sexta-feira, 19 de agosto de 2011

ENRAIZADOS E EDIFICADOS EM CRISTO , FIRMES NA FÉ

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A Igreja não tem idade!



Um milhão e meio de jovens reunidos em Madri, na Espanha, em torno de um homem de oitenta e quatro anos, Bento XVI, Sucessor de São Pedro, junto com cerca de oitocentos bispos, vindos de todo o planeta para a vigésima sexta Jornada Mundial da Juventude (JMJ), ideia nascida do coração apostólico do Beato João Paulo II, que até hoje atrai pessoas de todas as idades.
A Igreja não tem idade! Ela é casa aberta para todas as nações e gerações, mãe que acolhe em seu regaço as diversas situações humanas. Ela será sempre jovem, renovada e embelezada pelo seu Esposo, que é o Cristo. Velhice é o pecado, não o abençoado acúmulo de anos e de experiência. Olhando para esta multidão de jovens que acorreram a Madri, pensei nos resultados das anteriores Jornadas Mundiais da Juventude. Nossa geração ficou marcada por este compromisso periódico, agenda da Igreja para os jovens cristãos do mundo inteiro. Quantas vocações ao matrimônio, ao sacerdócio ou à vida religiosa nasceram delas! Como a Igreja tem mostrado seu rosto jovem para o mundo, pois continua e será sempre atual o chamado de Jesus Cristo a uma vida santa, na medida do Evangelho!
O lema da JMJ, cujo conteúdo foi desenvolvido em sua preparação e nas catequeses feitas por nós Bispos em Madri, veio do texto de São Paulo aos Colossenses: “Continuai enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (Cf. Cl 2, 7). A carta, da qual é tirado este convite, foi escrita para responder a uma necessidade precisa dos cristãos de Colossos. Com efeito, aquela comunidade estava ameaçada pela influência de tendências culturais que afastavam os fiéis do Evangelho. O nosso contexto cultural tem muitas analogias com o tempo dos Colossenses. Há uma forte corrente de pensamento laicista que pretende marginalizar Deus da vida das pessoas e da sociedade, perspectivando e tentando criar um «paraíso» sem Ele. Mas a experiência ensina que o mundo sem Deus se torna um «inferno»: prevalecem os egoísmos, as divisões nas famílias, o ódio entre as pessoas e entre os povos, a falta de amor, de alegria e de esperança. Ao contrário, onde as pessoas e os povos acolhem a presença de Deus, O adoram na verdade e ouvem a Sua voz, constrói-se concretamente a civilização do amor, na qual todos são respeitados na sua dignidade, cresce a comunhão, com os frutos que ela dá (Cf. Mensagem do Papa Bento XVI para a XXVI Jornada Mundial da Juventude, 2-5).
Bento XVI trabalhou sua mensagem para a Jornada Mundial da Juventude em torno de três imagens: «enraizado» recorda a árvore e as raízes que a alimentam; «fundado» refere-se à construção de uma casa; «firme» evoca o crescimento da força física e moral. No texto original as três palavras, sob o ponto de vista gramatical, estão no passivo: isso significa que é o próprio Cristo quem toma a iniciativa de radicar, fundar e tornar firmes os que acreditam. No encontro com Cristo, a juventude do mundo, enraizada n'Ele e n'Ele alicerçada, encontra forças para permanecer firme na fé.
A experiência da JMJ nos remete à jovem de Nazaré, Maria, cuja Assunção do Céu nós celebramos. Ela foi saudada pelo anjo com uma expressão inusitada na Sagrada Escritura: “Ave, cheia de graça” (Cf. Lc 1, 28). É a inimizade com o pecado, sonhada e prometida no Livro do Gênesis: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela” (Gn 3, 15). A uma apenas adolescente, Deus pediu uma resposta de gente grande: “Eis a escrava do Senhor, fala-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Ela foi elevada ao Céu em corpo e alma, sem sofrer a corrupção do sepulcro após a morte. Nela já se realizou a promessa contida na palavra do Apóstolo: “Quando este ser corruptível estiver vestido de incorruptibilidade e este ser mortal estiver vestido de imortalidade, então estará cumprida a palavra da Escritura: a morte foi tragada pela vitória” (1 Cor 15, 54).
Dom Alberto Taveira Corrêa

A EFICÁCIA DO ROSÁRIO VEM DO CÉU

Precisamos ser orantes! Nossa Senhora tem insistido conosco sobre a importância de rezarmos o rosário. O problema é que não compreendemos o valor dessa prática; achamos que o rosário é uma simples repetição de pais-nossos e ave-marias, meditando os mistérios. Na realidade, quem torna eficaz essa forma de oração não somos nós: é Deus.
Como acontece na Eucaristia: antes, é simples pão, feito com um pouco de farinha e água; mas, após a consagração, pela eficácia do poder do Espírito Santo de Deus, ela torna-se Jesus vivo no meio de nós.
A eficácia do rosário não vem dos homens, mas do céu. A recitação dessa oração vem desde o ano de 1200. Nossa Senhora revelou a São Domingos a eficácia, a “violência” do rosário. Havia, na época, hereges que faziam mal à Igreja, sem que ninguém conseguisse detê-los. Esse grande santo ia de cidade em cidade, a todas as paróquias, rezando o rosário com as pessoas, e a situação começou a mudar. Como resultado, esses perseguidores da Igreja começaram a se converter.
Basta lembrar o que a Santíssima Virgem Maria falou em Lourdes, em Fátima e o que tem falado em Medjugorje. Até quando ela vai ter de insistir conosco para que compreendamos o valor dessa oração?! Não esperemos ter tempo! Lavando roupa, cuidando da casa, indo para o trabalho... você pode ir rezando o rosário. Você pode também rezar um mistério, depois outro, e outro...
Diante da violência, que enfrentamos, é preciso estar o tempo todo reconstruindo nossas famílias, com ferramentas numa mão e armas na outra. Uma delas é o rosário! É assim que o Senhor quer que nós vivamos em família: em austeridade. Temos de ser famílias profundamente comprometidas com o trabalho.
O problema está todo aqui: não temos a coragem de nos arriscar e confiar na Palavra que diz: “Procurai primeiro o Reino e a justiça de Deus, e tudo vos será dado por acréscimo” (Mt 6,33). A justiça de Deus é ver nossas famílias reconstruídas. É isso que Jesus diz: “Ora, a vontade d'Aquele que me enviou é que eu não perca nenhum dos que ele me deu [...]” (Jo 6,39a). Invista sua vida no Reino de Deus e na justiça de Deus e comprove como Ele dará todo o resto em acréscimo
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

DEUS NÃO SE DEIXA VENCER EM GENEROSIDADE !

Quando temos a coragem de olhar para dentro de nós e perceber nossa verdade, a luz de Deus entra e a solução aparece. A primeira condição para o Senhor trazer a prosperidade para nossa vida e a solução para nossos problemas e tribulações é a abertura de coração. É deixar que o Espírito Santo nos mostre a nossa realidade interior: nossa verdade. Mesmo que seja desordem, vícios, pecados, nada pode ficar às escondidas. Para o Senhor fazer maravilhas em nós, precisamos estar totalmente transparentes em tudo e para todos.
A Providência Divina vem em nosso favor quando:
Primeiro – Colocamos nossa verdade diante de Deus e não mentimos para Ele nem para nós mesmos.
Segundo – Conscientizamo-nos daquilo que nos é supérfluo.
Terceiro – Colocamos o supérfluo à disposição do Senhor para que Ele possa fazer o milagre.
Nós que estamos com dívidas precisamos olhar dentro de casa e verificar onde está o supérfluo. Como você pode gastar o precioso dinheiro de modo a ter o necessário e ainda ajudar os outros? O que o Criador lhe dá como salário é tudo o que você tem? É de seu salário que Ele vai fazer o milagre acontecer, mas não sem luta!
No Evangelho vemos Jesus dando o melhor vinho para as bodas de Caná, mas foi necessária a matéria-prima: seiscentos litros de água. Sem a água não teriam o vinho. Da mesma forma, em outra ocasião Cristo alimentou uma multidão, mas foi necessária a matéria-prima: cinco pães e dois peixes.
Qual é a sua matéria-prima para Deus operar o milagre? Talvez você só tenha o seu salário. É de seu salário que o Senhor vai usar para lhe dar todo o necessário. Mesmo que seu salário seja muito baixo, é dele que o Pai vai usar.
Talvez você nem tenha salário... O que você tem? Uma horta? Algumas galinhas? Uma árvore frutífera? Uma jóia? Isso será o que o Altíssimo vai usar como matéria-prima para lhe trazer todo o necessário.
Recordo-me de um casal da Canção Nova que, numa hora difícil, lançou mão de roupas e as vendeu num bazar de roupas usadas, para comprar alimento na feira. Nunca a feira rendeu tanto como naquele dia. Eram verduras e legumes em tal quantidade que aquele dinheiro nunca poderia comprar. Era a mão de Deus usando a matéria-prima que eles ofereceram.
Talvez você tenha algo supérfluo. Você não imagina o que o Senhor pode fazer com seu supérfluo quando você o coloca à disposição d'Ele para que Ele possa fazer o milagre.
Experimente. Seja generoso. Deus não se deixa vencer em generosidade!
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova