isto se realizou literalmente na história, quando João Batista anunciou no deserto do Jordão a vinda salvífica de Deus e ali se revelou a salvação de Deus. De fato, Cristo manifestou-se a todos em sua glória quando, depois de seu batismo, os céus se abriram e o Espírito Santo, descendo em forma de pomba, pousou sobre ele; e a voz do Pai se fez ouvir dando testemunho do Filho: “Este; é o meu Filho amado, escutai-O” (Mt. 17,5).
Estas coisas foram ditas por que Deus deveria vir ao deserto, desde sempre fechado e inacessível. Com efeito, todas as nações pagãs estavam privadas do conhecimento de Deus, e os homens justos e os profetas de Deus nunca haviam penetrado nelas.
Por este motivo, a voz ordena que se prepare um caminho para a Palavra de Deus e se aplainem os terrenos escarpados e ásperos, a fim de que nosso Deus possa entrar quando vier. Preparai o caminho do Senhor (Mc. 1,3) é esta a pregação evangélica que traz um novo consolo e deseja ardentemente que o anúncio da salvação de Deus chegue a todos os homens.
Sobe a um alto monte, tu que trazes a boa-nova a Sião. Levanta com força a voz, tu, que trazes a boa-nova a Jerusalém (Is. 40, 9). Depois que sem mencionou a voz que clama no deserto, convêm perfeitamente estas palavras, que se referem aos evangelistas e anunciam a vinda de Deus entre os homens. De fato, a alusão aos evangelistas devia logicamente seguir a profecia sobre João Batista.
Que Sião é esta, senão a que antes se chamava Jerusalém? Era realmente um monte, como declara esta palavra da Escritura: O monte Sião que escolhestes para morada (Sl 73,2). E o Apóstolo: Vós vos aproximastes do monte de Sião (Hb 12,22). Não será uma alusão ao grupo dos apóstolos, escolhidos entro o antigo povo da circuncisão?
Tal é, pois, Sião ou Jerusalém, que recebeu a salvação de Deus, e que foi edificada sobre o monte de Deus, isto é, sobro o Verbo, seu Filho único. A ela, que subiu ao alto monte, é que Deus ordena anunciar a palavra da salvação. Mas quem anuncia a boa-nova, senão o coro dos evangelistas? E o que significa anunciar a boa-nova? É proclamar a todos os homens, e em primeiro lugar às cidades de Judá, a vinda de Cristo à terra.
 Neste II Domingo do Advento nos foi apresentado um personagem fascinante, “Uma Voz”, um Profeta, o maior, anunciou e testemunhou: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”: João Batista o profeta do Advento. A Igreja é essa Voz e esse Profeta no mundo, unem em sua missão corpo e voz, sendo em Cristo sinal de salvação. Recebemos de João Batista e da Igreja a missão de anunciar e preparar a vinda do Senhor. Seja para nós motivo de arrependimento, conversão, libertação e alegria do Senhor que Vem. A “voz que clama” nos liberta de todo deserto, situação de morte, desespero e nos aponta a libertação, O salvador Jesus Deus conosco.
Prefácio do Advento II (A dupla espera de Cristo):Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Predito por todos os profetas, esperado com amor de mãe pela virgem Maria, Jesus foi anunciado e mostrado presente no mundo por são João Batista. O próprio Senhor nos dá a alegria de entrarmos agora no mistério do seu Natal, para que sua chegada nos encontre vigilantes na oração e celebrando os seus louvores. Por essa razão, agora e sempre, nós nos unimos aos anjos e a todos os santos, cantando (dizendo) a uma só voz…Oração: Ó Deus todo-poderoso e cheio de misericórdia, nós vos pedimos que nenhuma atividade terrena nos impeça de correr ao encontro do vosso Filho, mas, instruídos pela vossa sabedoria, participemos da plenitude de sua vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém Preparemos O caminho do Senhor eis a nossa tarefa dada pelo Profeta do Advento!
Minha benção fraterna.
Padre Luizinho, Com. Canção Nova

A VIAGEM DA VIDA


Li o artigo “A beleza de viver o hoje” e fiquei pensando, refletindo como a vida é passageira e como nós, seres humanos, muitas vezes não vivemos, mas passamos pela vida. Na correria do dia a dia não percebemos nossa condição de seres limitados; nossos afazeres, por vezes, não nos possibilitam esta reflexão. Planejamos,trabalhamos, estudamos, dedicamo-nos diariamente a inúmeras coisas, mas deixamos de ter em mente algo que pode mudar nossas atitudes, comportamentos e decisões; esquecemos que o presente (que se chama hoje) é para ser vivido da melhor maneira possível, amando, compartilhando, ajudando, pois poderemos não ter o amanhã, ou pior, não termos no amanhã as pessoas que mais amamos.
Gostaria de compartilhar um momento vivido que me fez refletir sobre o que agora escrevo. Fui a uma Missa que celebrava o trigésimo dia de falecimento de uma pessoa amiga da minha família. Ao término da celebração, algumas pessoas fizeram homenagens a ela. Em uma dessas homenagens foi lida uma mensagem em que se comparava a vida a uma viagem de trem. Fique extremamente tocada com a mensagem, pois, de maneira simples e ao mesmo tempo profunda, refletia-se sobre a vida.
Realmente nossa vida é como uma viagem de trem com embarques e desembarques. Mas nós é que escolhemos em que vagão viajaremos e como faremos a viagem. Fiquei pensando em como é passageira esta viagem [a vida] e, por vezes, somos surpreendidos com o desembarque de alguém que tanto amamos. Mas o trem volta a trilhar o caminho, e, mesmo depois do desembarque, temos que seguir, pois a viagem continua e não sabemos em que estação vamos desembarcar.
“Nossa vida é como uma viagem de trem com embares e desembarques”
 A mensagem me tocou, pois no corre-corre da vida, de agendas lotadas, compromissos aos milhares, deixamos de perceber a importância do dia de hoje. Devemos arranjar um tempo para vivermos as coisas simples da vida que nos fazem felizes, para estarmos ao lado das pessoas que nos amam e que amamos. Precisamos viver a vida amando, perdoando, fazendo o bem, de bom humor, sem nos deixar abater por coisas que não merecem importância. Tirando das críticas e dificuldades força para seguir em frente. Tirando dos obstáculos e sofrimentos ensinamentos que nos fazem amadurecer e seguir mais fortes. E sem nos esquecer de que nessa viagem, Deus está ao nosso lado e nunca nos abandonará.
Roberta Almeida

O PERIGO DO ESCÂNDALO

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É mais grave quando cometido por quem deve educar e ensinar


O Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que o escândalo é uma falta grave contra o Quinto Mandamento: “Não matar”. Ele consiste no mau comportamento de alguém que leva o outro a praticar o mal. Aquele que escandaliza se torna como que o tentador do outro. Atenta contra a virtude e a retidão; pode arrastar seu irmão à morte espiritual, daí a sua gravidade.
“O escândalo constitui uma falta grave se, por ação ou omissão, conduzir deliberadamente o outro a uma falta grave.” (CIC § 2284).
O escândalo é mais grave conforme a autoridade da pessoa que o provoca; ou da fraqueza dos que o sofrem. É mais grave quando é cometido por quem deve educar ou ensinar. É muito grave o escândalo de um pai diante de seus filhos, de um chefe diante dos subordinados, de um religioso diante dos fiéis. Aquele que deve ser exemplo e modelo de vida não pode dar mau exemplo porque é um escândalo para os que estão em formação.
Jesus disse: “Caso alguém escandalize um destes pequeninos, melhor será que lhe pendurem ao pescoço uma pesada mó e seja precipitado nas profundezas do mar” (Mt 18,6).
Hoje vemos, por exemplo, o nosso Brasil mergulhado num mar de corrupção, que devora os recursos do povo; exatamente por parte das autoridades constituídas. É um escândalo, um péssimo exemplo para os jovens. Diante disso muitos são desestimulados a ser cidadãos honestos. O escândalo de quem exerce autoridade decepciona o povo. Pior ainda quando a impunidade campeia na sociedade e a justiça não atua punindo os que cometem crimes. Os que compram os magistrados, os que corrompem os parlamentares e os que subornam as chefias causam grandes escândalos aos jovens.
São Paulo deu o exemplo de um escândalo no seu tempo: “Se alguém te vir, a ti que és instruído, sentado à mesa no templo dos ídolos, não se sentirá, por fraqueza de consciência, também autorizado a comer do sacrifício aos ídolos? E assim por tua ciência vai se perder quem é fraco, um irmão, pelo qual Cristo morreu! Assim, pecando vós contra os irmãos e ferindo sua débil consciência, pecais contra Cristo. Pelo que, se a comida serve de ocasião de queda a meu irmão, jamais comerei carne, a fim de que eu não me torne ocasião de queda para o meu irmão” (I Cor 8,10-13). 
Há escândalo, por exemplo, quando os chefes de empresas fazem regulamentos que incitam à fraude, ao suborno, à tapeação dos clientes; quando professores “exasperam” nas provas submetendo os alunos a exames exigentes demais; quando não lhes ensinam bem a matéria. Também é escândalo grave quando aqueles que manipulam a opinião pública a afastam dos valores morais. (cf. CIC § 2286).
Papa Pio XII falou claro sobre esse assunto:
“O escândalo pode ser provocado pela lei ou pelas instituições, pela moda ou pela opinião.Tornam-se, portanto, culpados de escândalo aqueles que instituem leis ou estruturas sociais que levam à degradação dos costumes e à corrupção da vida religiosa ou a “condições sociais que, voluntariamente ou não, tornam difícil e praticamente impossível uma conduta cristã conforme aos mandamentos” (Pio XII, discurso de 1º de junho de 1941).
É escândalo grave as leis contra a lei de Deus, como a legalização do aborto, da eutanásia, do suicídio assistido, do casamento de pessoas do mesmo sexo, da manipulação científica de embriões humanos, entre outros.
Da mesma forma é escândalo grave uma moda acintosa que põe à mostra e exibição o corpo feminino, templo sagrado do Espírito Santo, provocando tentação e pecado aos homens. É escândalo grave uma opinião de uma autoridade contra a moral e os bons costumes.
Assim como é escândalo grave o cristão que dá contratestemunho de sua fé e procede sem caridade, sem fé, sem esperança, sem observar as leis de Deus. É escândalo grave quando um leigo ou religioso, pior ainda, se comporta mal, deixando-se levar pela ganância, orgulho, arrogância, prepotência, inveja, preguiça, gula, fornicação ou pedofilia.
O famoso arcebispo americano Fulton Sheen afirmou certa vez que: "Talvez não haja nos Estados Unidos uma centena de pessoas que odeiem a Igreja Católica, mas há milhões de pessoas que odeiam o que erroneamente supõem o que seja a Igreja Católica".
Por que hoje muitos odeiam a Igreja? Por que há uma verdadeira eclesiofobia no meio universitário, sendo que a Igreja tanto bem fez e faz para a humanidade? Foi ela quem salvou a Civilização Ocidental da destruição dos bárbaros; foi ela quem moldou os valores humanos mais nobres que temos, foi ela quem cristianizou o mundo. Foi ela quem fundou o Direito, criou as universidades, desenvolveu a arte, a música, a tecnologia medieval. Foi ela a maior agente da caridade no mundo em todos os tempos... Então, por que essa ojeriza à Igreja? A resposta é esta: os escândalos de muitos dos seus filhos. A maioria das pessoas que não gostam da Igreja, e a atacam, é porque se decepcionaram com o comportamento errado de algum católico, no passado ou no presente. Junta-se a isso uma história mal contada do passado da Instituição criada por Cristo por parte daqueles que a odeiam.
Felipe Aquino