terça-feira, 18 de outubro de 2011

SÃO LUCAS

São Lucas Estamos em festa na liturgia da Igreja, pois lembramos a vida e o testemunho do evangelista São Lucas. Uma figura simpática do Cristianismo primitivo, homem de posição e qualidades, de formação literária e de profundo sentido artístico divino. Nasceu em Antioquia da Síria, médico de profissão foi convertido pelo apóstolo São Paulo, do qual se tornou inseparável e fiel companheiro de missão. Colaborador no apostolado, o grande apóstolo dos gentios em diversos lugares externa a alta consideração que tinha por Lucas, como portador de zelo e fidelidade no coração. Ambos fazem várias viagens apostólicas, tornando-se um dos primeiros missionários do mundo greco-romano. Tornou-se excepcional para a vida da Igreja por ter sido dócil ao Espírito Santo, que o capacitou com o carisma da inspiração e da vivência comunitária, resultando no Evangelho segundo Lucas e na primeira história da Igreja, conhecida como Atos dos Apóstolos. No Evangelho segundo Lucas, encontramos o Cristo, amor universal, que se revela a todos e chama Zaqueu, Maria Madalena, garante o Céu para o "bom" ladrão e conta as lindas parábolas do pai misericordioso e do bom samaritano. Nos Atos dos Apóstolos, que poderia também se chamar Atos do Espírito Santo, deparamos com a ascensão do Cristo, que promete o batismo no Espírito Santo, fato que se cumpre no dia de Pentecostes, e é inaugurada a Igreja, que desde então vem evangelizando com coragem, ousadia e amor incansável todos os povos.
     Uma tradição - que recolheu no séc. XIV Nicéforo Calisto, inspirado numa frase de Teodoro, escritor do séc. VI - diz-nos que São Lucas foi pintor e fala-nos duma imagem de Nossa Senhora saída do seu pincel. Santo Agostinho, no séc. IV, diz-nos pela sua parte que não conhecemos o retrato de Maria; e Santo Ambrósio, com sentido espiritual, diz-nos que era figura de bondade. Este é o retrato que nos transmitiu São Lucas da Virgem Maria: o seu retrato moral, a bondade da sua alma. O Evangelho de boa parte das Missas de Maria Santíssima é tomado de São Lucas, porque foi ele quem mais longamente nos contou a sua vida e nos descobriu o seu Coração. Duas vezes esteve preso São Paulo em Roma e nos dois cativeiros teve consigo São Lucas, "médico queridíssimo". Ajudava-o no seu apostolado, consolava-o nos seus trabalhos e atendia-o e curava-o com solicitude nos seus padecimentos corporais. No segundo cativeiro, do ano 67, pouco antes do martírio, escreve a Timóteo que "Lucas é o único companheiro" na sua prisão. Os outros tinham-no abandonado. O historiador São Jerônimo afirma que Lucas viveu a missão até a idade de 84 anos, terminando sua vida com o martírio. Por isso, no hino das Laudes rezamos: "Cantamos hoje, Lucas, teu martírio, teu sangue derramado por Jesus, os dois livros que trazes nos teus braços e o teu halo de luz". É considerado o Padroeiro dos médicos, por também ele ter exercido esse ofício, conforme diz São Paulo aos Colossenses (4,14): "Saúda-vos Lucas, nosso querido médico".

São Lucas, rogai por nós!

TUDO É POSSÍVEL A QUEM TEM FÉ

Alguns detalhes são importantes para que consigamos tomar posse das graças do Senhor. Para isso, é preciso que tomemos algumas decisões, pois ao fazê-lo estaremos eliminando das nossas vidas tudo aquilo que tem nos impedido de sermos de Deus.
A fé é o fundamento da esperança, é a certeza sobre algo que não se vê. Ela é um dom dado por Deus ao ser humano para que assim sejamos capazes de conhecer a verdadeira face do Pai.
No batismo, nós recebemos os dons do Espírito; nesse momento, somos infusos pela fé, pela esperança e perseverança em todas as promessas que Deus nos faz.
A esperança é uma das maiores virtudes que podemos receber, pois, nos momentos mais difíceis de nossa vida, ela não permite que caiamos no desespero.
Somos constantemente estimulados por Deus a receber a verdadeira fé em nossa vida. Apesar de sermos estimulados através do paladar, do tato, do olfato e da visão, não é por meio deles que iremos receber a fé. Nossa verdadeira crença vem da audição, por isso é preciso que continuemos pregando em todos os lugares e em todas as circunstâncias.
A fé é muito maior do que qualquer milagre, por isso nossa busca deve ser por ela, não pelos milagres, pois, com ela somos capazes de alcançar inúmeras graças que, ao ser humano, podem parecer impossíveis.
Quase sempre a nossa volta para Deus tem a ver com um problema familiar, para o qual não existe solução humana. Seja ela a dependência química, uma doença crônica ou terminal. Nossa fé acaba sendo substituída pela dor, pois, diante do silêncio de Deus, ficamos revoltados, desesperados e perdidos.
Nos momentos de angústia, buscamos ao Senhor de forma errada. Devemos nos colocar diante d'Ele com a certeza de que Ele tudo pode, e por intermédio d'Ele tudo podemos alcançar.
Coloque hoje na sua oração a frase: "Tudo é possível ao que crê" (Mc 9,23). Talvez Deus esteja só aguardando uma atitude firme da sua parte para conceder todas as graças. Sua fé pode estar abalada a ponto de não ter convicção naquilo que você tem pedido a Ele.
Quando alguma desgraça se abate sobre a nossa vida, pode ser a forma que Deus encontrou para nos trazer de volta para Ele. E isso não pode ser visto como desgraça, mas o retorno das graças à nossa vida.
Se Deus retira a graça de nossas vidas, nada mais nos segura; somos entregue aos prazeres do mundo. A ira do Senhor se manifesta quando Ele, perante a constância dos nossos erros, permite que caminhemos por nossa conta. Por isso, ao estarmos diante de um pecado, devemos buscar imediatamente a confissão, pois através desse Sacramento somos curados de tudo que poderia nos afastar de Deus.
O pecado pode nos tirar não só a graça desta vida, mas também a graça de ver Deus face a face. Então, é muito melhor que nos envergonhemos diante do Sacramento da confissão, ao invés de passar a eternidade humilhado e sofrendo diante do maligno.
Por tanto, permita que Jesus o levante; confesse a Ele todas as suas fraquezas e as vezes que vacilou diante do pecado. Peça a força necessária para continuar crendo no Senhor Salvador; e que todas as dificuldades que possam ocorrer durante essa caminhada sejam fonte de aproximação e reconciliação junto a Deus
Padre Gilson Sobreiro

O INIMIGO FAZ DE TUDO PARA DERROTAR A NÓS HOMENS

Deus colocou a Sua imagem, a Sua santidade em nós. Por isso quando pecamos, acabamos ficando envergonhados. Já não rezamos mais. Já não vamos à Igreja e não comungamos. Temos medo de confessar e preferimos largar a Igreja, largar Deus, por vergonha.
O tentador continua fazendo a mesma coisa. Ele nos leva a ter pensamentos e desejos que sabemos que são errados. Depois nos envergonha, “esfregando” a nossa cara na sujeira que nós mesmos fizemos. Impede-nos de confessar e de voltar à Igreja e à oração. O inimigo faz tudo isso para impedir a nossa santificação. Mas Deus quer povoar o céu com homens e mulheres. Quando o Senhor vier, é preciso que nós homens, como os apóstolos, como os patriarcas e os profetas, estejamos firmes na luta contra o pecado e na busca de santidade.
O inimigo sabe o valor do homem dentro do lar, dentro da Igreja doméstica que é a família. As mulheres têm aguentado sozinhas. A Igreja doméstica tem ficado sem o “sacerdotes”, sem a cabeça. O inimigo insinua a nós homens, que ainda somos “bonitões”, capazes de atrair, seduzir. E não falta novela, revista, conversas de amigos para nos fazer pensar assim. Facilidades não faltam para que o homem caia no erro. O inimigo faz de tudo para derrotar a nós homens. Ele não quer que o céu seja povoado de homens.
Chegou a hora de dizer um “basta”. É hora de assumir a santidade, que é sinônimo de pureza.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova