domingo, 31 de outubro de 2010

HALLOWEEN

Conheça a origem desta festa pagã 
O Halloween é uma festa muito comum nos EUA e Europa e é celebrada no dia 31 de outubro. A comemoração veio dos antigos celtas (povo que habitava a Grã-Bretanha há mais de 2000 anos). Eles realizavam a colheita nessa época do ano, e segundo um antigo ritual desse povo, os espíritos das pessoas mortas voltariam à terra durante a noite, pois queriam, entre outras coisas, se alimentar e assustar às pessoas.

Com isso, os celtas costumavam vestir máscaras assustadoras para afastar esses espíritos. Esse episódio era conhecido como “Samhaim”. Com o passar do tempo, os cristãos chegaram à Grã-Bretanha, e converteram esse povo [os celtas] ao Catolicismo. Com isso, a Igreja Católica transformou este ritual pagão em uma festa religiosa, que passou a ser celebrada nesta mesma época e, ao invés de honrar espíritos e forças ocultas, o povo recém- catequizado deveria honrar os santos, daí veio o “All Hallows Day”: o Dia de Todos os Santos.

Mas, a tradição entre esses povos continuou, e além de comemorarem O Dia de Todos os Santos, eles celebravam também a noite da véspera desse dia, com máscaras assustadoras e comida. Esta noite era conhecida como “All Hallows Evening”, a qual, ao ser abreviada com o passar do tempo, passou a chamar-se Halloween.

Vemos, dessa forma, que a tradição de se comemorar as bruxas ou outros espíritos não é cristã e deve ser evitada, ainda que tenha apenas uma conotação folclórica. Devemos, sim, celebrar o Dia de Todos os Santos.

DEUS QUER QUE SEJAMOS LIVRES PARA ESCOLHER O AMOR


O povo de Deus com aquela marca na carne, estava obrigado a cumprir toda a lei que está no Antigo Testamento. Mas aconteceu que os jovens judeus foram abandonando o amor, abandonando o bem em função da lei. Leis existem para ajudar o ser humano, mas quando elas só servem para oprimir os homens, precisa ser destituída.
Os judeus estavam pegando a lei de Deus, que é boa, e usando-a para interesses próprios, com uma visão limitada, sem espaço para o amor. Em nome da lei, muitas pessoas estavam sendo machucadas, passadas para trás e destruídas. São Paulo nos diz: "É para a liberdade que Cristo nos libertou".
Jesus nos libertou do medo do inferno, medo do diabo e do castigo. Quantos erros nós cometemos! Se Deus fosse pedir contas dos nossos erros, ninguém se salvaria. O que a Palavra está nos dizendo é que, não é pelo fato de termos feito as coisas exatamente pela lei que vamos ser salvos.
Jesus nos libertou. Quando acolhemos o Senhor em nosso coração, Ele nos muda. Antes, nos contínhamos para não fazer o mal, porque sabíamos que haveria um castigo; mas agora não fazemos o mal, porque Cristo está conosco.
Deus quer que sejamos livres para escolher, por amor, onde e com quem queremos estar. Ele não quer a nossa obrigação, mas o nosso coração. Ele que nos libertou diz: “Ficai firmes e não vos deixeis amarrar de novo ao jugo da escravidão”.
Márcio Mendes
Comunidade Canção Nova

PORQUE EXISTE O SOFRIMENTO?

