quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

ALGUEM QUE BATE A NOSSA PORTA !

Quando Jesus bate a nossa perto as vezes é preciso irmos até ela e abrirmos
Estava tudo escuro, mal podia enxergar o teto, a parede, o sofá encostado no canto, a escrivaninha, qual é mesmo o nome daquele negócio que acende a luz? Mal podia enxerga-lo também, mesmo sabendo que ele brilha e emite luz no escuro, também não o via, não dava pra ver as pessoas que estavam lá, só ouvi-las, não podia ver o que elas carregavam embaixo dos braços, mal podia ver.
Diante da escuridão a gente tem a sensação de ter que andar, procurando uma luz que nos faça ter alguma direção, comecei a andar, me choquei com o sofá, girei o braço e quebrei o abajur agora é que não vejo a luz, se pudesse correr correria mas a sensação de que poderia cair mais feio ainda não me deixava "arriscar", continuei a caminhar mais devagar, dei algumas risadas daquela situação, comecei a chorar, queria desistir não conseguia sair dali, esbarrei em algo que fez um barulho de... de que quebrei alguma coisa, me feri, me machuquei, ficou a cicatriz, comecei a andar de novo, machuquei mais algumas vezes, no escuro parece que tudo é muito maior do que se imagina, daí já sabe né, parece uma eternidade e tudo escuro.
Não aguentava mais, meus olhos não me serviam de nada, procurava...procurava e procurava nada encontrava, e o pior, aqueles ruídos, as conversas da pessoas já não chegavam aos meus ouvidos, era tudo o que eu tinha, tentar me deixar guiar pelas "vozes", já não via nem ouvia, como nos filmes quando alguem fala: Não pode ficar pior, mas ficou, tudo que eu tocava já não fazia diferença era tudo uma coisa só, então já não só a escuridão, eu não via, não escutava e sequer sentia o meu tato, continuei a andar, sequer sabia se andava em círculos o tempo todo ou andava para lugar nenhum, vieram mais cicatrizes, a dor eu sentia, o medo cada vez mais me amedrontava.
De tanto andar parei e sentei, comecei a pensar, esqueci de muita coisa, só sabia o nome pra falar a verdade, sabia do amor, da saudade, da amizade os nomes eu sabia mas aquela sensação que cada uma dessas coisas faz em mim nada, levantei e comecei a voltar atrás, estava cansado, sobrecarregado de tanta coisa, não "me funcionava bem" não sentia, não via, não ouvia e tinha me esquecido do mais importante, então pensei, não vou conseguir sozinho!
Comecei a escutar de novo, era um Toc Toc que vinha de algum lugar, mas era uma porta que estava sendo batida, então gritei com toda a minha força já que não sabia de onde vinha e de qual distância, ninguem respondeu...Toc Toc...
Gritei de novo: Quem é?
E nada!
Mudei de idéia, com tudo aquilo que ainda existia em mim, com toda a força, gritei mais uma vez: Pode entrar!
A porta se abriu, uma luz forte, encantadora, que me brilhava os olhos transformou tudo que existia ali, então um homem me disse:
Eu sou Jesus, deixe que eu te conduza!
As minhas feridas foram curadas, vi as pessoas, ouvi os pássaros comecei a sentir novamente, olhei para tras aquele homem que mudou minha vida não estava ali, apenas algo no chão, me aproximei, uma pequena cruz e um bilhete:
Estarei sempre contigo, só preciso que permita que eu fique!
Gabriel Antunes Ferreira

O AMOR DE PAI

A mãe encarna o acolhimento e o afeto protetor; o pai, a autoridade

A família formadora de valores humanos e cristãos". Um dos valores a serem destacados é a figura do pai, muitas vezes, desgastada pela dificuldade com que se olha ao redor, pondo em relevo mais as experiências negativas do que a quantidade de homens que descobriram e vivem de forma tão silenciosa quanto verdadeira a sua vocação e a sua missão. As pastorais e movimentos que se dedicam à Família têm oferecido uma ajuda preciosa para o aprendizado da missão paterna, quando possibilitam a escuta recíproca, na qual as experiências dos outros aplainam o caminho para o exercício da paternidade.
Vida eterna consiste nisto: que te conheçam a ti, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (Jo 17, 3). Toda a vida cristã é como uma grande peregrinação para a casa do Pai, de quem se descobre todos os dias o amor incondicional por cada criatura humana e, em particular, pelo «filho perdido» (cf. Lc 15, 11-32). Tal peregrinação parte do íntimo da pessoa, alargando-se depois à comunidade de fé até alcançar a humanidade inteira. A crise de civilização manifestou o ser humano tecnologicamente mais desenvolvido, mas interiormente empobrecido pelo esquecimento ou pela marginalização de Deus. À crise de civilização, há que responder com a civilização do amor, fundada sobre os valores universais de paz, solidariedade, justiça e liberdade, que encontram em Cristo a sua plena atuação (cf. Tertio Millenio Adveniente, 49-54).
A lucidez com que o Servo de Deus João Paulo II preparou a Igreja e a humanidade para o Grande Jubileu continua sendo preciosa para a compreensão de várias situações em que nos encontramos, sendo uma delas a crise da figura do pai. E muitas vezes se criam dificuldades para falar de Deus Pai, argumentando ser frágil a imagem paterna que as pessoas têm. João Paulo II notou que é necessário inverter a ordem das coisas. Não é Deus que realiza a figura do pai terreno, mas os pais da terra é que devem se espelhar no Pai do Céu. Você é filho ou filha de um Pai bondoso, forte e comprometido, um Pai suficientemente sábio para guiá-lo no caminho, suficientemente generoso para caminhar ao seu lado a cada passo. Essa talvez seja a coisa mais difícil de acreditar, realmente acreditar, do fundo do coração, de modo que nos mude para sempre, que mude a maneira como encaramos cada dia (cf. John Eldredge, "A grande aventura masculina").
No âmbito da educação familiar, as ciências humanas estão descobrindo sempre mais a importância da figura paterna em vista de um desenvolvimento harmonioso dos filhos. Se a mãe encarna o acolhimento, a compreensão, o afeto protetor, o pai encarna a autoridade que faz crescer, faz sair do narcisismo infantil, introduz a pessoa na realidade, estimula a iniciativa, o altruísmo, o sentido de limite, a responsabilidade. Obviamente, para uma adequada relação educativa, o pai deve evitar o autoritarismo e o espírito de domínio, saber unir a ternura e a mansidão à racionalidade e à firmeza.
Ser pai é uma vocação, uma graça especial dada por Deus, para a qual o homem deve se preparar, percorrendo as etapas de seu amadurecimento, chegando à capacidade de doar-se. O pai provedor, imagem tão ligada à sua missão, não desapareceu e continua tendo lugar nas próprias famílias e na sociedade. Só que sua realização exige um processo de aprendizagem, no qual a superação do egoísmo encontra espaço privilegiado. Para prover, o pai aprende a prever e prevenir, antecipando-se em suas atenções com os filhos e, é claro, com sua esposa. Olhe para o alto, para aquele que é "o" Pai (cf. II Cor 6, 18), pois somente quem sabe ser filho aprende a ser pai, o que significa saber ouvir, não ser o dono da verdade, perguntar, aprender sempre de novo e aprender mais. E peça ardentemente, em sua oração, a graça de ser pai!
Nosso agradecimento a todos os homens que descobriram esta maravilhosa vocação. A eles chegue também nossa bênção, que desejamos estendida a todas as famílias, por intermédio dos próprios pais, aos quais pedimos abençoarem suas esposas e filhos no dia que lhes é consagrado. De fato, cada pai crie a oportunidade, neste dia, para transmitir a bênção de Deus a seus familiares. É direito e dever!
Dom Alberto Taveira Corrêa

SOMENTE O AMOR REDIME E SALVA

291210O amor vivido, em cada momento da nossa vida, purifica o nosso olhar, e passamos a enxergar as pessoas como, de fato, elas são e como Jesus as enxerga. As nossas simpatias e antipatias não podem determinar o nosso amor pelas pessoas; ao contrário, em todas as circunstâncias, devemos nos perguntar: “Como Jesus enxerga esta pessoa?”.
Deus é amor e o Seu mandamento é que nos amemos como Ele nos ama. “O que ama o seu irmão permanece na luz e não corre perigo de tropeçar” (I Jo 2,10).
Amar não é fácil, mas da nossa parte precisamos tomar uma firme decisão de viver o mandamento do amor, que o Senhor nos deu, na certeza de que a graça do Alto está sobre nós.
Senhor, ensina-nos a amar.
Jesus, eu confio em Vós!

DE A NOSSA SENHORA A CHAVE DE SUA CASA


No sonho de Dom Bosco, o Papa fazia com que a barca da Igreja chegasse entre as duas colunas: Maria e a Eucaristia. É preciso consagrar a nossa família e a nossa casa àqueles que são os seus verdadeiros donos. Se você ainda não deu a eles o direito de serem os donos do seu lar, está na hora de fazê-lo! Se as coisas andam erradas, certamente é porque você ainda insiste em ser o dono da sua casa. Quem somos nós para solucionar alguma coisa!
É preciso dar a Nossa Senhora a chave da nossa casa, e fazer com que ela seja a dona. Precisamos consagrar a nossa casa a ela. Não precisa ficar com medo! A primeira coisa que a Virgem Maria vai fazer quando você a constituir dona da sua casa é entronizar Jesus nela. "Entronizar" quer dizer "colocar no trono". Ela vai sentar-se no trono da sua casa e ficará ao lado de Jesus, humilde, olhando para Ele, para nós, para a nossa casa, apontando para Jesus, apresentando-Lhe nossos problemas e as dificuldades.
Há quem diga que estamos idolatrando Nossa Senhora. Não se trata de idolatria. Ela é dona e rainha mesmo, mas sabe qual é o lugar dela. Ela não vai tirar o lugar de Cristo. Ao contrário, irá devolver a Jesus o lugar que Ele não está tendo em nossa casa. Está na hora de consagrar a nossa casa a Virgem Maria. Tenha certeza de que, consagrando-a a ela, a nossa casa será consagrada a Jesus, o Senhor!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova