quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

DEUS NÃO É RIVAL DO HOMEM MAS VIVE EM PLENITUDE

Segundo o Pontífice, na Epifania, a Igreja continua a contemplar e a celebrar o mistério do nascimento do Salvador. Essa celebração também é popularmente conhecida como festa de Reis, já que o Evangelho da Liturgia (Mt 2, 1-12) aborda o caminho dos Reis Magos no seguimento da Estrela de Belém até Jesus Menino.
Esses Reis representam a humanidade inteira e a destinação universal da salvação. O Papa perguntou: "Que tipo de pessoas eram, e que espécie de estrela era aquela?". Ele indica que eram, provavelmente, sábios que escrutavam o céu, mas não para buscar ler nos astros o futuro, e sim algo mais, a verdadeira luz, capaz de indicar a estrada a percorrer na vida.
"Eram pessoas convictas de que, na criação, existe aquilo que poderíamos definir como 'marca' de Deus, uma marca que o homem pode e deve tentar descobrir e decifrar", ressaltou.
Sinais de Deus
Os acontecimentos e personagens que os Magos encontraram em Jerusalém foram propostos pelo Santo Padre como meio de entender melhor o desejo desses homens de deixar-se guiar pelos sinais de Deus.
Primeiro, encontraram o Rei HerodesBento XVI explicou que também o tirano era interessado no menino que os Magos procuravam, mas não para adorá-Lo, e sim para suprimi-Lo. Nesse sentido, Herodes era um homem de poder, que via no outro um rival a combater para não perder seu trono. Também Deus lhe parecia um rival.
"É um personagem que não nos é simpático e que, instintivamente, julgamos de modo negativo pela sua brutalidade. Mas deveríamos perguntar-nos: talvez haja algo de Herodes também em nós? Talvez também nós, às vezes, vemos Deus como uma espécie de rival? Talvez também nós estejamos cegos diante de seus sinais, surdos às suas palavras, porque pensamos que Ele põe limites na nossa vida e não nos permite dispor da existência a nossa bel-prazer?", questionou.
segundo, encontraram os estudiosos, teólogos, especialistas que sabiam tudo sobre a Escritura e, portanto, um precioso auxílio para quem deseja percorrer o caminho de Deus. No entanto, eram guias para os outros, mas eles próprios não caminham, permanecem imóveis, ressaltou o Bispo de Roma, recordando uma frase de Santo Agostinho.
"Novamente podemos perguntar-nos: não há também em nós a tentação de considerar as Sagradas Escrituras, este tesouro riquíssimo e vital para a fé da Igreja, mais como um objeto para o estudo e discussão dos especialistas que como o Livro que nos indica o caminho para chegar à vida?", apontou.
Por fim, cita a estrela e algumas discussões e explicações dados por astrônomos acerca de sua natureza. No entanto, o essencial para compreender a estrela é o fato de que aqueles Magos buscavam os traços de Deus, certos de que Ele pode ser entrevisto na criação.
"É com os olhos profundos da razão em busca do sentido último da realidade e com o desejo motivado pela fé que é possível encontrá-Lo, que se torna possível que Deus se aproxime de nós", ensinou.
Bento XVI salientou que não se pode deixar limitar a mente por teorias que sempre chegam somente até certo ponto e que, embora não estejam em concorrência com a fé, não chegam a explicar o sentido último da realidade.
Poder de Deus
O Pontífice lembrou que, chegando a Jerusalém, a estrela desaparece. Embora, para os Magos, fosse lógico buscar o rei no palácio real, a estrela guia-os à pequena cidade de Belém, entre os pobres, humildes, para encontrar o Rei do mundo.
"Os critérios de Deus são diferentes daqueles dos homens; Deus não se manifesta no poder deste mundo, mas na humildade do seu amor, aquele amor que requer a nossa liberdade de ser acolhido para transformar-nos e tornar-nos capazes de chegar Àquele que é o Amor", disse.

Ele também salientou que a linguagem da criação permite percorrer um bom trecho da estrada rumo a Deus, mas não nos dá a luz definitiva. "É a Palavra de Deus a verdadeira estrela que, na incerteza dos discursos humanos, oferece-nos o imenso esplendor da verdade divina", afirmou, explicando que é na Igreja que a Palavra montou sua tenda.
"A nossa estrada será sempre iluminada por uma luz que nenhum outro sinal pode nos dar. E poderemos, também nós, tornar-nos estrelas para os outros, reflexo daquela luz que Cristo fez resplandecer sobre nós",
Papa Bento XVI

QUEM AMA CONHECE A DEUS

quem 040111Quanto mais nos exercitamos no amor, tanto mais humanos nos tornamos e mais parecidos com Deus, porque “o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus” (I Jo 4,7). O sinal de que conhecemos a Deus é quando amamos; de modo que, quando não amamos, é indício de que não O conhecemos verdadeiramente, como nos ensina a Palavra: “Quem não ama, não chegou a conhecer a Deus porque Deus é amor” (I Jo 4,8).
Não entendamos o amor como sentimento ou emoção, mas sim, como uma decisão de, em todos os momentos, fazer o bem sem olhar a quem, ainda que seja ao nosso inimigo, a exemplo de Jesus, que passou por esta vida fazendo o bem a todos.
Senhor, derrama o Teu amor no nosso coração, para que amemos e nos compadeçamos de todas as pessoas que vierem ao nosso encontro ou de alguma forma passarão pela nossa vida, e sejamos sempre um sinal de esperança para elas.
Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso, fazei-nos viver o amor e a reconciliação.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

A RIQUEZA DA IGREJA

Nenhuma instituição fez e faz tanta caridade como a Igreja

Muito se fala sobre a riqueza da Igreja, o ouro do Vaticano, entre outros. A Igreja, incumbid por Jesus de levar a salvação a todos os homens, precisa de um "corpo material", sem o qual não pode cumprir sua missão. O Vaticano possui cerca de 180 núncios apostólicos espalhados pelo mundo. No último Concílio, o do Vaticano II, Papa João XXIII reuniu cerca de 2.600 bispos de todas as nações, no Vaticano, durante 3 anos... Que chefe de Estado faz isso?


Em 1870, na guerra de unificação da Itália, a Igreja perdeu seu território pontifício de 40 mil quilômetros quadrados; ficando apenas com o pequeno espaço de hoje: 0,44 km², em 1929, pelo Tratado do Latrão. Os objetos contidos no Museu do Vaticano foram doados aos Santos Padres por cristãos e pertencem ao patrimônio da humanidade. De acordo com esse tratado [de Latrão], a Igreja não pode vender ou doar qualquer bem que esteja no Museu Vaticano. Não há motivo, portanto, para se falar, maldosamente, da "riqueza do Vaticano".


Qualquer chefe de Estado, de qualquer pequeno país, tem à sua disposição, no mínimo, um avião. Nem isso, o Papa tem. Além disso, o Vaticano tem um órgão encarregado da caridade do Sumo Pontífice, o Cor Unum. No final de cada ano, é publicada no jornal do Vaticano, o L'Osservatore Romano, a longa lista de doações que o Papa faz a todas as nações do mundo, inclusive o Brasil, especialmente para vencer as flagelações da seca, fome, terremotos, entre outros. São doações que o Santo Padre faz com o chamado "óbulo de São Pedro", arrecadado dos fiéis católicos do mundo todo. A Igreja Católica, nestes dois mil anos, sempre fez e fomentou a caridade. Muitos hospitais, sanatórios, leprosários, asilos, albergues, etc., são e foram mantidos pela Igreja em todo o mundo. Quantos santos e santas, freiras e sacerdotes, leigos e leigas, passaram sua vida fazendo caridade... Basta lembrar aqui alguns nomes: São Vicente de Paulo, Dom Bosco, São Camilo de Lellis, Madre Teresa de Calcutá... a lista é enorme!


Hoje, 25% de todas as entidades que assistem os aidéticos são da Igreja. Nenhuma instituição fez e faz tanta caridade como a Igreja. Ela é muito rica, sim, espiritualmente. Na verdade, ela é rica desde sua origem, porque seu Criador é o próprio Deus; é d'Ele que vem toda a riqueza dela. Ela é o próprio Corpo de Cristo (cf. I Cor 12,27). Ela é rica também porque é a Igreja dos santos, dos mártires, dos profetas, dos apóstolos, das virgens e viúvas santas, dos padres, dos pontífices, dos confessores, e de uma multidão de fiéis que, no silêncio da fé, oferecem suas vidas a Deus. Essa é a verdadeira riqueza da Igreja.
Felipe Aquino