quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

SANTIDADE E VIDA COM DEUS

"A vontade de Deus é vossa santificação e que vos afasteis da imoralidade sexual. Saiba cada um de vós viver seu matrimônio com santidade e com honra, sem se deixar levar pelas paixões, como fazem os pagãos que não conhecem a Deus" (I Ts 4,3-5).
Essa Palavra é dirigida a todos que precisam de uma verdadeira conversão de coração. Conversão diária. Muitas vezes, achamos que estamos convertidos e relaxamos e o "homem velho" vem à tona com força.
"A vontade de Deus é vossa santificação" é uma Palavra muito forte, muito clara. Nela, Paulo fala para uma comunidade, que possui muitas imoralidades, divórcios, pessoas prejudicadas, sofrendo porque tinham se esquecido da experiência que haviam feito com Deus. Era uma comunidade que já havia sido evangelizada.
Quando você foi evangelizado? Quando fez sua catequese? Naquele tempo as pessoas estavam deixando de lado a sua fé. Quantos de nós já nos perguntamos qual é a vontade de Deus para nossa vida. Eu lhe respondo: A vontade de Deus é a sua santificação.
Precisamos trazer essa passagem bíblica para o concreto na nossa vida, pois é Palavra de Deus para nós. Como permanecer em Deus, sem ouvir Sua Palavra? Que relação é essa que temos com o Senhor se não Lhe damos ouvidos? Quando estamos mal, corremos atrás do Senhor, mas quando está tudo bem, nos esquecemos d'Ele e a Palavra de Deus fica de lado.
"Saiba cada um de vós viver seu matrimônio com santidade e com honra, sem se deixar levar pelas paixões, como fazem os pagãos que não conhecem a Deus". Quantas vezes, nós nos deixamos levar pelo mundo paganizado? Nós nos deixamos levar pelo relativismo. Muitas vezes, pensamos: "Será que Deus existe mesmo?" Vamos relativizando tudo e pensando: "As coisas não são bem assim", e essas coisas vão minando a nossa fé, e perdemos o laço que é a nossa fé em Deus.
Nós cremos em Deus, você está vivo porque o Espírito Santo lhe deu a vida, Ele está dentro de você! Nós precisamos do batismo do Espírito todos os dias, assim como precisamos tomar banho diariamente.
Muitas vezes, nos colocamos diante de Deus de uma maneira hipócrita e não Lhe dizemos o que realmente estamos vivendo. Mesmo que tenhamos muitas coisas para fazer devemos dizer a Deus que estamos com Ele. Apesar de nossa cabeça estar em outras coisas, devemos trazer Deus para dentro de nossa vida. Isso é santificação.
Nós precisamos trilhar o caminho da santificação, mas quem nos santifica é Deus, que nos dá o Espírito Santo logo que somos concebidos.
O mundo tem sede das coisas santas, e nós somos responsáveis por isso, nós que recebemos o Espírito Santo. Nós vamos contagiar as pessoas no nosso trabalho. Mas é necessária uma decisão de não se calar, de revelar essa verdade que está dentro de nós, com caridade.Fala-se muito do pecado original neste mundo paganizado, cheio de malícia, pornografia, desconstrução da sociedade, mas não temos coragem de dar um basta nisso. É preciso uma decisão.
"O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente. Ora, o Senhor Deus tinha plantado um jardim no Éden, do lado do oriente, e colocou nele o homem que havia criado" (Gn2,7-8).
Deus é o Criador de todas as coisas e não podemos achar que Adão e Eva são uma realidade figurativa, distante de nós. Deus soprou e aquilo que saiu d'Ele nos deu a vida, sem Ele não existe vida. O Senhor formou o homem do pó para dizer que Ele pode tudo. O Senhor plantou um jardim para colocar o homem que Ele mesmo criou, Ele preparou um lugar para você e para mim. Veja que amor, que carinho! Ele pensou nesse momento, o Senhor ali já tinha planos para o homem.
Você foi criado, porque Deus o amou antes. Se você acha que não foi amado, coloque uma pedra nisso, pois o Senhor o amou antes de você ter sido criado!
"O Senhor Deus disse: 'Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada'" (Gn 2, 18). Você que tem uma experiência negativa com seus pais e se fecha à vontade de Deus para o matrimônio e se entrega a relacionamentos errados, saiba que o Senhor tem o poder de fazer tudo novo.
Nós homens fomos criados num estado de santidade original, a vontade de Deus é a nossa santificação para que possamos viver em santidade e honestidade e para que possamos resgatar essa santidade original. Quando recebemos o batismo, somos admitidos como filhos de Deus e nesse momento recebemos os sete dons do Espírito Santo. Ali está plantada na nossa vida, nossa alma, a nossa fé, uma marca que não se apaga. Nada pode apagar essa marca do batismo na nossa alma, o pecado que vem de Adão e Eva são apagados e são abertas as portas da santidade, do jardim que o Senhor preparou para nós.
Em Jesus Cristo temos acesso a Deus, pois por Ele fomos resgatados de uma vez por todas. O Altíssimo mandou Seu Filho único para salvar a todos. A nossa santificação é voltarmos para o lugar que Ele preparou, fazer o caminho de volta. Volte para Deus! Isso é santidade! Ela não está essencialmente naquilo que fazemos, mas está na certeza de que queremos e precisamos participar da vida com Deus, queremos que Ele esteja dentro de tudo que vivemos.
Santidade é saber que precisamos voltar para aquele jardim, no qual Deus nos espera.

PORTAS ABERTAS

O céu não é como um eleva
Os profetas do Antigo Testamento foram capazes de contagiar gerações com o sonho de Deus! Sim, sonho de Deus, porque Ele tem um plano de amor, mas destinado a ser compartilhado com os seres humanos, passando pela misteriosa mediação da liberdade com que nos criou. Isaías (cf. capítulo 66, versículos de 18 a 21) via povos e nações acorrendo ao Senhor, conduzidos ao monte santo em Jerusalém. É a convocação universal, que o apóstolo São Paulo bem descreveu, dizendo: “Deus quer que todos os homens se salvem” (1 Tm 2,4).
No entanto, é recorrente em todas as gerações a pergunta sobre os lugares reservados no Paraíso, não percebendo, por exemplo, que o número de cento e quarenta e quatro mil assinalados (cf. Ap 7, 1-12) tem um valor simbólico – doze ao quadrado, o número das tribos de Israel, multiplicado por mil – explicado imediatamente pela expressão que se segue: “Uma multidão imensa, que ninguém podia contar, gente de todas as nações, tribos, povos e línguas”.
Perguntado sobre o número dos que haveriam de se salvar (cf. Lc 13, 22-30), Jesus muda o rumo da conversa, passando do “quantos” para o “como”! Provocado a falar do fim do mundo (cf. Mt 24, 34) aos que desejam saber “quando” ocorrerá a volta do Filho do Homem, indica como se preparar para essa vinda. Seus discípulos de todos os tempos hão de passar da curiosidade à sabedoria, de questões ociosas aos verdadeiros conteúdos, que colocam em jogo a vida nesta terra e na eternidade.
O Céu não é como um elevador ou um meio coletivo de transportes com uma placa indicando que está lotado. Se fosse uma questão de números, há muito tempo haveria um “não há vagas”. A Jesus não interessa o número, mas o modo com que caminhamos para o paraíso, pois para isso fomos criados, com um destino de felicidade eterna, que é oferecido a todos os seres humanos de todas as gerações.
Não basta pertencer a um povo determinado, ou mesmo ter conhecido Jesus ou a Igreja. Faz-se necessário tomar uma decisão pessoal, seguida de uma conduta coerente (cf. Mt 7, 13-14).
Num escrito considerado o primeiro Catecismo da Igreja, se lê: “Existem dois caminhos: o caminho da vida e o caminho da morte. Há uma grande diferença entre os dois. Este é o caminho da vida: primeiro, ame a Deus que o criou; segundo, ame a seu próximo como a si mesmo. Não faça ao outro aquilo que você não quer que façam a você. Este é o caminho da morte: primeiro, é mau e cheio de maldições - homicídios, adultérios, paixões, fornicações, roubos, idolatria, magias, feitiçarias, rapinas, falsos testemunhos, hipocrisias, coração com duplo sentido, fraudes, orgulho, maldades, arrogância, avareza, palavras obscenas, ciúmes, insolência, altivez, ostentação e falta de temor de Deus. Nesse caminho trilham os perseguidores dos justos, os inimigos da verdade, os amantes da mentira, os ignorantes da justiça, os que não desejam o bem nem o justo julgamento, os que não praticam o bem, mas o mal" (Cf. Didaqué, capítulos 1 a 5).
O caminho que vem depois de passar pela porta estreita do Evangelho desemboca na plena realização de todas as potencialidades humanas. O caminho da maldade é largo, mas só no início. A estrada dos vícios, e a avalanche de uso de drogas em nossos dias  prova isso, pede cada vez mais uma dose maior, levando à náusea e à tristeza, para depois chegar a um ponto em que o organismo não reage mais, conduzindo a um prejuízo, tantas vezes, irreparável.
O cristão é chamado a fazer escolhas claras e coerentes com os valores do Evangelho. Por outro lado, olhando ao seu redor, considerará todas as pessoas, por machucadas que pareçam, candidatas ao Reino de Deus. Por vocação, realizará o sonho de Deus que tem o nome de unidade! Buscará a plena unidade na Igreja, a comunhão de todos os cristãos, a fraternidade entre as pessoas das várias religiões e a união de todas as pessoas de boa vontade, para a transformação de todas as realidades humanas, segundo os desígnios de Deus. Será a pessoa que convoca e não dispersa, enxerga a semente do Verbo de Deus plantada no coração de todos, fazendo com que seus braços e seu coração, escancarados pela caridade, sejam, em nome de Deus, portas abertas!

Dom Alberto Taveira Corrêa

POR AMOR, REZE ROSÁRIO

É preciso que todos nós sejamos atletas de Cristo. O atleta de Cristo é treinado pela oração. É rezando, rezando e rezando, que criamos fôlego e nos tornamos os atletas do Senhor. A vitória é para os atletas. Os moles não vão conseguir nada.

Você que é “recata” e que precisa da presença de Nossa Senhora para “recatar” os seus, garanta-a [recata] por meio da oração. Para você ter fôlego na oração reze o rosário todos os dias. Essa é a segunda pedrinha: o rosário todos os dias! Se você não conseguir logo de início, não se preocupe! Comece com o terço. Reze o terço! Em pouco tempo estará rezando dois terços... E depois o rosário. Será bonito você andar com passos decididos e é isso o que Deus quer. Por amor de Deus, por amor de você e por amor dos seus, reze o rosário todos os

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

(Trecho extraído do livro “Maria, a mulher de Gênesis ao Apocalipse” de monsenhor Jonas Abib).