sábado, 30 de abril de 2011

UM SANTO VIVO

O Papa dos jovens

Eu era bem pequena quando ouvi falar que ele viria ao Brasil pela primeira vez. Nunca imaginei que fosse um homem tão importante, mas logo percebi que sua visita era algo extraordinário. Como não tínhamos televisão em casa e morávamos na roça, minha mãe levou a mim e a meus irmãos, também crianças, para assistirmos, na casa da vizinha (que aliás já estava empilhada de gente), sua chegada à capital brasileira. Lembro-me ainda de que, enquanto esperava impaciente para vê-lo descer logo do avião, ouvia vários comentários a seu respeito, entre eles, ouvi uma senhora já idosa dizer com seu ar de sabedoria apurada: "João Paulo II é um santo vivo!" Virei-me rapidamente para ela na espera de que continuasse a falar, pois logo associei a imagem do Papa à dos “santinhos” que minha mãe tinha em casa. Mas entre tantas conversas paralelas e a ansiedade para ver a chegada do Papa à Terra de Santa Cruz, só consegui guardar isto: "João Paulo II é um santo".

Fui crescendo e acompanhando passo a passo sua trajetória, seu amor pela humanidade, sua voz forte, que depois se tornou trêmula e embargada, mas nunca se calou diante das multidões, encontrava sempre espaço em meu coração e no coração de tantos jovens, idosos e crianças por este mundo afora. Com o passar do tempo e o agravamento da doença (Mal de Parkinson), sua santidade foi se evidenciando ainda mais, assim como seu esforço para continuar a missão que lhe fora confiada, suas limitações expostas e seu sorriso em meio às dores eram prova disso. Quem não chorou ao vê-lo pela última vez em público, era quarta-feira, dia 30 de março, a Praça São Pedro estava repleta de fiéis à espera de ouvir sua voz, ele, com muito esforço, tentou falar, mas sem sucesso, acabou acenando e abençoando, com as mãos trêmulas, a multidão que o observava comovida. Era seu amor à humanidade, expresso na cruz de suas limitaçãos humanas. Depois de percorrer o mundo como “Messageiro da paz”, “João de Deus” e o “Papa dos jovens”, era hora de parar, de voltar ao Pai. Sua imagem, no entanto, jamais se apagou da lembrança de quem o viu de perto ou de longe.

Dizem que é na provação que se reconhece um santo. Ele foi provado e quem o acompanhou, atesta sua santidade. "Jamais perdeu a intimidade com o Céu". "Teve uma morte cheia de vida" são alguns dos comentários que ouvimos.

Hoje, a poucos dias de sua beatificação, e tendo em mãos as credenciais para trabalhar na cobertura deste evento mundial, penso contantemente em tudo que, na minha vida, traz por uma razão ou outra as marcas da sua fé, do seu ministério, do seu testemunho. E lembro-me também daquela senhora que, para mim, foi profeta; suas palavras acompanharam minha infância e tiveram grande influência na minha fé. Era o início do pontificado do Papa Wojtyla, suas obras ainda não eram tão conhecidas, e ela viu mais longe, declarando em primeira mão sua santidade.

Hoje já não está entre nós, mas se estivesse eu faria questão de recordar-lhe o fato e dizer que ela tinha razão, o mundo todo já sabe, ele era mesmo “um santo vivo”! Era “um homem de Deus” como também ouvimos tantos dizerem. E o mais bonito é que ele sabia transmitir esse Deus a quem amava, servia e queria testemunhar sem cessar; esse Deus a quem comunicava, com seu amor, em suas palavras, seu sorriso, seu testemunho, suas orações e sua caridade ordenada e multiplicada em inúmeros gestos e atitudes. Quem não se lembra, ao menos de ouvir falar, de seu gesto, por exemplo, quando doou o anel pontifício em prol da Favela do Vidigal durante a primeira viagem ao Brasil em 1980? Ou ainda do perdão concedido a Ali Ağca, homem que disparou um tiro contra ele na Praça São Pedro em 13 de maio de 1981?
E uma nuvem de testemunhos vêm à nossa lembrança, quando pessamos em Karol Wojtyla. Um homem que passou da formação clandestina à Catedra de São Pedro. De ator à personalisação da verdade. De leigo orfão a Pastor universal da Igreja.

Quanta superação, quanto entusiamo e quanta doação marcaram sua trajetória neste mundo!

Um pontificado de quase três décadas, o terceiro mais longo da história da Igreja, e uma vida de quase 85 anos, assinalada por perdas e dificuldades várias, mas também por inúmeras conquistas e lições de amor.

Entre suas marcantes características, recordo-me de João Paulo II como um homem orante. Rezava noites inteiras ou pelo menos muitas horas seguidas, como que atraído pelo divino desejo de comunhão com a Santíssima Trindade e com a Virgem Maria, a quem dizia pertencer: “Totus Tuus”. E depois falava e agia a partir daquilo que contemplava, rezava e meditava nas suas horas de intimidade com Deus. Acredito que está aí revelado seu segredo. Só uma profunda vida de oração gera santidade! E foi assim o Papa João Paulo II, a quem a Igreja, pela decisão de seu sucessor, irá declarar beato em poucos dias.

Que seu testemunho nos contagie e nos arraste para a meta da santidade em nossos dias, fazendo com que sejamos também nós “Santos vivos”. Esta é a mais nobre vocação humana.



Dijanira Silva

IMAGEM DA DIVINA MISERICÓRDIA ESTARÁ NA BEATIFICAÇÃO DE JP II

A imagem da Divina Misericórdia, tão apreciada por João Paulo II, estará presente na celebração de beatificação

 Procissão de entrada começará no Portão de Bronze, entrada principal da Residência Apostólica, e percorrerá o corredor central da  Praça São Pedro.
Uma hora antes do início da celebração, a novena da Divina Misericórdia, tão apreciada pelo beato, será recitada junto à imagem da Divina Misericórdia trazida da Igreja Espírito Santo, em Sássia, Roma. O coral da Diocese de Roma, com a regência do monsenhor Mons. Marco Frisina, animará a celebração acompanhado pela Orquestra de Santa Cecília. Os textos nas diversas línguas serão lidos por alguns membros da postulação que nestes anos trabalharam no processo de beatificação de João Paulo II.
“A celebração tem as características típicas das celebrações de beatificação, neste sentido, o rito está inserido dentro da Santa Missa e acontece logo depois dos ritos de introdução e o ato penitencial”, explica o mestre de Celebrações Litúrgicas Pontifícios, monsenhor Guido Marini.
 cálice, que será usado na celebração presidida pelo Papa Bento XVI, é aquele habitualmente usado por João Paulo II nos últimos anos de seu pontificado. A casula e a mitra que serão usadas por Bento XVI foram usadas também por João Paulo II durante seu pontificado.
O vigário geral do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, recordará alguns momentos da biografia de João Paulo II antes do pronunciamento oficial de beatificação que será feito pelo Papa Bento XVI.
oncelebrará junto ao Papa e aos outros cardeais, o segundo secretário de João Paulo II de 1995 a 2005, monsenhor Mieczyslaw Mokrzycki.
Exposição da relíquia
A fotografia de João Paulo II, feita em 1995, e a relíquia permanecerão na parte central da Basílica Vaticana e, no final da celebração, o Santo Padre e os cardeais concelebrantes farão reverência diante do corpo do novo beato, em seguida, as autoridades presentes e bispos, e, por fins, os outros fiéis poderão prestar reverência.
A relíquia que será exposta é uma pequena ampola de sangue colocada num reliquiário feito para a ocasião pelo Escritório de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice.
Segundo monsenhor Guido Marini, esta relíquia será levada ao Altar por alguns jovens da Diocese de Roma e da diocese da irmã curada por intercessão de João Paulo II, Marie Simon Pierre, que também estará presente neste momento, e ainda por irmã Tobiana, que serviu o apartamento do Papa.

VIDA DE ORAÇÃO DE JOÃO PAULO II

Dom Maurizio explica que a mostra pretende destacar o homem de oração que era João Paulo II
João Paulo II reza, absorto na capela, na procissão de Corpus Christi, as luzes, a multidão, o papa-móvel branco que se destaca na imagem. Depois, meditando em Lourdes, na França, diante da gruta, em uma de suas últimas peregrinações, doente entre os doentes. E volta ao tempo até 1982, quando é atingido pelos tiros e, depois, com os jovens em Roma enquanto distribui a comunhão.
Essas são algumas das 36 fotos da mostra dedicada ao futuro beato, inaugurada esta semana em Roma, no Pub GPII dedicado ao Papa Wojtyla. A exposição é organizada pela Pastoral Jovem do Vicariato de Roma.
.: Editoria especial sobre beatificação de João Paulo II
O diretor da Pastoral, Dom Maurizio Mirilli, explica que o tema do evento é João Paulo II e a Eucaristia, pois a ideia é mostrar o homem de oração que ele era. "Nos últimos dias temos visto com freqüência imagens do Papa Wojtyla em momentos informais ou durante a jornada mundial da juventude, mas nós quisemos oferecer a imagem de um Papa que reza, porque para João Paulo II a oração era o centro, o eixo de sua vida", elucida.
Dom Maurizio conta ainda que quem o conheceu de perto, relata que João Paulo II passava horas e horas de joelhos ou prostrado diante a Eucaristia, em momentos de intimidade e silêncio com o Senhor.
Cada foto é ilustrada com uma reflexão do Papa e uma dela destaca o valor dado à Eucaristia:
"Para viver na Eucaristia, deve se deter em adoração. Experiência que eu mesmo faço todos os dias, trazendo força, consolação e sustento".
Uma das imagens é a de sua última Sexta-feira Santa, enquanto acompanhava, já bem debilitado, a tradicional Via Sacra por meio de um monitor na sua capela e, nas mãos, segurava um crucifixo.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

AGUENTE FIRME !

Os eleitos de Deus estão espalhados. Não temos visto o trigo porque joio cresceu mais rápido, mostrando-se potente e grande. Mas há muito trigo abafado, e, quando o Senhor vier em glória, todos os eleitos irão com Ele. Serão arrebatados ao Seu encontro. Essa é a aventura para qual somos destinados.

O maior espetáculo da história vai acontecer com aqueles que aguentarem firmes até o fim. Aguente! Consolide sua conversão, porque não vai demorar muito. O Senhor está perto!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

A FÉ É OBEDIENCIA

A vida tem um nome: Jesus, só Ele é o caminho, a verdade e a vida. Quem de nós nunca teve vontade de ter a vida mudada? Tivesse paz, amor, harmonia? Quem não gostaria de se sentir vivo? Todos nós queremos, pois, apesar de passarmos pela morte, fomos feitos para a vida, a vida eterna em Cristo.
Nós queremos existir para sempre, mas na vida. No inferno a pessoa também vive para sempre, mas nas trevas, no desespero, na angústia... É preciso anunciar para aqueles que não creem em Deus a Boa Nova a fim de que todos acreditem na salvação que vem do Alto. A ordem do anjo aos apóstolos não foi para que eles se escondessem, visto que foram presos, mas irem ao templo falar com outras pessoas e anunciar a verdadeira Vida.
Nós vamos ressuscitar, mas a fé na ressurreição cresce quando escutamos a Palavra de Deus. Ninguém cresce na fé sozinho. Tudo à nossa volta nos remete ao Senhor: as árvores, as plantas, os animais, precisamos aprender a contemplar o Senhor em tudo.
Deus permanece conosco, mas, assim como um lampião precisa ser aceso para cumprir a sua missão, o Senhor precisa que nós O acolhamos para que Ele nos salve. O Pai não nos obriga a nada, somos livres para fazer nossas escolhas.
O Espírito Santo nos leva ao sepulcro de Nosso Senhor para que, convertidos, anunciemos também a Boa Nova. O versículo 32 desta passagem bíblica é um segredo para nós: apenas os humildes, que se submetem ao Pai, recebem essa ressurreição. A fé requer o desejo de obedecer a Deus. Fé é obediência!
Muitas pessoas experimentam o Senhor, mas não permanecem firmes na caminhada porque não conseguem pôr em prática o que Deus manda. Se você diz que crê, mas não obedece, no fundo não crê.
À medida que nós mudamos, a nossa fé aumenta. Essa Palavra nos traz uma força de ressurreição, precisamos acreditar verdadeiramente para que recebamos algo de novo na nossa vida. Peça ao Senhor uma fé com disposição para obedecer a vontade d'Ele. Diga: 'Eu creio, Senhor, mas aumenta a minha fé'. Amém!

Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova

O ESPÍRITO SANTO AGIRÁ

Deus quer tocar o seu coração, reanimá-lo, levantá-lo e levantar seu casamento. Para Ele não existe distância, e o temo é sempre “presente”. Pela oração unimos a terra ao céu. Deus quer escutar a sua oração, Ele quer atender você. Permita que Ele solucione o seu impossível!

O poder libertador de Deus é capaz de acabar com a droga, o alcoolismo, a infidelidade, o adultério e todos os ressentimentos que você tem carregado. Até em seu temperamento Deus Pai quer agir. Basta a sua decisão, e o Espírito Santo agirá.

Ele quer curar os corações magoados, entristecidos e endurecidos por tantas mágoas e sofrimentos. Quer tocar o coração dos filhos que se revoltaram contra seus pais. Deus chama as mulheres desesperançadas, decepcionadas, que deixaram de acreditar na possível mudança do marido, a permitir que Ele realize uma obra nova em sua vida.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 28 de abril de 2011

NOVENA DIVINA MISÉRICORDIA


Jesus diz a Santa Faustina:
"Em cada dia da novena, conduzirás ao Meu coração um grupo diferente de almas, e as mergulharás no oceano da minha Misericórdia. Eu conduzirei todas as almas à casa do meu Pai... Por minha parte, nada negarei a nenhuma daquelas almas que tu conduzirás à fonte da minha Misericórdia. Cada dia pedirás a meu Pai, pela minha amarga Paixão, graças para essas almas."
A Novena é rezada junto com o Terço da Divina Misericórdia

Primeiro dia

Hoje traze-me a humanidade inteira, especialmente todos os pecadores e mergulha-os no oceano da minha Misericórdia. Com isso Me consolarás na amarga tristeza em que Me afunda a perda das almas.
Oração
Misericordiosíssimo Jesus, de quem é próprio ter compaixão de nós e nos perdoar, não olheis os nossos pecados, mas a confiança que depositamos em Vossa infinita bondade. Acolhei-nos na mansão do vosso compassivo Coração e nunca nos deixeis sair dele. Nós vo-lo pedimos pelo amor que Vos une ao Pai e ao Espírito Santo.
Eterno Pai, olhai com misericórdia para toda humanidade, encerrada no Coração compassivo de Jesus, mas especialmente para os pobres pecadores. Pela Sua dolorosa Paixão, mostrai-nos a Vossa Misericórdia, para que glorifiquemos a onipotência da Vossa Misericórdia, por toda a eternidade. Amém.

Segundo dia

Hoje traze-Me as almas dos sacerdotes e religiosos e mergulha-as na minha insondável Misericórdia. Elas Me deram força para suportar a amarga Paixão. Por elas, como por canais, corre para a humanidade a minha Misericórdia.
Oração
Misericordiosíssimo Jesus, de quem provém tudo que é bom, aumentai em nós a graça, para que pratiquemos dignas obras de misericórdia, a fim de que aqueles que olham para nós, glorifiquem o Pai da Misericórdia que está no Céu.
Eterno Pai, dirigi o olhar da vossa Misericórdia para a porção eleita da vossa vinha: para as almas dos sacerdotes e religiosos. Concedei-lhes o poder da vossa bênção e, pelos sentimentos do Coração de vosso Filho, no qual estão encerradas, dai-lhes a força da vossa luz, para que possam guiar os outros nos caminhos da salvação e juntamente com eles cantar a glória da vossa insondável Misericórdia, por toda a eternidade. Amém.
Terceiro dia

Hoje traze-Me todas as almas piedosas e fiéis e mergulha-as no oceano da minha Misericórdia. Estas almas consolaram-Me na Via-sacra; foram aquela gota de consolações em meio ao mar de amarguras.
Oração
Misericordiosíssimo Jesus, que concedeis prodigamente a todas as graças do tesouro da vossa Misericórdia, acolhei-nos na mansão do vosso compassivo Coração e não nos deixeis sair dele pelos séculos; suplicamo-Vos pelo amor inconcebível de que está inflamado o vosso Coração para com o Pai Celestial.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas fiéis, como a herança do vosso Filho. Pela sua dolorosa Paixão concedei-lhes a vossa bênção e cercai-as da vossa incessante proteção, para que não percam o amor e o tesouro da santa fé, mas com toda a multidão dos Anjos e dos Santos glorifiquem a vossa imensa Misericórdia, por toda a eternidade. Amém.
Quarto dia

Hoje traze-Me os pagãos e aqueles que ainda não Me conhecem e nos quais pensei na minha amarga Paixão. O seu futuro zelo consolou o meu Coração. Mergulha-os no mar da minha Misericórdia.
Oração
Misericordiosíssimo Jesus, que sois a luz de todo o mundo, aceitai na mansão do vosso compassivo Coração as almas dos pagãos que ainda não Vos conhecem. Que os raios da vossa graça os iluminem para que também eles, juntamente conosco, glorifiquem as maravilhas da vossa Misericórdia e não os deixeis sair da mansão do vosso compassivo Coração.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas dos pagãos e daqueles que ainda não Vos conhecem e que estão encerrados no Coração compassivo de Jesus. Atraí-as à luz do Evangelho. Essas almas não sabem que grande felicidade é amar-Vos. Fazei com que também elas glorifiquem a riqueza da vossa Misericórdia, por toda a eternidade. Amém.

Quinto dia

Hoje traze-Me as almas dos Cristãos separados da Unidade da Igreja e mergulha-as no mar da minha Misericórdia. Na minha amarga Paixão dilaceravam o meu Corpo e o meu Coração, isto é, a minha Igreja. Quando voltam à unidade da Igreja, cicatrizam-se as minhas Chagas e dessa maneira eles aliviam a minha Paixão.
Oração
Misericordiosíssimo Jesus que sois a própria Bondade, Vós não negais a luz àqueles que Vos pedem, aceitai na mansão do vosso compassivo Coração as almas dos nossos irmãos separados, e atraí-os pela vossa luz à unidade da Igreja e não os deixeis sair da mansão do vosso compassivo Coração, mas fazei com que também eles glorifiquem a riqueza da vossa Misericórdia.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas dos nossos irmãos separados que esbanjaram os vossos bens e abusaram das vossas graças, permanecendo teimosamente nos seus erros. Não olheis para os seus erros, mas para o amor do vosso Filho e para a sua amarga Paixão, que suportou por eles, pois também eles estão encerrados no Coração compassivo de Jesus. Fazei com que também eles glorifiquem a vossa Misericórdia por toda a eternidade. Amém.
Sexto dia

Hoje traze-Me as almas mansas, assim como as almas das criancinhas, e mergulha-as na minha Misericórdia. Estas almas são as mais semelhantes ao meu Coração. Elas reconfortaram-Me na minha amarga Paixão da minha agonia. Eu as vi quais anjos terrestres que futuramente iriam velar junto aos meus altares. Sobre elas derramo torrentes de graças. Só a alma humilde é capaz de aceitar a minha graça; às almas humildes favoreço com a minha confiança.
Oração
Misericordiosíssimo Jesus, que dissestes: "Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração", aceitai na mansão do vosso compassivo Coração as almas mansas e humildes e as almas das criancinhas. Estas almas encantam o Céu todo e são a especial predileção do Pai Celestial, são como um ramalhete diante do trono de Deus, com cujo perfume o próprio Deus se deleita. Estas almas têm a mansão permanente no Coração compassivo de Jesus e cantam sem cessar um hino de amor e misericórdia pelos séculos.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas mansas e humildes e para as almas das criancinhas, que estão encerradas na mansão compassiva do Coração de Jesus. Estas almas são as mais semelhantes a vosso Filho; o perfume destas almas eleva-se da Terra e alcança o vosso trono. Pai de Misericórdia e de toda bondade, suplico-Vos pelo amor e predileção que tendes para com estas almas, abençoai o mundo todo, para que todas as almas cantem juntamente a glória à vossa Misericórdia, por toda a eternidade. Amém.
Sétimo dia

Hoje traze-Me as almas que veneram e glorificam de maneira especial a minha Misericórdia e mergulha-as na minha Misericórdia. Estas almas foram as que mais sofreram por causa da minha Paixão e penetraram mais profundamente no meu espírito. Elas são a imagem viva do meu Coração compassivo. Estas almas brilharão com especial fulgor na vida futura. Nenhuma delas irá ao fogo do Inferno; defenderei cada uma delas de maneira especial na hora da morte.
Oração
Misericordiosíssimo Jesus, cujo Coração é o próprio amor, aceitai na mansão do vosso compassivo Coração as almas que honram a glorificam de maneira especial a grandeza da vossa Misericórdia. Estas almas tornadas poderosas pela força do próprio Deus, avançam entre penas e adversidades, confiando na vossa Misericórdia. Estas almas estão unidas com Jesus e carregam sobre os seus ombros a humanidade toda. Elas não serão julgadas severamente, mas a vossa Misericórdia as envolverá no momento da morte.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas que glorificam e honram o vosso maior atributo, isto é, a vossa inescrutável Misericórdia; elas estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Estas almas são o Evangelho vivo e as suas mãos estão cheias de obras de misericórdia; suas almas repletas de alegria cantam um hino de misericórdia ao Altíssimo. Suplico-Vos, ó Deus, mostrai-lhes a vossa Misericórdia segundo a esperança e confiança que em Vós colocaram. Que se cumpra nelas a promessa de Jesus, que disse: "As almas que veneram a minha insondável Misericórdia, Eu mesmo as defenderei durante a vida, especialmente na hora da morte, como minha glória." Amém.

Oitavo dia

Hoje traze-Me as almas que se encontram na prisão do Purgatório e mergulha-as no abismo da minha Misericórdia; que as torrentes do meu Sangue refresquem o seu ardor. Todas estas almas são muito amadas por Mim, pagam as dívidas à minha Justiça. Está em teu alcance trazer-lhes alívio. Tira do tesouro da minha Igreja todas as indulgências e oferece-as por elas. Oh, se conhecesses o seu tormento, incessantemente oferecerias por elas a esmolas do espírito e pagarias as suas dívidas à minha Justiça.
Oração
Misericordiosíssimo Jesus, que dissestes que quereis misericórdia, eis que estou trazendo à mansão do vosso compassivo Coração as almas do Purgatório, almas que Vos são muito queridas e que no entanto devem dar reparação à vossa Justiça; que as torrentes de Sangue e Água que brotaram do vosso Coração apaguem as chamas do fogo do Purgatório, para que também ali seja glorificado o poder da vossa Misericórdia.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas que sofrem no Purgatório e que estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Suplico-Vos que, pela dolorosa Paixão de Jesus, vosso Filho, e por toda a amargura de que estava inundada a sua Alma santíssima, mostreis vossa Misericórdia às almas que se encontram sob o olhar da vossa Justiça; não olheis para elas de outra forma senão através das Chagas de Jesus, vosso Filho muito amado, porque nós cremos que a vossa bondade e Misericórdia são incomensuráveis. Amém.
Nono dia

Hoje traze-Me as almas tíbias e mergulha-as no abismo da minha Misericórdia. Estas almas ferem mais dolorosamente o meu Coração. Foi da alma tíbia que a minha Alma sentiu repugnância no Horto. Elas levaram-Me a dizer: Pai afasta de Mim este cálice, se assim for a vossa vontade. Para elas, a última tábua de salvação é recorrer a minha Misericórdia.
Oração
Ó compassivo Jesus, que sois a própria Compaixão, trago à mansão do vosso compassivo Coração as almas tíbias; que se aqueçam no fogo do vosso amor puro estas almas geladas, que, semelhantes a cadáveres, Vos enchem de tanta repugnância. Ó Jesus, muito compassivo, usai a onipotência da vossa Misericórdia e atraí-as até ao fogo do vosso amor e concedei-lhes o amor santo, porque Vós tudo podeis.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas tíbias e que estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Pai de Misericórdia, suplico-Vos pela amargura da Paixão do vosso Filho e por sua agonia de três horas na Cruz, permiti que também elas glorifiquem o abismo da vossa Misericórdia. Amém

JESUS ESTÁ VIVO

Jesus Cristo ressuscitou verdadeiramente! Aleluia!
Ressurreição é vida nova, e não faz sentido viver de maneira velha. Deixemo-nos contagiar pela Boa Nova: Jesus está vivo e está no meio de nós; espalhemos esta verdade a todas as pessoas como bons propagandistas da Verdade, que salva e liberta, obedecendo à ordem de Jesus: “Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galiléia. Lá eles me verão” (Mt 28,10).
Façamos hoje o exercício de sermos portadores da Boa Nova em todos os momentos.
Senhor, dá-nos a graça de experimentarmos a cada momento a força da ressurreição.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O PODER DO SANGUE DE CRISTO

Queres compreender mais profundamente o poder deste sangue?

Queres conhecer o poder do sangue de Cristo? Voltemos às figuras que o profetizaram e recordemos a narrativa do Antigo Testamento: Imolai, disse Moisés, um cordeiro de um ano e marcai as portas com o seu sangue (cf. Ex 12,6-7). Que dizes, Moisés? O sangue de um cordeiro tem poder para libertar o homem dotado de razão? É claro que não, responde ele, não porque é sangue, mas por ser figura do sangue do Senhor. Se agora o inimigo, ao invés do sangue simbólico aspergido nas portas, vir brilhar nos lábios dos fiéis, portas do templo dedicado a Cristo, o sangue verdadeiro, fugirá ainda mais para longe.
Queres compreender mais profundamente o poder deste sangue? Repara de onde começou a correr e de que fonte brotou. Começou a brotar da própria cruz, e a sua origem foi o lado do Senhor. Estando Jesus já morto e ainda pregado na cruz, diz o evangelista, um soldado aproximou-se, feriu-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu água e sangue: a água, como símbolo do batismo; o sangue, como símbolo da eucaristia. O soldado, traspassando-lhe o lado, abriu uma brecha na parede do templo santo, e eu, encontrando um enorme tesouro, alegro-me por ter achado riquezas extraordinárias. Assim aconteceu com este cordeiro. Os judeus mataram um cordeiro e eu recebi o fruto do sacrifício.
De seu lado saiu sangue e água (Jo 19,34). Não quero, querido ouvinte, que trates com superficialidade o segredo de tão grande mistério. Falta-me ainda explicar-te outro significado místico e profundo. Disse que esta água e este sangue são símbolos do batismo e da eucaristia. Foi destes sacramentos que nasceu a santa Igreja, pelo banho da regeneração e pela renovação no Espírito Santo, isto é, pelo batismo e pela eucaristia que brotaram do lado de Cristo. Pois Cristo formou a Igreja de seu lado traspassado, assim como do lado de Adão foi formada Eva, sua esposa.
Por esta razão, a Sagrada Escritura, falando do primeiro homem, usa a expressão osso dos meus ossos e carne da minha carne (Gn 2,23), que São Paulo refere, aludindo ao lado de Cristo. Pois assim como Deus formou a mulher do lado do homem, também Cristo, de seu lado, nos deu a água e o sangue para que surgisse a Igreja. E assim como Deus abriu o lado de Adão enquanto ele dormia, também Cristo nos deu a água e o sangue durante o sono de sua morte.
Vede como Cristo se uniu à sua esposa, vede com que alimento nos sacia. Do mesmo alimento nos faz nascer e nos nutre. Assim como a mulher, impulsionada pelo amor natural, alimenta com o próprio leite e o próprio sangue o filho que deu à luz, também Cristo alimenta sempre com o seu sangue aqueles a quem deu o novo nascimento.
Das Catequeses de São João Crisóstomo

O BARULHO DAS PALAVRAS

Escutar significa receber alguém dentro de nós
Dizem que quando Deus quer falar, não precisa do barulho das palavras, fala nos acontecimentos, no silêncio da natureza, fala como quer e do jeito que quer. Mas será que quando o Todo-poderoso quer falar estamos dispostos a ouvi-Lo? Eis a questão. Parece que, nos dias atuais, nossos ouvidos estão sempre ocupados. Escolhemos o que queremos ouvir, colocamos o fone e esquecemos o mundo à nossa volta. Como o Senhor costuma falar de um jeito sempre novo, fica difícil conseguirmos identificar Sua voz. Talvez nem paremos para pensar sobre isso, mas o fato é que a vida segue um ritmo tão acelerado que já não temos tempo para ouvir: nem uns aos outros nem a Deus.
Escutar é uma bela arte, saber falar também... Acredito que, se estamos buscando um crescimento espiritual, precisamos dar passos neste sentido, porque só conseguimos ouvir a voz de Deus se nossos ouvidos estiverem treinados em ouvir as pessoas. Você sabe o que se passa com a pessoa que está ao seu lado, seja no trabalho, em casa ou na escola? Costuma perguntar como foi o dia daqueles que convivem com você? É fácil perceber que há pouco interesse em ouvir o outro, talvez porque para fazê-lo é preciso esvaziar-se de si mesmo, e este é um desafio que, apesar de construtivo, nem sempre é apreciado.
Hoje dizer “faça silêncio”, talvez não seja a solução se quisermos crescer como pessoa, pois existem vários tipos de silêncio e nem todos são produtivos. Há silêncios, por exemplo, que são tidos como sábios. Outros, como necessários e outros ainda como indiferença. Portanto, antes de “resolver silênciar, precisamos ter a motivação certa. Já que, muitas vezes, a maior caridade não é simplesmente calar, mas sim ouvir e acolher a quem precisa falar.
É assustador, mas real, há muitas pessoas morrendo porque não conseguem ninguém que as escute. Ocupados com aquilo que escolhemos ouvir, vamos nos deixando embalar pela música que nos toca e não pelas situações que nos cercam.
Outro dia fiquei admirada com o que presenciei. Estava em um consultório médico e chegaram dois jovens, um rapaz e uma moça, não sei se eram irmãos ou amigos, não creio que seriam um casal, apesar de terem chegado juntos. Já sentados, trocaram algumas palavras e, em alguns minutos, cada um colocou o fone nos ouvidos e o silêncio reinou. Passei um bom tempo ainda no lugar e não os ouvi trocar uma palavra sequer. Coisa estranha, não é? Por que será que o som que sai do fone é mais interessante do que a vida de quem está ao nosso lado? Por que será que os meios que vêm para comunicar acabam nos roubando a comunicação? Penso que é hora de darmos mais atenção à forma como temos lidado com essa realidade e valorizarmos mais o diálogo.
Tanto as palavras como o silêncio têm sua força, negativa ou positiva; é grande sabedoria saber usá-los, mas é preciso usá-los. As palavras fazem parte da nossa essência, comunicar é preciso! Com palavras nos aproximamos ou nos afastamos do outro, apaziguamos ou ferimos. Damos ou tiramos a vida. Marcamos nossas escolhas com palavras e falar com a vida, com paixão, com os olhos, com os gestos, com a alma e com amor é transmitir esperança a quem nos ouve. Porém, na hora de escutar as pessoas, o barulho das palavras não ajuda nada. E aí entra o importante papel do silêncio.
Escutar significa receber alguém dentro de nós, em nosso coração e isso quase sempre se dá no silêncio. Por isso, é preciso ouvir a pessoa ! Não o que dizem da pessoa ou o que imaginamos a seu respeito, mas escutar a própria pessoa. Dar tempo para a pessoa falar. Parar o que estamos fazendo e olhar para a pessoa com a atenção que ela merece. É mais do que simplesmente ouvir palavras, é acolher a pessoa do jeito que ela está, com suas dores ou alegrias. É exigente, mas benéfico, pois quando escuto o outro, aprendo com ele, cresço com suas experiências e evito muitos erros.
Já observou que nossos problemas, muitas vezes, tomam proporções maiores do que as reais, justamente porque não escutamos as pessoas? Fiquemos atentos e procuremos dar mais atenção àqueles que nos cercam. Silenciar, sim, o silêncio tem um valor incalculável, mas que nosso silêncio não seja de indiferença e sim de acolhimento.
Penso que saber ouvir e saber falar é antes uma questão de respeito e amor à própria vida. Praticar essa arte é um dom.
Se enquanto você estiver lendo este texto, perceber que o barulho das palavras o tem impedido de ser melhor, tenha a coragem de recomeçar, silenciando. Por outro lado, se perceber que seu silêncio não tem produzido vida, saia dele o quanto antes e vá ao encontro do outro, levando uma palavra de esperança. Em todo caso, viva bem o hoje; apaixone-se pela vida. Partilhe suas lutas e conquistas. Faça pausas para escutar os outros e, pela força da comunicação, dê mais qualidade aos seus dias e seja feliz.

Dijanira Silva

terça-feira, 26 de abril de 2011

QUANDO O SOFRIMENTO BATER Á NOSSA PORTA

 
Pare de ficar neste sepulcro e venha viver!

 Evangelho escolhido foi o da Ressurreição de Lázaro, um grande amigo de Jesus. Estar em Betânia com os amigos era uma forma de Jesus curar e restaurar as forças. Jesus Cristo sofreu muito, porque amou muito. Quanto mais estivermos ligados às pessoas, tanto mais sofreremos. Mas não construamos cercas. Tenhamos essa sensibilidade diante do sofrimento. Era isso que Jesus ia buscar em Betânia: consolo em amigos verdadeiros. Quando Ele chegou em Betânia, já fazia 4 dias que Lázaro estava morto. Não podiam fazer mais nada, mas para Jesus não havia tempo a perder e Ele foi ter com o morto. Jesus era muito humano. Quando Ele chegou, tampou o nariz; pois a situação estava 'podre'. Porém, movido pelo amor àquele homem, Ele disse: 'Venha Lázaro'
Na verdade, Jesus queria nos mostrar que a morte não foi feita para nós. Um dia, todos nós iremos morrer, isso é fato, mas Jesus está falando de outra morte e quer nos propor a ressurreição. Se olharmos somente para a pedra posta no sepulcro, não haverá nenhuma esperança e nos desesperaremos, porque a pedra é imóvel. Se ficarmos olhando para a pedra, ficaremos fixados ali, no mesmo lugar, e não é isso que Jesus quer. "Lázaro, venha para fora". Quantas vezes experimentamos estar no sepulcro, que é um lugar escuro e cheira mal? Mas, se deixarmos essa pessoa ficar lá muito tempo, não a encontraremos do mesmo jeito, pois ela entrou em processo de decomposição. É um lugar de silêncio e não há mais nada, terminou. Agora, se olhamos a morte como um lugar de transição, daí sim, ele fica cheio e revestido de esperança. Quantas vezes você já morreu?
Estamos ressuscitando todos os dias. A cigarra fica um ano debaixo da terra para cantar somente um dia. Um ano se preparando para cantar até se arrebentar. O sofrimento é isso, um tempo de preparo. Louvado seja Deus pelos sofrimentos!
Todos os artistas compõem maravilhosas obras quando estão sofrendo, e, toda as vezes que tocamos em nossos limites, vamos além. Compomos músicas, pinturas, criamos vida e caráter. Você pode estar se perguntando: "Mas eu não sou artista, e aí?" Você pode desenhar a sua alma, pode esculpir o seu caráter.
A cigarra não fica debaixo da terra por motivo de masoquismo. Não. É um tempo de preparo existencial da natureza. Quando você perceber que o seu sofrimento está infértil, é o tempo de parar de sofrer. Quando começamos a derramar as lágrimas, passamos por um processo de cura que está nos lavando e purificando.
Quanto tempo pode durar um velório dentro de nós? O sepultamento do corpo tem que iniciar um processo de amizade com a vida. O sofrimento é criado dentro de nós; o velório não é uma situação de morte. O que fazemos com o ruim que aconteceu conosco? Não importa o que a vida fez com você, mas o que você faz com o que a vida fez com você. Não temos como evitar o desprezo do outro, vão acontecer coisas das quais não vamos gostar, mas somos nós que vamos ver quanto custa esse sofrimento.
boa    parte sofrimento  ser está aquilo que nós pensamos e permitimos em nosso pensamento. Se racionalizarmos a nossa emoção, nós não sofreremos.Neutralizar o pensamento do sofrimento é lançar um pensamento bom em cima de um ruim. Quantas pessoas sofrem por não ter a capacidade de filtrar as coisas ruins que escutam?. Não temos o direito de ser mesquinhos por querer ser o que o outro é. Não tenha inveja, floresça onde Deus o plantou.
Há pessoas invejosas, que querer ser o que você é. Que não são capazes de olhar quem elas, realmente, são. Pare de olhar para a vida do outro, pois você não tem os valores que ela tem; mas você tem valores que ela não tem. Temos que ter nossa coerência e nosso modelo. Liberte-se dessas idéias pessimistas sobre você mesmo, você é capaz.
A ordem de Jesus: "Pare de ficar neste sepulcro e venha viver”. Estamos em horário do cristão: Está na hora de viver! Você não tem o direito de ficar no túmulo com seus problemas e lutos. O tempo previsto para o sofrimento tem data marcada para terminar, já passou, chega! Faça alguma coisa pela sua vida! Só sofra de verdade pelas coisas que valem a pena. Quantas pessoas não sofreram o que deveriam sofrer? Esse tempo é curto, e é maravilhoso descobrir que, hoje, temos a oportunidade de escutar a voz de Jesus dizendo que não quer mais a morte para a nossa vida. Deus está segurando na nossa mão.
Se você está sofrendo muito, permita que Jesus cuide de você. Revolucione sua vida, pois quem fica parado é "poste". Melhore esta cara e faça o que puder fazer, pois assim beneficiará as pessoas ao seu lado. O cuidado de Deus é lindo: "Saia deste sepulcro!" Não perca seu tempo em bobagens que tornam o sofrimento enorme em sua vida.
O 'cuidar' é sempre expressão de alguém que ama. Ninguém gosta de ver a pessoa amada sofrendo. Precisamos acordar para a vida.
O nosso objetivo é ser feliz! Não há problema que resista a uma pessoa transformada por Deus! Nem a um ser humano com vontade de resolver os problemas. Não há nada maior do que uma pessoa de coragem.
Quando o sofrimento bater à sua porta, abra a janela para que você veja a dor do outro.
Padre Fábio de Melo

A FORÇA DO CRISTÃO VEM DA PALAVRA E EUCARISTIA COMUNGADA


Eu peço a todos que amem a Igreja, que foi adquirida pelo sangue de Jesus derramado na Cruz. As vezes porque Deus não resolveu seu problema, por causa dos defeitos dos padres dá vontade de abandonar, mas não abandone a Igreja.
João escreveu esse evangelho por causa de uma Igreja que estava sendo perseguida, ele sempre estava com Jesus, estava na intimidade do Senhor. E nessa Igreja perseguida, ele começa a catequizar os cristãos que passava por esse momento de dor, ele narra a paixão de Jesus. Ele utiliza de muito símbolos para fazer essa narração.
Jesus estava sendo crucificado com muito dor e diz “tenho sede”, “Pai porque me abandonaste” “tudo está consumado”. João se atenta que os soldados quebram as pernas dos outros crucificados, mas em Jesus eles furam lhe o lado, e vê que ali jorra sangue e água. Muitos olhavam as chagas, mas João vê sangue e água. As vezes olhamos e vemos o que não se deve ver, mas João enxerga o que nós não vemos, ele vê que quando jorra sangue e água começa a Igreja, o povo de uma nova aliança.
Com Abraão surge os judeus, com Cristo os cristãos. O novo povo da nova aliança, que nasce com Jesus na cruz, quando jorra sangue e água. Uma pessoa se torna cristã através do Batismo, e para ser batizado precisa-se de água. Ontem Jesus lavou os pés dos apóstolos, pois antes de comer eles precisavam ser purificados. E hoje João diz que da cruz Jesus jorrou água, para ser cristão é preciso ser purificado.
Para entrar no reino de Deus é preciso passar pela água (batismo). A crucificação de Jesus não foi em vão. A Igreja nasce a partir da água. A palavra Igreja vem de eclesia que quer dizer assembleia, formada por um grupo de pessoas. Uma pessoa não tem como Senhor Jesus Cristo, e um cristão fala de Cristo a ela, então acontece um encontro pessoal com Cristo, ela é preparada para receber o batismo e começa a acontecer com várias pessoas, com isso vai se formando a Igreja que acredita que Jesus Cristo é filho de Deus, quando digo Igreja eu digo de pessoas. Esse grupo de Cristãos nasceram da morte de Jesus na cruz. E por isso somos uma assembleia, que se chama Igreja católicaE na hora da dificuldade a Igreja vai abandonar? Quem disse que os cristãos não passariam por dificuldade? É preciso nesses momentos se reunir com a Igreja. Os cristão precisam se reunir para se tornarem uma força, para que cada um possa dar força ao outro, para que todos possam continuar firmes. E continuem firmes até o dia em que Ele te chamar, não abandone a Igreja por causa dos defeitos dela, é essa Igreja que Cristo ama e dá a vida por ela.
João viu sangue, ele não viu somente água, ele também viu sangue. O que nos dará forças para não desistirmos é o Sangue, sangue é vida. O que dá força para o cristão é a Eucaristia, e Ela é o corpo e sangue de Jesus.
Quando o pagão quer fazer parte da assembleia, e quer aceitar Jesus, primeiro ele precisa do batismo e depois precisa da Eucaristia, “Aquele que tomar e comer meu corpo e meu sangue terá a vida eterna” João vê uma Igreja salva que se alimenta do seu corpo e do seu sangue. Não dá para o cristão viver sem missa. Tem cristão morrendo porque não se alimenta do corpo e sangue do Senhor.
Paulo suportou uma espada em seu pescoço, Pedro suportou ser crucificado de cabeça para baixo, por causa da Eucaristia que recebiam. Nenhum cristão consegue sobreviver sem a eucaristia, o cristão não sobrevive somente com a Palavra. Não basta somente estudar a palavra, precisa também receber a Palavra na eucaristia. Só na missa você terá as duas coisas, a Palavra e a Eucaristia.
O sacerdote anuncia a Palavra que te fortalece, e depois que está fortalecido pela Palavra, o padre diz “Tomai e comei”, o Cristo é oferecido “Por cristo, com Cristo, em cristo” e depois o Sacerdote te leva o Cristo “Corpo de Cristo”. E você se torna um sacrário de Jesus.
A Igreja vai passando por provações, e Bento XVI nos indica o caminho por qual caminhar, mesmo que você não entenda, caminhe, pois Ele é a voz de Cristo. Ele sabe muito bem o que diz, pois é guiado pelo Espírito de Deus, e não permitirá que a Igreja do Senhor desmoreça. Ele celebra o “Tomai e comei”, depois seus bispos, depois os sacerdotes, e todos encontrarão forças quando comungarem. E você também encontrará forças quando comungar. Essa é a Igreja todos os domingos, dias santos e todos aqueles que podem todos os dias vão ouvir a Palavra e receber a Eucaristia. O alimento que você come todos os dias é alimento para o teu corpo, mas para tua alma, você precisa se reunir com a Igreja, comer do Seu corpo, beber do Seu sangue, para encontrar forças.
É o povo novo que se reúne com a Santa Igreja, você faz parte desse povo.

Padre José Augusto

A BOA NOVA É ANUNCIADA EM FATOS

"Os discípulos informaram a João sobre todos estes fatos. João, então, chamou dois deles e os enviou ao Senhor, para perguntar: ‘És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro?’" (Lc 7,18-19).
Nessa passagem bíblica, João Batista pede a seus discípulos que perguntem a Jesus se Ele era realmente o Messias, o Cristo. João já estava encarcerado e sabia que a qualquer momento poderia ser morto, por isso era importante que estes [seus discípulos] tivessem a certeza de que Jesus era o Messias, para encorajarem-se a deixá-lo, uma vez que eram dependentes e acostumados a ele, e irem ao encontro do Senhor. Assim, teriam que ouvir da própria boca de Jesus que Ele era o Messias.
Para os judeus, "o Bendito que vem em nome do Senhor" é o Messias. Portanto, perguntar se Jesus é "Aquele que vem" é como perguntar: "Você é o Messias?" E a Palavra continua: "Eles foram ter com Jesus e disseram: 'João Batista nos mandou a ti para perguntar se tu és aquele que há de vir ou se devemos esperar outro?' Naquela ocasião, Jesus havia curado a muitos de suas doenças, moléstias e de espíritos malignos, e proporcionado a vista a muitos cegos" (Lc 7,20-21).
Jesus Nazareno respondeu com ações e não com palavras. "Respondeu, pois: ‘Ide contar a João o que vistes e ouvistes […]’" (Lc 7,22a). Em outras palavras, a resposta foi: "O que vocês viram e ouviram, voltem e contem a João. Esta é a minha resposta". Jesus não disse "Eu sou o Messias".
Para o sumo sacerdote que O abordara sobre a mesma questão, Ele havia respondido: "Tu o dizes". Porém, aqui o Espírito Santo O inspirou providencialmente para que não dissesse com palavras, mas com fatos. Observe: "Respondeu, pois: ‘Ide contar a João o que vistes e ouvistes: cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são purificados e surdos ouvem, mortos ressuscitam e a pobres se anuncia a Boa-Nova. E feliz de quem não se escandaliza a meu respeito’" (Lc 7,22-23). Esta era a resposta: essas curas e milagres eram o sinal de que o Reino de Deus havia chegado, de que o Messias estava entre eles, de que o Rei estava operando e o Reino se realizando.
Hoje, igualmente, vemos e ouvimos, graças a Deus, as mesmas coisas. A Boa Nova não é anunciada aos pobres apenas com palavras, mas também com fatos. Temos presenciado hoje também os sinais do Reino de Deus – curas, milagres, prodígios, transformações. Surdos começam a ouvir, cegos a ver, coxos a andar, paralíticos a se levantar; pais e filhos se reconciliam; pessoas viciadas largam as drogas, o álcool; garotas de programa exercem outra atividade; maridos retornam ao lar etc… Graças a Deus!
As curas, além de redespertarem nossa fé, nos levam para a vinda do Senhor, para a implantação do Reino – que já está acontecendo! O Reino de Deus já está no meio de nós! As curas e os milagres apontam para a vinda do Senhor, para a certeza de que no Reino de Deus, o qual Jesus implantará aqui, não haverá mais doença, miséria, fome, pranto, dor, sofrimento, morte. Porque o Senhor da vida virá e o Seu Reino será implantado

segunda-feira, 25 de abril de 2011

QUE NADA DESVIE O NOSSO CORAÇÃO DO SENHOR!

A nossa atitude principal como filhos de Deus precista e pedindo que nos rendamos à Sua infinita Misericórdia, que se derrama copiosamente sobre nós.
Este é o apelo do Sagrado Coração de Jesus, que continua batendo, sem se cansar, na porta do nosso coração até que a abramos. O Senhor espera uma decisão da nossa parte, porque Ele sente saudade de nós.
Muitos de nós temos coragem para fazer tantas coisas a fim de progredirmos na vida; então, por que não entregar as rédeas da nossa vida nas mãos de um Deus que é apaixonado por nós? Esse é um desafio ao qual estamos sendo chamados hoje: nos abrirmos ao amor de Deus.
Rezemos, especialmente durante toda esta Semana Santa, clamando ao Senhor que nos dê a graça de uma verdadeira conversão:
Jesus, eu confio em Vós!

JESUS CRISTO

Em geral, o nome de "Jesus" vem acompanhado: Jesus Cristo. A palavra "Cristo", em hebraico, significa "Messias" – o Prometido, o Enviado pelo Pai, o Esperado pelo povo judeu durante anos. Jesus é o Messias: em grego é "Cristo"; em latim, é "Ungido". Sua missão é:

"O espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu. Enviou-me para levar a Boa Nova aos pobres, para curar os de coração aflito, anunciar aos cativos a libertação, aos prisioneiros o alvará de soltura" (Is 61,1).

Ao pronunciar o nome "Jesus Cristo", afirma-se que Ele é o "Deus que salva", o Messias enviado pelo Pai, o Cristo que realiza a salvação no poder do Espírito

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

domingo, 24 de abril de 2011

PÁSCOA JESUS ESSUSCITOU

Celebrar a Páscoa é chegar ao encontro com Cristo vivo


Uma antiga e sempre atual saudação para o Tempo Pascal resume em poucas palavras a fé dos cristãos: “Cristo ressuscitou”! A resposta confirma a convicção: “Ressuscitou de verdade”! Pode ser retomada na Liturgia e repetida nos cumprimentos entre as pessoas e, mais ainda, pode ser roteiro de vida! É o nosso modo de desejar uma Santa Páscoa a todos, augurando vida nova e testemunho vivo do Ressuscitado, com todas as consequências para a vida pessoal e para a sociedade.
Celebrar a Páscoa é penetrar no mistério de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nestes dias de Semana Santa salta à vista Seu modo tão divino e humano de viver a entrega definitiva. “Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a sua hora, hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13, 1). É a entrega livre daquele de quem ninguém tira a vida, mas se faz dom de salvação.Jesus Cristo, que é verdadeiro Deus, oferece o testemunho de inigualável maturidade, na qual se encontra a referência para todos os seres humanos. “Os guardas voltaram aos sumos sacerdotes e aos fariseus, que lhes perguntaram: Por que não o trouxestes? Responderam: Ninguém jamais falou como este homem” (Jo 7, 45-46). Encontrá-Lo é descobrir o caminho da realização pessoal. Mas seria pouco considerá-Lo apenas exemplo a ser seguido. “De fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). O homem verdadeiro é Senhor e Salvador. N'Ele estão nossas esperanças e a certeza da ressurreição. Mais do que Mestre ou sábio de renome, n'Ele está a salvação.
Seus apóstolos e discípulos, antes temerosos diante das perseguições, tendo recebido o Espírito Santo, sopro divino do Ressuscitado sobre a comunidade dos fiéis, tornaram-se ardorosos anunciadores de Sua ressurreição e de Seu nome. Basta hoje o anúncio de Cristo: “Que todo o povo de Israel reconheça com plena certeza: Deus constituiu Senhor e Cristo a este Jesus que vós crucificastes. “Quando ouviram isso, ficaram com o coração compungido e perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: Irmãos, que devemos fazer? Pedro respondeu: “Convertei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos vossos pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo. Pois a promessa é para vós e vossos filhos, e para todos aqueles que estão longe, todos aqueles que o Senhor, nosso Deus, chamar” (At 2, 36-39).
Cristo morreu, Cristo ressuscitou, Cristo há de voltar! O que parece simplório é suficiente, pois daí nascem todas as consequências: vida nova, alegria perene, capacidade para se levantar das próprias crises e pecados, amor ao próximo, vida de comunidade, testemunho corajoso da verdade, vida nova na família cristã, compromisso social, serviço da caridade! Tudo isso? Sim, na Páscoa de Jesus Cristo está o centro da fé cristã e a fonte de vitalidade, da qual gerações e gerações de cristãos beberam como de uma fonte verdadeiramente inesgotável.
Celebrar a Páscoa é ir além da recordação dos fatos históricos, para chegar ao encontro com Cristo vivo. Nós cristãos O reconhecemos hoje presente, fazendo arder os corações, vamos ao Seu encontro nos irmãos, especialmente na partilha com os mais pobres, acolhemos Sua palavra viva, lida da Sagrada Escritura e proclamada na liturgia, sabemos que Ele permanece conosco se nos amamos uns aos outros e está vivo na Igreja, quando se expressam os sucessores dos Apóstolos e O buscamos na maior exuberância de Sua presença, que é a Eucaristia. Este é nosso documento de identidade!
Com o necessário respeito à liberdade de todas as pessoas, queremos hoje dizer a todos os homens e mulheres, em todas as condições em que se encontram, que as portas estão abertas, mais ainda: escancaradas. Se quiserem, aqui está o convite para a maior de todas as comemorações: “Celebremos a festa, não com o velho fermento nem com o fermento da maldade ou da iniquidade, mas com os pães ázimos da sinceridade e da verdade!” (I Cor 5, 8). É Páscoa do Senhor! Feliz, verdadeira e santa Páscoa da Ressurreição!
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA

O PAI O RESSUSCITOU

Espero que tenha compreendido por que o Filho de Deus disse: “Eu aceito, Pai!”. Jesus veio e morreu humilhado. A máxima humilhação que uma pessoa poderia suportar, Ele, que era o Filho de Deus, o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, passou: a de ser considerado malfeitor. Mas o Pai O ressuscitou e Ele está nos Céus, aguardando o segundo momento, a hora da Sua segunda vinda gloriosa, quando virá para reinar sobre a terra.
E entre o primeiro e o segundo momento, Ele colocou a Igreja. Somos essa Igreja e estamos vivendo entre o primeiro e o segundo tempo: o primeiro tempo já aconteceu – Jesus foi humilhado, mas venceu pela ressurreição; e atualmente estamos no segundo tempo – e Jesus virá e reinará neste mundo com toda a Sua glória. Por isso, nosso principal papel como intercessores é proclamar: “Jesus Cristo é o Senhor!”. Sempre o foi: Ele veio a primeira vez, humilhou-se e aceitou ser humilhado. Ofereceu-se em sacrifício das almas pecadoras e morreu na cruz. Mas agora Ele virá para ser Senhor. Ele virá para ser Jesus, o Deus que salva; para ser o Cristo, o Messias, o Esperado.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

EM TUDO DE GRAÇAS

Vivemos cercados de problemas econômicos, familiares, no emprego, na comunidade. Reconhecemos que há muitos erros. Qual deve ser a nossa atitude? Murmurar e falar mal? Ficar abatido, triste e entrar em desespero? Não! "Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo".
Isso não é alienação, porque sabemos que o Senhor tem nas mãos o controle de todas as situações. Se ficamos apenas temerosos – “Ai, meu Deus do céu! O que vai acontecer agora com esse falatório que está se levantando, com esse escândalo. O que acontecerá?” –, nossos temores se realizam e aquilo que tememos acaba atingindo nosso grupo, nossa comunidade, nossa paróquia! De forma contrária, devemos: “Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo”.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

sábado, 23 de abril de 2011

SÁBADO SANTO

A descida do Senhor à mansão dos mortos

Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.Ele vai antes de tudo à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos.
O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: "O meu Senhor está no meio de nós". E Cristo respondeu a Adão: "E com teu espírito". E tomando-o pela mão, disse: "Acorda, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará".
Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti por aqueles que nascerem de ti, agora digo, que com todo o meu poder, ordeno aos que estava na prisão: 'Sai!'; e aos que jaziam na trevas. 'Vinde para a luz!'; E aos entorpecidos: 'Levantai-vos!'Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu Filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de escravo por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci a terra e foi até mesmo sepultado debaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que deixastes o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus, e num jardim crucificado.
Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi, para restituir-te o sopro da vida original. Vê na minha face as bofetadas que levei para restaurar, conforme à minha imagem, tua beleza corrompida.
Vê minhas costas as marcas dos açoites que suportei por ti para retirar dos teus ombros o peso dos pecados. Vê minhas mãos fortemente pregadas à arvore da cruz, por causa de ti, como outrora estendes suas mãos para a árvore do paraíso.Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a lança que estava dirigida contra ti.
Levante-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso, mas no trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constitui anjos que, como servos, te guardassem, ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus.Está preparado o trono dos querubins prontos e a postos os mensageiros, construídos o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos, adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o Reino dos Céus preparado para ti desde toda a eternidade

É NA ESPERANÇA QUE NÓS FOMOS SALVOS


Tudo o que vivemos hoje, neste mundo tão agitado, favorece-nos para que não saibamos mais esperar. Vivemos uma vida agita e imediatista. Queremos que as coisas aconteçam na hora em que queremos e do jeito que queremos. Pessoas ficam angustiadas porque têm que esperar numa fila de banco, nos aeroportos e assim por diante. Tem gente que reclama no PROCON porque teve de esperar por muito tempo para ser atendido.
Mas, com Deus, isto não resolve. Não adianta reclamar para Deus. Ele não tem PROCON. Em nosso relacionamento com Deus, é preciso aprender a esperar. E este Sábado Santo nos ensina esta lição: é preciso esperar. Esperamos o Domingo de Páscoa. Estamos aguardando o grito festivo do 'Aleluia' da Ressurreição do Senhor.
Jesus não queria uma revolução política, mas Ele desejava que todos se encontrassem com o Senhor de todos Senhores.
A esperança transforma o escravo em irmão. Jesus veio mudar a nossa mentalidade, quanto ao nosso irmão. Seu irmão pode ser chato, enjoado, mas é seu irmão.
“Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas” (Efésios 4,9-10)
No sábado santo nós contemplamos a morte do Cristo, experimentamos a ausência de Deus. Aquele que ressuscitou, que curou o cego está morto. No silêncio do sepulcro, renunciamos o medo da morte, porque até no vale tenebroso da morte Jesus está. Jesus viveu experiência da morte.
A experiência do sepulcro nos leva a esperança. É na esperança que nós fomos salvos.
O sofrimento do tempo presente não tem proporção com a glória que será revelada. Não abandone a Deus no momento de dor, no silêncio de Deus permaneça firme.
Os discípulos estavam sem esperança, a dor era grande, era uma vazio intenso provocado pelo sepulcro. Em meio a dor, precisamos esperar no Senhor. O segredo católico é permanecer fiel até o fim, e precisa viver da Eucaristia e da Palavra de Deus.
Os discípulos estavam sofridos porque esperavam a revolução política e não a revolução interior da alma.
Nós não somos chamados a negar a dor, a negar da cruz. Muitas vezes vamos passar pelo o silêncio de Deus, mas em todas as situações Deus estará contigo, na alegria e na dor.
Coloquemos a nossa esperança e nossa confiança nas promessa de Deus. Esperança é pegar o nosso presente, a dor do presente e colocar no futuro: O sofrimento do tempo presente não tem proporção com a glória que será revelada. Não paremos na dor de hoje, mas olhar o futuro acreditando que as promessas de Deus se realizará na nossa vida.Se o próprio Deus escolheu a dor, precisamos acreditar que no fundo do cálice deve haver uma pérola, a qual nós conhecemos e o nome desta pérola é ressurreição, é vida nova, é transformação. Não desanimes permaneça fiel.

Sou encantado com o Livro de Jó. Jó sofreu muito, perdeu tudo, mas ele afirma que: “eu contemplarei o meu redentor”. Mesmo na dor Jó ficou firme na esperança. Precisamos experimentar isto neste sábado santo.

Em Palmas quase faleci, tive uma embolia pulmonar e falência nos pulmões, estava prometido a morte, primeiro veio a cegueira da dor, primeiro murmurei disse deixei tudo para seguir o Senhor e o Senhor iria me deixar morrer seminarista. Mas depois eu confiei em Deus e me dispus em viver a vontade de Deus e a ressurreição aconteceu em minha vida. Eu fiz a experiência da esperança.

“E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” (Apocalipse 21,1-4)
Padre Roger

POR QUE JESUS MORREU NA CRUZ ?

O drama de um Deus crucificado por amor ao homem

Jamais o mundo viu ou verá um acontecimento como este: o Filho de Deus humanado é crucificado e agoniza durante três horas numa cruz. Três longas horas de dores indizíveis, sofrimentos inenarráveis na pior forma de suplício que o Império Romano impunha a seus opositores, bandidos, malfeitores... Foi o drama de um Deus crucificado por amor ao homem, criatura moldada à Sua "imagem e semelhança" (cf. Gen. 1,26).
Um mistério insondável de amor e de dor que projeta luz sobre o quanto cada um de nós é importante para Deus. Cristo não mediu esforços para resgatar cada um de nós para Deus... foi até as últimas consequências. São João expressou isso como ninguém: "Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (Jo 15,1).
A dívida dos pecados dos homens, sendo, de certo modo infinita, exigia um sofrimento redentor também infinito para reparar a ofensa contra a majestade infinita de Deus. Então, o sofrimento de Deus feito homem, infinito, triunfou do pecado. O resgate de cada um de nós foi pago. Pelo sofrimento de Jesus, Homem e Deus, a humanidade honrou a Deus incomparavelmente mais do que O ofendera e poderá ainda ofender. O homem, resgatado agora pelo Filho do Homem, pode voltar para os braços de Deus. A justiça foi satisfeita.
Podemos perguntar: mas por que foi necessário que um Deus morresse na Cruz para nos salvar? São Leão Magno (400-461), Papa e doutor da Igreja, nas suas homilias de Natal, lança luzes sobre o mistério da nossa Redenção:
Mas, o fato, caríssimos, de Cristo ter escolhido nascer de uma Virgem não parece ditado por uma razão muito profunda? Isto é, que o diabo ignorasse que a salvação tinha nascido para o gênero humano, e, escapando-lhe que a concepção era devida ao Espírito, acreditasse que não tinha nascido diferente dos outros aquele que ele não via diferente dos outros
Com efeito, aquele no qual ele constatou uma natureza idêntica à de todos tinha, pensava ele, uma origem semelhante à de todos; ele não compreendeu que estava livre dos laços do pecado aquele que ele não viu isento das fraquezas da mortalidade.  Porque Deus, que, em sua justiça e em sua misericórdia, dispunha de muitos meios para elevar o gênero humano, preferiu escolher  para isso a via que lhe permitisse destruir a obra do diabo, apelando não a uma intervenção de poder, mas a uma razão de equidade.
Porque, não sem fundamento, o antigo inimigo, em seu orgulho, reivindicava direitos de tirano sobre todos os homens e, não sem razão, oprimia sob seu domínio aqueles que ele tinha prendido ao serviço de sua vontade, depois que eles, por si mesmos, tinham desobedecido ao mandamento de Deus. Por isso não era de acordo com as regras da justiça que ele cessasse de ter o gênero humano como escravo, como o tinha desde a origem, a não ser que fosse vencido por meio do que ele mesmo tinha reduzido à escravidão.
Para esse fim, Cristo foi concebido de uma Virgem, sem intervenção de homem... Ele [o demônio] não pensou que o nascimento de uma criança gerada para a salvação do gênero humano não lhe estava sujeito como o estava o de todos os recém-nascidos. Com efeito, ele o viu vagindo e chorando, viu-o envolto em panos, submetido à circuncisão e resgatado pela oferenda do sacrifício legal. Mais tarde, reconheceu os progressos normais da infância, e até na idade adulta nenhuma dúvida lhe aflorou sobre o desenvolvimento conforme a natureza.
Durante este tempo ele lhe infligiu ultrajes, multiplicou injúrias, usou de maledicências, calúnias, blasfêmias, insultos, enfim, derramou sobre ele toda a violência do seu furor e o pôs à prova de todos os modos possíveis; sabendo com qual veneno tinha infectado a natureza humana, ele jamais pôde crer que fosse isento da falta inicial aquele que, por tantos indícios, ele reconhecia por um mortal.
Ladrão atrevido e credor avaro, ele se obstinou em levantar-se contra aquele que não lhe devia nada, mas exigindo para todos a execução de um julgamento geral pronunciado contra uma origem manchada pela falta, ultrapassou os termos da sentença sobre a qual se apoiava, porque reclamou o castigo da injustiça contra aquele no qual não encontrou falta. Tornando-se, por isso, caducos os termos malignamente inspirados na convenção mortal, e, por causa de uma petição injusta, que ultrapassava os limites, a dívida toda foi reduzida a nada. O forte é atado com os seus próprios laços, e todo o estratagema do inimigo cai sobre a sua cabeça. Uma vez amarrado o príncipe deste mundo, o objeto de suas capturas lhe foi arrancado. Nossa natureza, lavada de suas antigas manchas, recupera sua dignidade, a morte é destruída pela morte, o nascimento é renovado pelo nascimento, porque, ao mesmo tempo, o resgate suprime nossa escravidão, a regeneração muda nossa origem e a fé justifica o pecador” (Sermão XXII , segundo Sermão do Natal).



Felipe Aquino

JESUS , ESMAGADO PELOS NOSSOS PECADOS

O pecado da humanidade desorganiza tudo

Jesus veio ao mundo para tirar os pecados da humanidade, por isso, Ele morreu na cruz, para arrancar o pecado do mundo, arrancar as ervas daninhas que matam o jardim da nossa alma. Há teologias que dizem que Jesus veio para trazer o bem-estar para o mundo; mas não, Ele veio para tirar o pecado do mundo. Estava anunciado havia mais de mil anos que Ele viria. João Batista anunciou Jesus, ele poderia usar o que os salmistas diziam, mas não. Em São João 1,29, ele anunciou Jesus: "Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo". O anjo disse o mesmo para José: "Ele vai salvar o seu povo dos seus pecados".
O Senhor foi esmagado por causa da nossa iniquidade. Não existe nada neste mundo pior que o pecado. Jesus morreu por nós, por causa dos nossos pecados. É preciso que, nesta Semana Santa, façamos esta reflexão. O Senhor morreu para que saíssemos da escuridão da morte e nos limpássemos de todos os pecados. O Senhor deixou o explendor do céu para experimentar o vale de lágrimas da terra. Nós temos de experimentar o amor de Deus. Depois que Jesus desceu do céu, por amor a cada um de nós, e sofreu tudo que Ele sofreu, ninguém tem o direito de duvidar do Seu amor. Se ainda fosse possível sofrer mais como homem, Jesus teria sofrido para provar o Seu amor.
"Tende consciência de que fostes resgatados da vida fútil herdada de vossos pais, não por coisas perecíveis, como a prata ou o ouro, mas pelo precioso sangue de Cristo, cordeiro sem defeito e sem mancha" (São Pedro 1,18-19).
Nós fomos resgatados da morte pelo preço valioso da vida do Cordeiro de Deus. A nossa salvação custou a vida d'Ele. Quanto vale a sua vida? Você vai me dizer que não tem preço. Deus deu a vida de Seu único Filho para nos salvar. A nossa salvação custou a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. Deus não quer perder nenhum de nós.
"Haverá mais alegria no céu por um pecador que se converta do que por 99 justos que fazem penitência". Sinta como você é precioso para Deus! Quantas pessoas acham que a sua vida não presta! Meu irmão, você é precioso para Deus, sua alma tem valor infinito para Ele. Peça perdão pelas vezes em que você se desvalorizou, pois você é muito precioso aos olhos do Altíssimo. Se você não valesse nada, o Filho de Deus não teria descido do céu para salvá-lo.
O Catecismo da Igreja Católica revela que Deus poderia ter salvo a humanidade de outra maneira, mas Ele o fez de forma que ninguém duvide de Seu amor. O segundo motivo pelo qual o Senhor fez do sofrimento a matéria-prima da salvação é porque Ele queria que entendêssemos o sofrimento. O salário do pecado é a morte. A consequência do pecado é a dor, a lágrima, o desespero e a morte.
No plano de Deus não haveria sofrimento para ninguém, porque Ele nos criou para a vida. Foi por inveja do demônio que a morte entrou no mundo. Ele injetou a morte com o veneno do pecado. A humanidade prefere ouvir a voz do demônio a ouvir a voz de Deus. A morte entrou no mundo, porque o pecado separa o homem de Deus Pai. O pecado da humanidade desorganiza tudo. A causa última de todo o sofrimento é o pecado. "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". Foi para isso que o Senhor veio ao mundo.
Vergonha não é você contar o seu pecado para o padre, vergonha é você pecar. Não deixe a confissão para amanhã, porque amanhã pode não dar tempo. A primeira coisa que Jesus fez depois que Ele ressuscitou foi instituir o sacramento da confissão. Cristo Ressuscitado quis dar o perdão por intermédio da Igreja. Cristo não salvou simplesmente a humanidade, Ele depositou o remédio da salvação no coração da Igreja. Quem não ouve a Igreja não ouve o Pai. Quem crê e é batizado será salvo!
Felipe Aquino

sexta-feira, 22 de abril de 2011

ENTENDA O SIGNIFICADO DO BEIJO NA CRUZ NA SEXTA-FEIRA SANTA

Bento XVI durante adoração à Santa Cruz, no Vaticano
Em todo o ano, existe somente um dia em que não se celebra a Santa Missa: a Sexta-Feira Santa. Ao invés da Missa temos uma celebração que se chama Funções da Sexta-feira da Paixão, que tem origem em uma tradição muito antiga da Igreja que já ocorria nos primeiros séculos, especialmente depois da inauguração da Basílica do Santo Sepulcro e do reencontro da Santa Cruz por parte de Santa Helena (ano 335 d.C.).
Esta celebração é dividida em três partes: a primeira é a leitura da Sagrada Escritura e a oração universal feita por todas as pessoas de todos os tempos; a segunda é a adoração da Santa Cruz e a terceira é a Comunhão Eucarística, juntas formam o memorial da Paixão e Morte de Nosso Senhor. Memorial não é apenas relembrar ou fazer memória dos fatos, é realmente celebrar agora, buscando fazer presente, atual, tudo aquilo que Deus realizou em outros tempos. Mergulhamos no tempo para nos encontrarmos com a graça de Deus no momento que operou a salvação e, ao retornarmos deste mergulho, a trazemos em nós.
Os cristãos peregrinos dos primeiros séculos a Jerusalém nos descrevem, através de seus diários que, em um certo momento desta celebração, a relíquia da Santa Cruz era exposta para adoração diante do Santo Sepulcro. Os cristãos, um a um, passavam diante dela reverenciando e beijando-a. Este momento é chamado de Adoração à Santa Cruz, que significa adorar a Jesus que foi pregado na cruz através do toque concreto que faziam naquele madeiro onde Jesus foi estendido e que foi banhado com seu sangue.
Em nosso mundo de hoje, falar da Adoração à Santa Cruz pode gerar confusão de significado, mas o que nós fazemos é venerar a Cruz e, enquanto a veneramos, temos nosso coração e nossa mente que ultrapassa aquele madeiro, ultrapassa o crufixo, ultrapassa mesmo o local onde estamos, até encontrar-se com Nosso Senhor pregado naquela cruz, dando a vida para nos salvar. Quando beijamos a cruz, não a beijamos por si mesma, a beijamos como quem beija o próprio rosto de Jesus, é a gratidão por tudo que Nosso Senhor realizou através da cruz. O mesmo gesto o padre realiza no início de cada Missa ao beijar o Altar. É um beijo que não pára ali, é beijar a face de Jesus. Por isso, não se adora o objeto. O objeto é um símbolo, ao reverênciá-lo mergulhamos em seu significado mais profundo, o fato que foi através da Cruz que fomos salvos.
Nós cristãos temos a consciência que Jesus não é apenas um personagem da história ou alguém enclausurado no passado acessível através da história somente. "Jesus está vivo!" Era o que gritava Pedro na manhã de Pentecostes e esse era o primeiro anúncio da Igreja. Jesus está vivo e atuante em nosso meio, a morte não O prendeu. A alegria de sabermos que, para além da dolorosa e pesada cruz colocada sobre os ombros de Jesus, arrastada por Ele em Jerusalém, na qual foi crucificado, que se torna o simbolo de sua presença e do amor de Deus, existe Vida, existe Ressurreição. Nossa vida pode se confundir com a cruz de Jesus em muitos momentos, mas diante dela temos a certeza que não estamos sós, que Jesus caminha conosco em nossa via sacra pessoal e, para além da dor, existe a salvação.
Ao beijar a Santa Cruz, podemos ter a plena certeza: Jesus não é simplesmente um mestre de como viver bem esta vida, como muitos se propõem, mas o Deus vivo e operante em nosso meio. Padre Antônio Xavier
Comunidade Canção Nova, Terra Santa


 

SEXTA- FEIRA DA PAIXÃO DO SENHOR

Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito

A Igreja, com a meditação da Paixão de seu Senhor e Esposo e com a Adoração da Cruz, comemora a sua origem, nascida do lado de Cristo crucificado, e intercede pelo mundo. Na celebração da tarde de Sexta-feira Santa, recebemos em comunhão o Corpo do Senhor. “Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito”.
Is 52,13-53,12
Sl 30 (31),2.6.12-13.15-16.17.25 (R/. Lc
23,46)
Hb 4,14-16; 5,7-9
Jo 18,1-19,42
 Oração: Reze esta oração, composta pelo Papa Paulo VI. Pouco a pouco, você saberá repeti-la com calma e ser acompanhado por ela muitas vezes durante o ano.
Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora, fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da santa Igreja! Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus! Um coração grande e forte para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos! Um coração grande e forte, para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda desilusão, toda ofensa! Um coração grande e forte, constante até o sacrifício, quando for necessário! Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir, humilde, fiel e firmemente a vontade do Pai. Amém.
Leitura orante da Palavra de Deus: Leia o texto indicado para cada dia, escolhendo o Evangelho do dia ou uma das leituras indicadas pela Igreja.
Gestos penitenciais: Três práticas acompanham nossa Quaresma: a oração, a penitência ou jejum e a caridade. Acolha nossas propostas e exercite a criatividade, descobrindo e atualizando estas práticas em sua vida diária
Dom Alberto Taveiras

quinta-feira, 21 de abril de 2011

SACERDÓCIO E EUCARISTIA NASCEM DO CORAÇÃO DE JESUS

Qual a origem do Sacerdócio e da Eucaristia? Pensando neste mistério de vocação que é o sacerdócio, imediatamente penso no para que essa vocação foi feita. O sacerdócio foi feito para a Eucaristia, o padre existe para a Eucaristia e ambos foram criados para a salvação do povo.
Hoje é um dia duplamente feliz, pois Jesus com o coração mais generoso que a face da terra já viu, nos deu dois grandes presentes. Na última ceia, antecipando a Sua doação total, mesmo diante da traição e do Mistério de dor que teria que passar para salvar o mundo das trevas do pecado e da morte, entrega aos discípulos o Sacramento do Amor: A Eucaristia. “A Santíssima Eucaristia é a doação que Jesus Cristo faz de si mesmo, revelando-nos o amor infinito de Deus por cada homem. Neste Sacramento admirável, manifesta-se o amor maior: o amor que leva a dar a vida pelos irmãos.” Papa Bento XVI.
Escute na integra o Podcast:
O Sacerdócio e a Eucaristia nascem do mesmo lugar, das fontes misericordiosas do Coração de Jesus.
Neste mesmo dia o Mestre “divide” o seu Sacerdócio com os Apóstolos e faz deles ministros do Sacramento do Amor, ministros do Perdão, ministros da misericórdia. O vínculo intrínseco entre a Eucaristia e o Sacramento da Ordem deduz-se das próprias palavras de Jesus no Cenáculo: “Fazei isto em memória de mim” Lucas 22,19. Nós sacerdotes usamos as mesmas palavras de Jesus quando instituiu O Mistério de Amor, porque somos os primeiros a estar no lugar de Cristo Jesus para a Salvação do mundo, portanto, o Sacerdócio é um movimento Divino do Amor de Deus Pai que continua agindo em sua Igreja em todo Tempo e o tempo todo. Onde existe um Sacerdote, há a possibilidade do Amor e da misericórdia de Deus se manifestarem pelo homem.
Falando um pouco de mim, o lema do meu Sacerdócio é: “Tudo posso naquele que me dá força” Filipenses 4,13. A força do meu sacerdócio não vem de mim mesmo, mas a força do sacerdote vem da fonte pela qual ele oferece todos os dias torrentes de “Água Viva” ao povo fiel e sedento desse Amor que é Jesus. Eu busco A Força para exercer minha vida como ministro desse Sacramento nas Palavras que eu dirijo todos os dias ao Pai: “Tomai e comei, isto é o meu corpo; Tomai e bebei isto é o meu sangue, sangue da nova e eterna Aliança, para a remissão dos pecados, fazei isto em memória de mim!” As mesmas Palavras de Cristo são fonte de vida, de salvação em primeiro lugar para mim, alimento substancioso para a minha intimidade com o Senhor e para servir ao povo de Deus, que procura no sacerdote não ele mesmo, mas Jesus Cristo o seu Salvador. O Papa João Pulo II disse para os Sacerdotes em sua última e tradicional carta na Quinta-feira Santa de 2005: “O povo tem o direito de ver Jesus Cristo na pessoa do sacerdote”.
Essas palavras do Santo Padre ficaram gravadas em minha alma como uma missão, apesar de ser pecador e cheio de limitações como todo homem, eu não sou um homem comum, eu sou ministro do Sacramento do Amor e da misericórdia. Cristo hoje na Última Ceia depôs do manto, sinal de sua dignidade de Senhor, de Rei, para servir aos discípulos, para lavar os seus pés, esse gesto de humildade revela o caminho que o discípulo deve seguir; Imitar o Mestre: “Compreendeis o que acabo de fazer? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais à mesma coisa que eu fiz”. “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei” (cf. Jo 13, 1-15). Aos sacerdotes hoje, felicidades, força e que eles saibam não estão sozinhos, pois disse o Senhor: “Eu estarei convosco todos os dias, até o final dos tempos!”.
Ultimamente estamos sendo atingidos por tantas noticias através da mídia em relação aos sacerdotes, noticias que podem até em parte ser verdadeiras, mas noticias que generalizam demais e nós esquecemos da riqueza que é essa vocação e de dizer quanto bem faz um sacerdote em nosso meio e em meio a nossas comunidades. Por isso, meus irmãos rezemos por esses homens que deixam a sua família para servir o povo de Deus e faz do povo de Deus a sua família e se salva junto com eles.
Oração: Jesus sumo e eterno sacerdote, daí-me a graça como padre de viver como o Senhor viveu e ser para o Teu povo sinal vivo de tua misericórdia. Maria mãe dos sacerdotes quero sempre estar sobre os teus cuidados na proteção do teu manto de mãe, pois sou o teu filho predileto. Quero estar imerso nestes dois mistérios pelo qual eu fui feito. O mistério do Sacerdócio e Eucaristia para que eu seja ponte para os meus irmãos do Amor misericordioso de Deus. Daí-me a graça da fidelidade de Cri
Eu sou feliz e realizado em minha vocação como sacerdote.
Minha benção sacerdotal+
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.