quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O MILAGRE ESTÁ Á NOSSA DISPOSIÇÃO

 

Veja a história de Ana, mãe de Samuel:

“Cheia de amargura, Ana dirigiu ao Senhor a sua oração, chorando, entre abundantes lágrimas. Enquanto ela orava assim prolongadamente diante do Senhor, Eli observava sua boca. Ana flava baixinho, consigo mesma. Somente seus lábios se moviam. Não se podia ouvir a sua voz. Eli a tomou por bêbada. Eli lhe disse: ‘Até quando estarás bêbada? Vai curar essa bebedeira’. Ana lhe respondeu: ‘Não bebi vinho, nem outra bebida inebriante. Estava apenas abrindo meu coração diante do Senhor. Não trates tua serva como se fosse uma vagabunda, porque foi excesso de dor e de amargura que me fez falar até agora’. Eli lhe respondeu: ‘Vai em paz, e que o Deus de Israel te conceda o que lhe pediste’” (1Sm 1,10.12-17).
Muito pior do que a esterilidade física é a esterilidade espiritual: de nossa fé. O pecado, o mundo, o demônio conseguiram fazer de nós, homens e mulheres, estéreis na fé e na confiança em Deus.
É preciso, como Ana, derramar nosso coração diante do Senhor.
Infelizmente somos homens e mulheres de pouca fé; gastamos um pouquinho de energia para pedir e já desanimamos. Dizemos que é impossível e “entregamos os pontos”. O Senhor quer nos devolver a fecundidade da fé que o sistema desse mundo e a tentação esterilizaram.
Rezamos um “pouquinho” e com isso achamos que rezamos muito. É como numa corrida: o corredor precisa ter força nas pernas não somente na descida; ele precisa continuar com firmeza e agilidade, no mesmo ritmo, também na subida. Vence aquele que não arrefece e conserva o ritmo até a chegada.
Todo cristão precisa dessa firmeza. O mundo tornou-se um deserto de fé e de amor.
Depois de Pentecostes, os apóstolos pregavam e as pessoas se convertiam e recebiam o derramamento do Espírito Santo. O número de cristãos cresceu de tal forma que somente os apóstolos não eram suficientes para atendê-los. Surgiram os diáconos, entre os quais Estevão.
O ardor e a força da convicção de Estevão eram tamanhos que abalaram as estruturas do sinédrio. Por causa disso, tinham muita raiva dele. Condenaram e martirizaram Estevão a pedradas, para que não pudesse mais falar. Saulo foi quem carregou o manto daqueles que o apedrejaram. A revanche de Deus foi muito maior: o que Estevão não falou Paulo falou e fez.
Ninguém pode calar nossa boca, nossa fé nem nossa eloquência em proclamar que Jesus Cristo é o Senhor. Nós, cristãos, precisamos reagir.
Depois de terem sido presos, Pedro, João e os demais apóstolos foram proibidos de pregar em nome de Jesus e realizar milagres. Ao voltarem para a comunidade, todos estavam orando. Em vez de aqueles homens ficarem temerosos diante da proibição, eles fizeram uma oração:
“E agora, Senhor, sê atento às suas ameaças, e concede aos teus servos que anunciem a tua Palavra com inteira segurança. Estende, pois, a mão para que se produzam curas, sinais e prodígios pelo nome de Jesus, teu santo servo” (At 4,29-30).
É assim que o Senhor prepara seus valentes guerreiros, os apóstolos de ontem e de hoje. Ontem eram Pedro, João, Estevão e Paulo. Hoje somos Reginaldo, Nilva, eu e você. O método é o mesmo: o Senhor põe diante de nós situações concretas diante das quais precisamos pôr nossa fé em ação.
Não estranhe: se as situações são difíceis, é porque você precisa de um treinamento mais firme de fé.

(Trecho do livro "Combatentes na Fé" de monsenhor Jonas Abib)

É O AMOR QUE HUMANIZA A SEXUALIDADE

O amor torna humana a sexualidade e gera o comprometimentoAmor: somente ele pode, de fato, humanizar a sexualidade. No entanto, em nossos dias esse termo se encontra envolto em uma complexa confusão em seu sentido e compreensão. Muitos o têm reduzido apenas à dimensão do prazer, em sua especificidade erótica. É certo que essa palavra engloba também essa dimensão, contudo, ele não se encerra apenas em tal expressão.O amor – em seu sentido agápico (grego: Agápe) – significa capacidade concreta de doação em favor de um outro, buscando a devida interação com a sua verdade. E isso também deve ser aplicado à concepção humano/erótica do amor, pois, este para ser autêntico não poderá ter o egoísmo como única força motriz.O amor não se resume à utilização do outro como objeto de prazer sexual. Ele não poderá permitir autilização momentânea e descartável de um “alguém humano” por meio de aventura descompromissada e irresponsável. O autêntico amor comporta o compromisso.Estamos acostumados a ouvir os gritos de uma sociedade que elevou à máxima potência a necessidade de satisfazer os próprios desejos e instintos a qualquer custo, transmutando, assim, o valor da pessoa e o colocando em segundo plano. Dentro desse universo de compreensão, o que importa é satisfazer o desejo, não se importando se o outro é utilizado como um mero “brinquedo” por alguns instantes, sendo depois jogado nas mãos do destino.É o amor/compromisso quem humaniza a sexualidade, do contrário ela se torna apenas egoísmo animalesco. A vivência sexual sem o amor deixa de ser humana e torna-se escravidão instintiva. Quem verdadeiramente ama é capaz de assumir o outro integralmente, com todas as suas consequências, sem querer usá-lo apenas para uma satisfação superficial.O amor torna humana a sexualidade e gera o comprometimento – que tem sua máxima expressão no matrimônio sacramental – e o bem necessário para que a devida interação aconteça, sinalizando o outro como fim e não como meio. O ser humano possui uma dignidade inviolável, ele é pessoa e nunca deverá ser diminuído à categoria de objeto. O amor traz cor e sabor à vida, ele inaugura uma primavera de sentido para toda e qualquer relação.A virtude a que somos chamados consiste em contemplar pessoas e relacionamentos sob a ótica do autêntico amor. Assim a doação sincera em vista do bem inspirará nossas atitudes e nos permitirá elevar o ser à sua altíssima e verdadeira condição: a de filho amado, querido e respeitado por Deus.
Adriano Zandoná

A QUEM VOCE QUER SERVIR ?

Estamos em tempo de guerra! Há muita confusão no mundo; controvérsias na própria Igreja de Deus. A razão disso tudo é que o inimigo de Deus sabe que seu tempo está acabando e que Jesus se aproxima a passos largos. Eis a razão de toda sua artimanha para estragar a obra de Deus, a começar por nós. Tudo o que ele tem feito no mundo é devido a seu desespero; ele sabe que pouco tempo lhe resta.
E qual deve ser nossa atitude? Se nos entregamos a Cristo, servindo-Lhe e lutando com Ele, temos n'Ele a vitória. Por outro lado, se andamos pelos caminhos do mundo, seguindo a carne, damos a vitória ao inimigo de Deus. Não pense que precisamos ser maus, desonestos, impuros, adúlteros e beberrões para sermos do maligno e trabalharmos para ele. Basta largar Jesus. Basta isso! E o inimigo vem com tudo para nos abocanhar.
Eis o segredo: nós damos a vitória àquele a quem escolhemos, a quem seguimos e a quem servimos.

(Trecho retirado do livro "Considerai como crescem os lírios dos campos" de monsenhor Jonas Abib)