domingo, 9 de janeiro de 2011

O BATISMO DE JESUS

A força do batismo faz maravilhas na pessoa e na sociedade

Com a Festa do Batismo de Jesus concluímos o tempo do Natal. A reflexão sobre o Mistério da Encarnação continua. É uma ótima oportunidade para examinarmos a nossa própria vida batismal hoje e a ação eclesial para o trabalho de iniciação cristã pedida pela Igreja para educar e evangelizar os novos cristãos.

O Batismo de Jesus, por João, no rio Jordão, é um evento que nos mostra com intensidade como o Salvador quis solidarizar-se com o gênero humano, imerso no pecado. João chamava à penitência e administrava um batismo de conversão. No entanto, Jesus, o Cordeiro sem mancha, que veio tirar o pecado do mundo, submete-se ao batismo de João. É um momento de Epifania, quando a Trindade se manifesta e aparece claramente a missão do Filho que deve ser escutado.

Podemos contemplar, pois, no episódio do batismo do Senhor, aquela condescendência divina que faz com que Deus assuma tudo o que é próprio da nossa frágil condição humana. Jesus não teve pecado, mas, num gesto de solidariedade para com toda a humanidade, assumiu o que decorre do nosso pecado, desde o batismo dos pecadores até a morte ignominiosa da cruz.

A condescendência divina, manifestada de forma tão pungente na vida, as atitudes e as palavras de Jesus, nos estimulam a amar com todas as nossas forças a Deus que tanto nos ama e a nos tornar mais compassivos e condescendentes para com todos aqueles que, de uma ou de outra maneira, sofrem e precisam de nossa solidariedade. A contemplação da caridade divina deve encher nosso coração de caridade. São Paulo ensinou-nos, entre outras coisas, que a caridade é prestativa, não é orgulhosa, alegra-se com o bem, tudo crê, tudo espera, tudo desculpa.

Estes dias de tantas catástrofes em nossa região sudeste demonstram como é importante o compartilhar as dores e sofrimentos das pessoas.

O batismo que recebemos foi o batismo instituído por Jesus, o batismo da Nova Aliança. O batismo de João era apenas um sinal de conversão. O Batismo que Jesus confiou à Sua Igreja é um sinal eficaz, pois não só significa, mas realiza a libertação e a renovação de nosso ser, tornando-nos filhos de Deus à semelhança do único Filho. Os Padres da Igreja chegaram a dizer que Jesus desceu às águas justamente para santificá-las e transmitir-lhes aquele poder de purificação e renovação, que é exercido toda vez que a Igreja batiza em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Ao celebrarmos a Festa do Batismo do Senhor Jesus, temos diante de nós uma ocasião propícia para renovar nossas promessas batismais. Viver intensamente os compromissos de nosso batismo é o grande convite que Deus faz a cada um de nós. A graça divina jamais falta àquele que, com sinceridade de coração, procura viver segundo o “homem novo”, nascido da água e do Espírito. Os inúmeros santos e santas canonizados pela Igreja são um eloquente testemunho de que a força do batismo pode fazer maravilhas na pessoa e na sociedade que ajudaram a transformar segundo o desígnio de Deus.

Que a graça do batismo nos torne, na Igreja e através da Igreja, o Corpo místico do Senhor, verdadeiros discípulos-missionários de Jesus! O batismo liga-nos também à Igreja, à qual Cristo uniu-se de maneira irrevogável. Não podemos querer Cristo sem Sua Igreja. O “Cristo total” é a Cabeça e o Corpo. Contemplando, assim, o Mistério de Cristo, que resplandece na face da Igreja e vivendo a graça do nosso batismo, anunciemos com humildade e caridade a fé que nos salva e enche de alegria a nossa vida!

E isso nós poderemos fazer e viver intensamente, começando a celebrar agora, logo após o tempo natalino, as festividades de São Sebastião, que com a réplica da imagem histórica trazida por Estácio de Sá percorrerá a nossa Arquidiocese, preparando-nos para viver com fidelidade a nossa missão, à semelhança de nosso padroeiro, que nos ensina a fortaleza na fé mesmo em meio a ambientes contrários e vicissitudes da vida, perseguições e torturas. Para o aprofundamento do tema “Fé e desafios do nosso tempo” e do lema “São Sebastião, invencível atleta da fé” teremos um tríduo em todas as Paróquias como sinal de nossa comunhão e unidade.

Que a vida cristã desse seguidor de Cristo nos inspire a viver com entusiasmo em nossos mudados tempos a alegria do seguimento de Jesus, mesmo com as dificuldades hodiernas.

Dom Orani João Tempesta

COMUNHÃO , NA MÃO OU NA BOCA ?

A duvida que muitos levam com sigo
Nos dias de hoje o mais comum na hora da Comunhão são os fiéis receberem a Hóstia Consagrada na palma de suas mãos para que eles mesmos possam levá-la à boca. Mas, isso se começarmos a reparar bem muitos fiéis não tem o devido respeito com o Corpo e Sangue de Cristo. Pois, segundo o Missal Romano: “Os fiéis comungam ajoelhados ou de pé, conforme for estabelecido pela Conferência dos Bispos. Se, no entanto, comungarem de pé, recomenda-se que, antes de receberem o Sacramento, façam devida reverência, a ser estabelecida pelas mesmas normas”. E ainda no documento da CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL - PASTORAL DA EUCARISTIA - SUBSÍDIOS - (PARTE I), Documento Aprovado pela Comissão Episcopal de Pastoral - 3 de setembro de 1974 esta escrito :” É também inconveniente que os fiéis tomem a hóstia com os dedos em pinça e, andando, a coloquem na boca”. É isso o que mais se vêem nas missas na hora da comunhão, pessoas recebendo de qualquer maneira o próprio Cristo em suas mãos como se fosse qualquer um e ainda mais quando vêem uma pessoa comungando na boca ficam escandalizadas.
A comunhão na mão é OPCIONAL, como esclarece os documentos:
Missal Romano: “161. Se a Comunhão é dada sob a espécie do pão somente, o sacerdote mostra a cada um a hóstia um pouco elevada, dizendo: O Corpo de Cristo. Quem vai comungar responde: Amém, recebe o Sacramento, na boca ou, onde for concedido, na mão, à sua livre escolha. O comungante, assim que recebe a santa hóstia, consome-a inteiramente.
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL - PASTORAL DA EUCARISTIA - SUBSÍDIOS - (PARTE I): “2. A nova maneira de comungar não deve ser imposta, mas cada fiel conserve o direito de receber a comunhão na boca, sempre que preferir.”

CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E A DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS - REDEMPTIONIS SACRAMENTUM : “[92.] Todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a sagrada Comunhão na boca[178] ou se, o que vai comungar, quer receber na mão o Sacramento. Nos lugares aonde Conferência de Bispos o haja permitido, com a confirmação da Sé apostólica, deve-se lhe administrar a sagrada hóstia. Sem dúvida, ponha-se especial cuidado em que o comungante consuma imediatamente a hóstia, na frente do ministro, e ninguém se desloque (retorne) tendo na mão as espécies eucarísticas. Se existe perigo de profanação, não se distribua aos fiéis a Comunhão na mão.[179]”
Mas muitos Sacerdotes e Ministros Extraordinários que não conhecem as leis e direitos da Mãe Igreja costumam negar a Comunhão aos fieis pelo simples fatos de muitos quererem receber o Sacramento da Comunhão na boca e de joelhos.
CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E A DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS - REDEMPTIONIS SACRAMENTUM : “[91.] Na distribuição da sagrada Comunhão se deve recordar que «os ministros sagrados não podem negar os sacramentos a quem os pedem de modo oportuno, e estejam bem dispostos e que não lhes seja proibido o direito de receber».[177] Por conseguinte, qualquer batizado católico, a quem o direito não o proíba, deve ser admitido à sagrada Comunhão. Assim pois, não é lícito negar a sagrada Comunhão a um fiel, por exemplo, só pelo fato de querer receber a Eucaristia ajoelhado ou de pé.”
Não quero aqui impor que todos nós devemos comungar na boca. Não é isso. O que quero é mostrar que o fiel tem a livre opção de escolher como ele quer comungar, se na boca e de joelhos ou em pé e receber a Hóstia Consagrada nas mãos (vale lembrar e esta opção tem que ser aceita pelo bispo da diocese pois a licença para os bispos do Brasil pusessem distribuir a Hóstia Consagrada nas mãos saiu em 1974 sem de livre escolha para cada Bispo. ). E que ao Comungar, a faça-o com o maior zelo.
E se você ver alguém, sacerdote, ministro extraordinário, fieis discriminando alguém por estar comungando na boca, ou se você mesmo é vitima disto, apresente a eles estes documentos da igreja, pois você também tem o direito e dever de Evangelizar.
Pax et Bonum irmãos
Daniel Roberto TT (San)

ESTAMOS COM A IGREJA QUE TEM A EUCARISTIA

A Igreja é apostólica porque vem dos apóstolos: é a continuação deles. Ela traz a sucessão apostólica. Os nossos bispos não se tornaram bispos porque quiseram, por própria vontade, como acontece em outras igrejas, denominações e seitas. O bispo de sua diocese é um sucessor dos apóstolos. A Igreja Católica conserva a sucessão apostólica. Desculpe a rudeza da expressão: os nossos bispos não são aventureiros que lançaram mão do título de bispo, mas eles foram escolhidos por aquela que Jesus chamou “a minha Igreja” para realizar a sucessão apostólica. É um tesouro que nos pertence: só a Igreja Católica tem a sucessão apostólica. Por isso ela é “apostólica”.
É com essa Igreja una, santa, católica e apostólica que estamos. Com a Igreja que Jesus fundou em Pedro, dizendo: “Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja”.
É importante que você renove a fé nessa Igreja, agora:
É com essa Igreja que quero ficar; essa Igreja que tem a Eucaristia, que tem a sucessão dos apóstolos, e que, portanto, tem a doutrina de Jesus que foi passada por intermédio deles, dos bispos, e por meio daquele que é o continuador de Pedro, o Papa. Creio nessa Igreja una, santa, católica e apostólica. Agradeço, Senhor, porque construíste a Tua Igreja sobre a pedra, que é Pedro e sobre as doze pedras que são os Teus apóstolos. Muito obrigado, Senhor, porque é nessa Igreja que estou e haverei de estar até o fim.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova