segunda-feira, 21 de março de 2011

NAS TEMPESTADES DA VIDA , VOCE NÃO ESTÁ SOZINHO

No Evangelho de São Mateus há um fato muito interessante: após a multiplicação dos pães, Jesus despediu os apóstolos e foi rezar no alto do monte. O barco se agitava numa grande tempestade. Os discípulos estavam apavorados... Quando de repente viram alguém caminhando sobre o mar: era o Messias.
Não imaginando que fosse Jesus, eles ficaram ainda mais amedrontados e soltavam gritos de terror: é um fantasma! Mas logo o Senhor lhes disse: “Confiança, sou Eu, não tenhais medo” (Mt 14,27).
Muitas vezes, nossa vida é agitada pelas tempestades e nós nos desesperamos, porque nos falta confiança. Precisamos ter confiança cega em Deus, na certeza de que o Seu socorro não falta.
O Senhor é o mesmo de ontem, de hoje e de amanhã; Ele está vivo. Não servimos a um Deus morto, clame e Ele virá ao seu encontro!
Não desanime na hora da tempestade! Peça ao Senhor para pegá-lo no colo, para que a tempestade não o afogue. O Senhor nos manda ser corajosos. Não precisamos ter medo de nada. Jesus nunca vai nos deixar sozinhos.
Quando tomamos consciência e clamamos pelo socorro do céu, tudo muda, a tempestade se acalma e ousamos andar sobre as águas. Foi o que Pedro experimentou:
“Senhor, se és mesmo Tu, ordena-me que vá ao teu encontro sobre as águas. Vem, disse Ele. E Pedro, saindo do barco, caminhou sobre as águas e foi rumo a Jesus” (Mt 14, 28-29).
Nós também podemos andar sobre os nossos problemas, sobre as tempestade que assolam as nossas vidas, fixando os olhos em Deus e não os desviando nem para direita nem para a esquerda.
Quando Pedro tirou os olhos de Jesus, ele afundou. Aí está o segredo: podemos andar por cima de nossos problemas, sem nos deixar amedrontar pela tempestade, se continuarmos com os olhos fixos no Senhor.
Tenha certeza: quando você traz o Senhor para dentro do barco da sua vida, tudo muda. O vento cessa, a tempestade se acalma... O Senhor passa a ter o comando de todas as coisas.
“Confiança, sou Eu, não tenhais medo”. Seja qual for a situação pela qual você esteja passando, confie: é Ele mesmo quem diz: “Sou Eu, não tenhais medo”. Nas grandes dificuldades, mas, também nas situações embaraçosas do dia-a-dia, o Senhor está ao nosso lado. Não há por que temer.Senhor, eu agradeço por tantos milagres e curas que tens realizado na vida dos meus irmãos. Tu és verdadeiramente o Deus do impossível.
Entra, Senhor, no barco da minha vida. Vê, Senhor, a agitação em que está. Até hoje eu tive medo e pensei que estava sozinho, mas agora não temo, pois quem está conduzindo o barco da minha vida é o Senhor.
Apresento todas as situações que estou vivendo e já agradeço pelo novo rumo que estás dando. Eu não estou sozinho. Confesso que já estava cansado, fraco, com medo das grandes ondas, mas agora já não tenho mais medo, porque o Senhor é por mim.
Agradeço pelo milagre que estás realizando na minha vida. Sou uma nova pessoa.
A partir deste momento o leme da minha vida está em Tuas mãos. Eu não tomarei mais nenhuma decisão por mim mesmo. Quero louvar e agradecer pela paz e pela cura que realizas.
Bendito seja o Teu nome, meu Senhor e meu Deus.
Padre Jonas Abib

O PECADO ESTÁ EM NÓS, MAS NÃO NOS PLENIFICA

A condição humana é marcada por uma profunda experiência de contradição 

"Querer o bem está ao meu alcance, não, porém, realizá-lo. Não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero. Ora, se faço aquilo que não quero, já não sou eu que estou agindo, mas o pecado que habita em mim (...). Infeliz que sou!" (Rm 7, 18b-20.24a).
Como nos atesta a afirmação de São Paulo, a condição humana é marcada por uma profunda experiência de contradição inerente à sua fragilidade e inclinação ao mal.
Somos, de fato, seres fragmentados, machucados pela contradição presente no finito. Contudo, trazemos em nós uma alta vocação: "a de transcendermos nossa própria fraqueza através da experiência do Amor".
O mal é realidade real e presente em nós. E por vezes ele desperta com uma força desestruturante, tendo como única missão nos aprisionar e destruir. No entanto, não podemos permitir que este nos encarcere em sua mesquinhez, pois, fomos criados para ser mais do que qualquer escravidão material ou instintiva.
Por mais que o mal/pecado grite forte em nós, ele não tem o poder de determinar definitivamente aquilo que seremos. Não podemos ceder às suas sugestões e seduções; ao contrário, é necessário sempre acreditar na força de vida e de superação depositada em nós.
A verdadeira felicidade – aquela que preenche o vazio da alma – não está no pecado e na satisfação de nossas más inclinações, por mais que estes nos proporcionem um momentâneo prazer. A autêntica realização humana consiste no fato de correspondermos à vocação que nos foi confiada por Aquele que nos criou, pautando nossa vida e escolhas segundo os ditames de tal Eleição.
Somente o Amor pode verdadeiramente nos plenificar. Se assim não o for, o que se manifestará em nós será apenas um acúmulo de ilusões e irreais fantasias acerca do que seja a felicidade.
É unicamente por meio do cultivo de uma sincera obediência e profunda relação com o Eterno, que entrou no tempo, que nosso ser se completará e se tornará aquilo que verdadeiramente é em sua essência.
É preciso nunca ceder sob o peso da própria fragilidade e, mesmo nas quedas, é necessário lutar para não se tornar escravo das próprias carências e fraquezas.
Busquemos sempre – com coragem e esperança – aquilo que nos eleva e constrói em relação à dignidade que recebemos, e nunca desistamos de lutar para alcançarmos uma real correspondência a esta. Somente assim nos confiaremos com inteireza Àquele que sabe do que realmente precisamos, e, nos tornaremos mais felizes e encontrados na vida.
Não desistamos nunca de lutar e de acreditar no dom depositado em nós, pois existimos para ser mais... e para experienciarmos a verdadeira alegria!
Diácono Adriano Zandoná

CURADOS PELA EFUSÃO DO ESPÍRITO SANTO

O que mais impede a nossa visão é aquilo que nós achamos que sabemos e não aquilo que não vemos simplesmente. Sempre é o problema daquilo que nós pensamos que sabemos.
Quando Deus suscitou os dons através da Renovação Carismática Católica foi bem questionado e houve uma grande resistência, porque se achava que os dons já se haviam esgotado lá nos primeiros cristãos, que os dons eram apenas para a Igreja primitiva.
Por isso, aqueles que acham que sabem como Deus vai fazer ou quer fazer, correm o risco de muitos erros. Foi assim nos primeiros séculos quando questionaram em relação da participação na Igreja em relação aos Judeus ou não Judeus.Aqueles que pensam que sabem, se colocam contra os movimentos novos do Espírito Santo.
Não podemos montar regras para Deus impondo coisas como se fosse o próprio Deus, que de fato, estivesse nos impondo. Achamos que Deus só pode agir de uma forma, porém Deus se recusa a ficar amarrado ao que nós achamos e que pensamos ser o certo.
Deus conhece as nossas limitações e misérias e nos indica que nós não podemos confiar nesse nosso achismo.
Jesus nos ensina muito através da passagem do cego de nascença em João 9,2-41
O cego de nascença, diante da sua experiência, testemunha a ação de Jesus na sua vida e partilha daquilo que o próprio Jesus fez diante dos fariseus que achavam que sabiam tudo.
Os fariseus não admitiam o fato de Jesus ter curado esse cego num dia de sábado. O cego mudou a sua suposição em base da sua experiência; já os fariseus, mesmo tendo participado (vendo o milagre) não quiseram assumir a verdade e aí se tornaram cegos. A forma como fomos formados a ver o mundo, pode nos tornar cegos como esses fariseus.
Andando pela vida e diante de tantas experiências, somos chamados a enxergar a ação de Deus na nossa vida.
Os hebreus quando estavam no deserto, achavam que já podiam caminhar sozinhos e aí perdiam as guerras e as batalhas. Então, paravam e buscavam se colocar diante de Deus para que, de fato, entendessem quem era Deus na vida deles. Assim também somos nós, que precisamos mudar a maneira de ver as coisas não com uma ótica simplesmente humana, mas com um olhar em Deus e com Deus.No dia de Pentecostes, os apóstolos estavam trancados, mas o Espírito não parou do lado de fora porque eles estavam trancados, pelo contrário, eles viveram uma experiência que revolucionou a humanidade, pois receberam a efusão do Espírito Santo e desta experiência nasceu a Igreja.
São Pedro diz que as promessas de Jesus são para todos nós e não se resume a um pequeno grupo. Não só para a Renovação Carismática, porém é na Renovação Carismática que nós vemos hoje a maior utilização dos dons.
Através do batismo no Espírito Santo nós vamos sendo curados interiormente e até mesmo, muitas vezes, fisicamente; então com isso devemos buscar todos os dias fazer uma experiência com o Espírito Santo recebendo d'Ele uma efusão.
Por quê recebemos o Espírito Santo e os dons do Espírito Santo? É uma necessidade nossa, precisamos receber a efusão e os dons do Espírito Santo, e foi para recebermos essa graça que Jesus morreu, pois Ele mesmo disse que se Ele não fosse (para o Pai) o Paráclito não poderia vir.
Nós fomos batizados quando criança e recebemos os dons teologais (Fé, Esperança e Caridade), mas para poder dar os frutos durante a vida é preciso a ação do Espírito Santo. Precisamos nos abrir para que Deus possa entrar na nossa vida.
Recebemos também o Espírito Santo na crisma e deveríamos ser impulsionados a ir em missão em busca das ovelhas perdidas, talvez até mesmo ir bater de porta em porta, em busca daqueles que necessitam fazer uma experiência com Deus.
Então muitas vezes, mesmo recebendo os sacramentos da Igreja, o Espírito Santo fica guardado dentro da pessoa, sem poder gerar os seus frutos, porque a pessoa se fecha em si mesma e coloca Deus em segundo plano.
Dom Cipriano Chagas

OS CRISTÃOS INCOMODAM?

Profeta não é aquele que adivinha o futuro, mas aquele por meio de quem Deus fala. Somos os meios que Deus usa para falar. Exatamente por causa disso, aqueles que não aceitaram Jesus e o Evangelho acabam nos agredindo. Na verdade, eles investem contra Aquele que fala e faz em nós. Mas somos nós que acabamos sendo atingidos.
Deus nos usa como luz. Por isso incomodamos os que não são d'Ele. E por os incomodarmos, eles vêm contra nós. Somos motivo de questionamento para as pessoas que não se importam com Deus.
Uma pessoa muito próxima a mim contava que aqueles que viviam em sua casa lhe diziam: “Você é como nossa ‘consciência’, vive nos acusando. Sua presença, seu jeito, suas palavras nos acusam”. Essa pessoa não fazia nada disso, mas os outros se sentiam acusados e agredidos só porque ela lutava para ser de Deus e testemunhar isso com a vida.
Portanto, não se iluda! Se somos de Deus, se vivamos de modo cristão, acabamos por incomodar. E é esse incômodo que pode salvar. Na verdade, não somos nós que incomodamos, é o Evangelho que vivemos, a luz de Deus que está em nós.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova