sábado, 20 de novembro de 2010

O QUE É AMIZADE ?

'O amigo é a metade da minha a alma

É difícil dizer alguma coisa sobre algo tão maravilhoso que se vive, se sente e se experimenta; pô-lo em palavras é quase impossível. Só se aprende mesmo o que é amizade vivendo. Amizade significa criar laços. É uma fonte que não retém a água para si (seria poço se o fizesse), mas a dá espontaneamente. O amigo também vai ao encontro de quem precisa e não espera que venham até ele. É renovação para quem dá e para quem recebe. É a descoberta de corações.

No início, o nome do outro não é nada para nós. A vida dele, seus gestos, suas preferências, sua história… Mas, aos poucos, nosso egoísmo cai, o coração se abre e há o encontro dos corações, com inexplicável sensação. Nossa vida muda. Tornamo-nos felizes.
É um afeto (afeição, sentimento profundo) que a gente sente por alguém. Ele não tem barreiras de cor, sexo, idade, cultura, classe social, nação… Ser e ter amigos é muito bom, é um sentimento que ultrapassa todas as barreiras!

A amizade é concórdia de afetos e obras, implica certa unidade afetiva.

“O amigo é a metade da minha alma” diz o filósofo Giovani Cassiano ao definir um verdadeiro amigo. Alguns filósofos consideram a amizade um valor altíssimo, por isso, foram capazes de dizer: “Sem amizade a vida não é vida!”
“Amizade é a coisa mais necessária na vida!”

VIVER O MOMENTO PRESENTE

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Trago a você alguns pensamentos de Chiara Lubich para ajudá-lo a refletir sobre a Palavra de Deus:

“Só é aproveitada com inteligência a vida de quem leva o Evangelho no coração, todos os dias de sua existência. E encontra seu supremo ideal encarnando as Palavras do Céu. Vivendo a Palavra de vida na vontade de Deus, momento por momento, sou a Palavra viva, a viva expressão do amor.

Do nosso dia, valerá o que, durante ele, tivermos “assimilado” da Palavra de Deus.

Se escolhemos Deus como ideal [de vida] - e essa é a nossa identidade -, se O colocamos em primeiro lugar, isso requer praticamente que coloquemos em primeiro lugar em nosso coração a Sua Palavra, a Sua vontade. Ela deve emergir sobre tudo o mais. Diante dela, todas as outras coisas, de certo modo, devem tornar-se indiferentes, com aquela santa indiferença a que alguns santos se referem. Em nossa vida, não deve ter tanta importância, por exemplo, ser sadios ou doentes, estudar ou servir, dormir ou rezar, viver ou morrer. O importante é viver a Palavra, ser Palavra viva.

Vivendo o momento presente, vivo todo o Evangelho.

Se a Escritura ensina a fazer bem as pequenas coisas, é justamente essa a característica de quem não faz outra coisa, com todo o coração, senão aquilo que Deus lhe pede no presente. Se alguém vive no presente, Deus vive nele, e se Deus está nele, nele está a caridade. Quem vive o presente é paciente, é perseverante, é manso, é pobre de tudo, é puro, é misericordioso, porque possui o amor em sua expressão mais alta e genuína; ama realmente a Deus com todo o coração, com toda a alma, com todas as forças; é iluminado interiormente, é guiado pelo Espírito Santo e, portanto, não julga, não pensa mal, ama o próximo como a si mesmo, tem a força da loucura evangélica de oferecer a outra face, de caminhar duas milhas…

Quem vive o presente está no Cristo Verdade. E isso sacia, sacia a alma que sempre anseia possuir tudo em cada momento de sua vida.” (SER A TUA PALAVRA, Chiara Lubich, Ed. Cidade Nova, pg. 55-57).
Padre Clóvis

A ATITUDE CONTINUA DO INTERCESSOR

O inimigo “joga” principalmente com os jovens que não tiveram um encontro com Deus. Mas também com aqueles que já estão no caminho do Senhor, que trabalham em encontros de jovens, exercendo ministérios, que participam da vida da Igreja, que receberam a “efusão do Espírito”. A luta é muito violenta e o inimigo de Deus é covarde. Quando percebemos, já estamos sem forças. Caímos no pecado, nos envergonhamos por causa disso, mas não sabemos como sair dessa situação. Não conseguimos nos apresentar diante do Senhor.

Há pecados por pensamentos, por desejos, muitos pecados solitários. Mas há também aqueles que não são cometidos sozinhos: avança-se no namoro, no noivado, “fica-se” com um e com outro, drogas, bebidas. Infelizmente essas coisas acontecem também entre os cristãos. O maligno investe contra nós porque quer nos roubar de Deus.

Na sua casa você vê o pai que continua na infidelidade, autoritário, bruto, bebendo. Vê o filho que não sai da vadiagem, das drogas. A filha revoltada, garota de programa. Vê as brigas que acontecem na sua casa, o desentendimento, a falta de diálogo e parece que nada vai mudar, que tudo vai continuar do mesmo jeito, sem solução.

Deus Pai quer que percebamos que fomos escolhidos para salvar a nossa família, escolhidos para ser intercessores como Moisés, de braços abertos, rezando sem cessar. Talvez você não possa rezar o tempo todo, mas a sua atitude contínua deve ser de intercessor. Você acredita no poder de Deus e sabe que não está lutando contra homens, mas contra o poder do mal. Por isso você intercede sem jamais desanimar.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

HIPOTECAR A VONTADE DE DEUS

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É o ser humano que deve se submeter a Deus e não Deus ao ser humano

 
Repete-se tantas vezes o que está na oração que Jesus ensinou, mas não se penetra fundo no sentido das palavras: “Seja feita a vossa vontade”.

Quem aspira a perfeição, a felicidade, a união com Deus toma como norma de todas as ações conformar, sinceramente, a vontade humana com a vontade divina. Cumpre fusionar as duas vontades. Trata-se de assegurar ao Senhor a submissão total aos Seus desígnios.

O empenho do cristão deve sempre ser trabalhar e determinar-se e dispor-se diligentemente a aderir ao que o Todo-poderoso determinou no Decálogo, nos Conselhos evangélicos, como também no cumprimento do dever de cada hora, de sua tarefa específica, acatando as inspirações do Divino Espírito Santo que apela para um esforço contínuo do aprimoramento de cada um.

A vontade de Deus se manifesta também por intermédio das Autoridades legitimamente constituídas. Quem assim procede recebe do Ser Supremo graças sobre graças. A maior delas é suportar com total paciência as turbulências da vida sem reclamar contra sua Majestade infinitamente sábia que tudo ordena para o bem dos que a amam e servem.

Todos os santos que com Cristo reinam no céu, indubitavelmente chegaram lá pela renúncia à própria vontade e pelo cumprimento da vontade divina, com maior ou menor grau de perfeição. Jesus deu a todos os Seus seguidores o exemplo: “Meu alimento é fazer a vontade do Pai que está nos céus (Jo 4,34). Pôde, por isso mesmo asseverar: “Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 7,21). É um dogma de fé e uma verdade filosófica que Deus criou, rege, governa e tem providência do mundo. Ele dirige todos os acontecimentos e dispõe todas as coisas com número, peso e medida, para que, em último termo, tudo ceda sempre a Sua maior glória e bem das almas. Deste modo, a vontade de beneplácito consiste em submeter cada um sua vontade a todos os acontecimentos providenciais que ocorram dentro e fora de si, permitidos e queridos por Deus para Seu louvor e salvação de cada pessoa.Tudo vem do querer positivo e permissivo do Criador.

Tais acontecimentos podem ser prósperos ou adversos para cada um, agradáveis ou desagradáveis, bons ou temporalmente maus, mas Deus sabe o que é melhor para Seus filhos. Jó deixou a célebre advertência: "Se recebemos os bens da mãos de Deus, porque não recebermos também os males?" (Jó 2,10). José do Egito, Tobias e tantos outros personagens do Antigo Testamento foram provados pelo Soberano Senhor, mas, submetendo-se a Ele, obtiveram bênçãos extraordinárias.

São Francisco de Assis, Santo Antônio de Pádua, Santa Teresa de Jesus queriam o martírio e desejavam pregar a fé aos infiéis, mas não lograram seu intento, porque o Senhor os destinava a outras missões. É o ser humano que deve se submeter a Deus e não Deus ao ser humano. É uma questão elementar de inteligência a criatura estar de acordo com o Criador, o ser contingente com o Ser Necessário, quem é finito com o Infinito.

Quando a cruz pesa, os trabalhos molestam, as tribulações abatem, as perseguições ofendem, as enfermidades doem, a resignação não poucas vezes falta e muitos se revoltam contra a Providência Divina.
Grandes são as vantagens de se hipotecar a vontade a Deus, pois isso ocasiona a purificação da alma, o aumento dos méritos, a paz interior, a imperturbabilidade. Para isso nada melhor do que viver na presença de Deus, repetindo sempre a Ele: "Senhor, vossa graça me basta e é ela que vos imploro".
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho