sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

PIEDADE X IMPIEDADE


A palavra "piedade" vem de pio e significa "aquele que tem amor filial para com seu pai"; já impiedoso, o ímpio, é aquele que não possui esse amor filial.

O que o inimigo de Deus quer atingir é justamente o nosso amor pelo Pai. Ele golpeia, de modo certeiro, o nosso coração para arrancar dele a piedade, esse amor de filhos.

A piedade é um dom do Espírito Santo, o qual nos faz amar a Deus, reconhecendo-O como Pai. É o Espírito Santo que nos dá a certeza de que Deus é nosso Pai. É o próprio Espírito que clama dentro de nós "Abbá, Pai".

A impiedade é como um câncer que vai se ramificando e tomando conta, sem que a pessoa perceba. Mas Nosso Senhor Jesus Cristo vem em nosso auxílio, como veio em auxílio aos discípulos de Emaús. Ele caminha conosco porque vê nossa situação e cuida de nós. Ele mesmo disse: “Eu sou o Bom Pastor. O Bom Pastor dá a vida por suas ovelhas” (Jo 10,11). Jesus, como um Pastor, cuida de cada ovelha pessoalmente, pois Ele é o maior interessado na nossa recuperação.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

SANTA INÊS

Santa Inês Virgem e mártir, Santa Inês se deixou transformar pelo amor de Deus que é santo. Seu nome vem do grego, que significa pura. Ela pertenceu a uma família romana e, segundo os costumes do seu tempo, foi cuidada por uma aia (uma babá) que só a deixaria após o casamento.

Santa Inês tiva cerca de 12 anos quando um pretendente se aproximou dela; segundo a tradição, era filho do prefeito de Roma e estava encantado pela beleza física de Inês. Mas sua beleza principal é aquela que não passa: a comunhão com Deus. De maneira secreta, ela tinha feito uma descoberta vocacional, era chamada a ser uma das virgens consagradas do Senhor; e fez este compromisso. O jovem não sabia e, diante de tantas propostas, ela sempre dizia 'não'. Até que ele denunciou Inês para as autoridades, porque sob o império de Diocleciano, era correr risco de vida. Quem renunciasse Jesus ficava com a própria vida; caso contrário, se tornava um mártir. Foi o que aconteceu com esta jovem de cerca de 12 ou 13 anos.

Tão conhecida e citada pelos santos padres, Santa Inês é modelo de uma pureza à prova de fogo, pois diante das autoridades e do imperador, ela se disse cristã. Eles começaram pelo diálogo, depois as diversas ameaças com fogo e tortura, mas em nada ela renunciava o seu Divino Esposo. Até que pegaram-na e a levaram para um lugar em Roma próprio da prostituição, mas ela deixou claro que Jesus Cristo, seu Divino Esposo, não abandona os seus. De fato, ela não foi manchada pelo pecado.

Auxiliada pelo Espírito Santo, com muita sabedoria, ela permaneceu fiel ao seu voto e ao seu compromisso; até que as autoridades, vendo que não podiam vencê-la pela ignorância, mandaram, então, degolar a jovem cristã. Ela perdeu a cabeça, mas não o coração, que ficou para sempre em Cristo.

Santa Inês tem uma basílica que foi consagrada a ela no lugar onde foi enterrada.

Santa Inês, rogai por nós!

NINGUÉM É ESTRANGEIRO PARA JESUS

Em nossas amizades precisamos avaliar a quem estamos rejeitando
É importante que nós como cristãos procuremos sempre saborear a Palavra de Deus e nela encontrar o alimento que nos dá a vida e nos fortalece. Olhando para a pedagogia de Jesus, vemos que Ele nos mostra que o Senhor está no meio de nós. É um Deus que por amor a nós se tornou pobre, humilde, igual a nós em tudo (menos no pecado). Veja a que ponto chegou o amor d'Ele por nós.
Jesus revela isso em nossa vida, pois Ele está na casa das pessoas, nas estradas; Ele acolhe a todos, questiona as estruturas não somente sociais, mas religiosas que se distanciavam da essência do amor de Deus e do amor ao próximo.
o Evangelho, vemos que os judeus tinham uma reserva quanto ao povo que não era judeu. Mas uma mulher estrangeira tinha ouvido falar de Jesus e se aproximou d'Ele. Não por ela, mas por sua filha que estava possessa. Ela vai a Jesus cheia de esperança; é uma mãe que vê a filha sofrendo. Cristo a acolhe e liberta sua filha. Aqui, podemos observar a questão do preconceito em relação às pessoas, nós as rotulamos, fazemos juízo muito facilmente dos outros.
É preciso que façamos uma avaliação da nossa vida para ver a quem estamos rejeitando, a quem não estamos acolhendo. Outra indicação que essa Palavra nos deixa é que aquela mulher estrangeira havia ouvido falar de Jesus Nazareno. O Senhor atendeu ao pedido dela, porque, ao ouvir falar d'Ele, ela se encheu de esperança e aproximou-se d'Ele com fé. Uma pagã acreditando num judeu, que era também estranho para ela.
Há pessoas estrangeiras entre nós? Podemos dizer que "sim", até mesmo em nossa família, pois não aceitamos o jeito delas de ser, não as acolhemos como elas são.
Os irmãos, a importância dos nossos gestos verdadeiros é o que nos salva e nos liberta. Nós precisamos de ternura, carinho e afeição. Jesus mostra esse carinho com as pessoas. Ninguém é estrangeiro para Ele, todos tinham lugar no Seu coração. Aquela mulher ouviu falar do Senhor pelos missionários daquele tempo.
Vemos, então, que precisamos de missionários que falem de Jesus Cristo. O Documento de Aparecida está aí nos conclamando para que, como Igreja, sejamos discípulos e missionários; para que nós falemos de Jesus aos outros. E falar de Cristo não é só falar com palavras, mas é testemunhá-Lo e mostrar que Ele é o caminho da salvação, da libertação. N'Ele, encontramos a libertação de todos os demônios que infernizam a nossa vida, nossa família. Precisamos falar de Jesus Ressuscitado, principalmente com nosso testemunho de vida pessoal, familiar, comunitário e eclesial.
Quais são os demônios que afetam nossa vida? São muitos: o egoísmo, o individualismo que nos leva ao "cada um por si", as drogas que matam a nossa juventude e destroem as famílias, a injustiça, a corrupção, a perda da moral e da ética na vida pública, comunitária e política; todos esses males que causam tantos estragos. Assim como a raiva e o ódio são causadores de tantos desentendimentos. Precisamos ser curados desses males. Por essa razão, devemos ir a Jesus e pedir-Lhe que nos cure para que vivamos com alegria e satisfação.
Quando rezamos "Venha a nós o vosso Reino", esse é o Reino que o Senhor quer para nós, pois o Reino de Deus é o jeito de viver com amor. Temos de nos cuidar, e isso é feito por meio da oração, da vivência Eucarística, da vida comunitária, partilhada; cada um e todos juntos para que nos sustentemos uns aos outros.
O alerta vale para todos nós para que cultivemos a felicidade.
Com muita fé, vamos a Jesus com muita abertura de coração, porque Ele quer e pode nos libertar de todo mal.