O sofrimento faz parte da vida do homem, contudo, este se debate diante disso. E o que mais o faz sofrer é sofrer inutilmente, sem sentido.
Saber sofrer é saber viver. Os que sofrem fazem os outros sofrer também. Por outro lado, os que aprendem a sofrer podem ver um sentido tão grande no sofrimento que podem até amá-lo.
No entanto, só Jesus Cristo pode nos fazer compreender o significado do sofrimento. Ninguém sofreu como Ele e ninguém como Ele soube enfrentá-lo [sofrimento] e dar-lhe um sentido transcendente. Ninguém o enfrentou com tanta audácia e coragem como Ele.
Há uma distância infinita entre o Calvário de Jesus Cristo e o nosso; ninguém sofreu tanto e tão injustamente como Ele. Por isso, Ele é o “Senhor do Sofrimento”, como disse Isaías, “o Homem das Dores”.
Só a fé cristã pode ajudar o homem a entender o padecimento e a se livrar do desespero diante dele.
Muitos filósofos sem fé fizeram muitos sofrer. Marcuse levou muitos jovens ao suicídio. Da mesma forma, Schopenhauer, recalcado e vítima trágica das decepções, levou o pessimismo e a tristeza a muitos. Zenão, pai dos estóicos, ensinava diante do sofrimento apenas uma atitude de resignação mórbida, que, na verdade, é muito mais um complexo de inferioridade. O mesmo fez Epícuro, que estimulava uma fantasia prejudicial e vazia, sem senso prático. Da mesma forma, o fazia Sêneca. E Jean Paul Sartre olhava a vida como uma agonia incoerente vivida de modo estúpido entre dois nadas: começo e fim; tragicomédia sem sentido à espera do nada definitivo.
Os materialistas e ateus não entendem o sofrimento e não sabem sofrer; pois, para eles o sofrer é uma tragédia sem sentido. Os seus livros levaram o desespero e o desânimo a muitos. O “Werther”, de Goethe, induziu dezenas de jovens ao suicídio. “A Comédia Humana”, de Balzac, levou muitos a trágicas condenações. Depois de ler “A Nova Heloísa”, de Rosseau, uma jovem estourou os miolos numa praça de Genebra. Vários jovens também se suicidaram, em Moscou, depois de ler “Os sete que se enforcaram”, de Leonid Andreiv.
Um dia Karl Wuysman, escritor francês, entre o revólver e o crucifixo, escolheu o crucifixo. Para muitos esta é a alternativa que resta.
Esses filósofos, sem fé, levaram muitos à intoxicação psicológica, ao desespero e à depressão, por não conseguirem entender o sofrimento à luz da fé.
Quem nos ensinará sobre o sofrimento? Somente Nosso Senhor Jesus Cristo e aqueles que viveram a Sua doutrina. Nenhum deles disse um dia: “O Senhor me enganou!” Não. Ao contrário, nos lábios e na vida de Cristo encontraram força, ânimo e alegria para enfrentar o sofrimento, a dor e a morte.
Alguns perguntam: se Deus existe, então, como Ele pode permitir tanta desgraça, especialmente com pessoas inocentes?
Será que o Todo-poderoso não pode ou não quer intervir em nossa vida ou será que não ama os Seus filhos? Cada religião dá uma interpretação diferente para essa questão. A Igreja, com base na Revelação escrita e transmitida pela Sagrada Escritura, nos ensina com segurança. A resposta católica para o problema do sofrimento foi dada de maneira clara por Santo Agostinho († 430) e por São Tomás de Aquino († 1274): "A existência do mal não se deve à falta de poder ou de bondade em Deus; ao contrário, Ele só permite o mal porque é suficientemente poderoso e bom para tirar do próprio mal o bem" (Enchiridion, c. 11; ver Suma Teológica l qu, 22, art. 2, ad 2).
Como entender isso?
Deus, sendo por definição o Ser Perfeitíssimo, não pode ser causa do mal, logo, esta é a própria criatura que pode falhar, já que não é perfeita como o seu Criador. Deus não poderia ter feito uma criatura ser perfeita, infalível, senão seria outro deus.
Na verdade, o mal não existe, ensina a filosofia; ele é a carência do bem. Por exemplo, a doença é a carência do estado de saúde; a ignorância é a carência do saber, e assim por diante.
Por outro lado, o mal pode ser também o uso errado, mau, de coisas boas. Uma faca é boa na mão da cozinheira, mas na mão do assassino... Até mesmo a droga é boa, na mão do anestesista.
O Altíssimo permite que as criaturas vivam conforme a natureza de cada uma; permite, pois, as falhas respectivas. Toda criatura, então, pelo fato de ser criatura, é limitada, finita e, por isso, sujeita a erros e a falhas, os quais acabam gerando sofrimentos. Assim, o sofrimento é, de certa forma, inerente à criatura. O Papa João Paulo II, em 11/02/84, na Carta Apostólica sobre esse tema disse que: “O sentido do sofrimento é tão profundo quanto o homem mesmo, precisamente porque manifesta, a seu modo, a profundidade própria do homem e ultrapassa esta. O sofrimento parece pertencer à transcendência do homem” (Dor Salvífica, nº 2). “De uma forma ou de outra, o sofrimento parece ser, e de fato é, quase inseparável da existência terrestre do homem” (DS, nº 3).
Felipe  Aquino

PORTA ESTREITA ESFORCE-SE PARA AJUSTAR SUA VIDA

Não podemos desprezar a educação do Senhor

Refletindo o Evangelho de Lucas 13,23 temos, sem dúvida, a oportunidade de crescer fortalecendo as nossas decisões, como também, a virtude da vigilância. Em Lucas 13, 23, nós encontramos alguém que faz uma pergunta a Jesus: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” Diante da pergunta, Cristo a responde com uma forte afirmação no versículo seguinte: "Fazei todo o esforço possível para entrar pela porta estreita. Por que eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão".
A exigência do Evangelho deve, portanto, nos questionar se a vida que levamos, verdadeiramente, nos forma e prepara, para as diversas "portas estreitas da vida", inclusive, para a porta estreita, por excelência, que é o julgamento final. É muito significativo e profundo o fato de Jesus afirmar que muitos tentarão e não conseguirão entrar.
O que isso pode significar para nós? Será que esses levavam uma vida de completa ilusão acerca do seu preparo? Ou seja, viviam uma ilusão de seguimento de Jesus, de estar preparados, contudo, sem as condições necessárias para responder a exigência da porta estreita. Estar com Nosso Senhor Jesus Cristo, mas não ser inteiramente d'Ele constitui a ilusão que mais frustra o homem.
A porta estreita nos revela o quão importante é ter uma vida de intimidade com Cristo, que compromete o ser, ou seja, a vida na sua totalidade. Em I João 2, 4, colhemos o critério que nos prova: “Aquele que diz: 'Eu conheço', mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele”. Tal dimensão nos encaminha para um exame de consciência intenso, por meio do qual percebemos que – sem a prática dos ensinamentos de Jesus – no concreto da vida, nosso preparo revela-se ilusório e fantasioso. Se a consciência, o conhecimento e a fé não se revelam capazes de governar a vida, a existência torna-se mentira e falsidade.
E, de fato, tudo aquilo que não é cosntruído na verdade sempre irá cair por terra um dia, o tempo é o seu maior adversário, pois, este [tempo] sempre vence aquilo que não possui raiz profunda e substância!
Agora, quem pode nos preparar para a exigência da porta estreita? Constatamos que somente Alguém pode nos formar para tal realidade: Deus, que nos criou! Por esse motivo a Carta aos Hebreus afirma que não podemos desprezar a educação do Senhor, que nos repreende e corrige em vista da salvação. Contudo, sem o "fazei todo o esforço possível", acaba-se por não viver o comprometimento e o dinamismo do ser melhor, da mudança, que nos faz vir para fora, inserindo-nos nessa realidade de purificação e preparação.
Nesse Evangelho Jesus coloca ainda um outro questionamento no versículo 25a e 26: “Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: 'Senhor, abre-nos a porta!'. Ele responderá: 'Não sei de onde sois'".
É, sem dúvida, muito triste seguir um caminho e ver as esperanças frustradas, mas isso é justamente o resultado de uma vida feita de "meias medidas", de "jeitinhos" aqui e lá, enfim, de meras aparências. Precisamos ser responsáveis, reconhecendo que Deus nos conhece inteiramente e que o improviso e a imprudência não são salvíficos. Portanto, não nos enganemos, sigamos um caminho permitindo que o "Dono da Porta" nos ajuste na medida da "porta estreita", pois, a medida correta está em Deus, não em nós mesmos.
Mas, infelizmente, vivemos em um mundo onde a busca de muitos é pela "porta larga", ou seja, pelo mais fácil e rápido. Que tipo de pessoas podem surgir de uma formação que busca a facilidade e a falsa proteção? Pessoas desanimadas e excessivamente sensíveis, que tendem à perda de sentido da vida, pelo simples fato de não conseguirem enfrentar as exigências naturais da vida e da fé. Por isso, decida-se por um caminhar no qual a referência seja a Palavra de Deus, que além de nos revela Jesus, também nos desvela a verdade de nós mesmos.
O que precisamos fazer e deixar Deus fazer em nós? Que Deus o abençoe, o prepare e o ajuste na medida da "porta estreita"; o tempo da graça, o Kairós de Deus para ser estreitado é hoje!
Pe. Eliano Luiz Gonçalves

VOCE SE ACEITA COMO É?

Cada um de nós é riquíssimo no seu ser. Fomos feitos à imagem de Deus; o que mais poderíamos desejar? O Todo-poderoso entrou dentro de Si mesmo para, lá, ir buscar o nosso molde.
Como, então, você pode ficar reclamando das qualidades que você não tem? Não seria isso ser ingrato com o Senhor?
Antes de lamentar e lamuriar o que você não tem, agradeça o que você já tem e tudo o que recebeu gratuitamente de Deus Pai. Olhe primeiro para as suas mãos perfeitas… e diga: "Muito obrigado, Senhor!" Pense nos seus olhos que enxergam longe; seus ouvidos que ouvem o cantar dos pássaros, e diga mais uma vez: "Obrigado, Senhor!" Da mesma forma, olhe para a beleza e o vigor da sua juventude e agradeça ao bom Pai, de quem procede toda dádiva boa.
A pior qualidade de um filho é a ingratidão diante do pai. Jesus ficou muito aborrecido quando curou dez leprosos (uma doença incurável na época!), mas só um (samaritano) voltou para agradecer. E este não era judeu, isto é, o único que não era considerado pertencente ao povo de Deus.
Você recebeu uma grande herança de Deus, que está dentro de você: sua inteligência, sua liberdade, vontade, capacidade de amar, sua memória, consciência, etc., enfim, seus talentos, que o Senhor espera que você os faça crescer para o seu bem e o dos outros. A primeira coisa a fazer, para que você possa multiplicar esses talentos, é aceitar-se como você é, física e espiritualmente.
Não fique apenas olhando para os seus problemas, numa espécie de introspecção mórbida, porque senão você acabará não vendo as suas qualidades; e isso o tornará escravo do seu complexo de inferioridade.
São Paulo disse que somos como que "vasos de barro", mas que trazemos um tesouro de Deus escondido aí dentro (cf. I Cor 4, 7).
Eu não estou dizendo que você deva se esconder dos seus problemas nem fazer de conta que eles não existem; não é isso. Reconheça-os e aceite-os; e, com fé em Deus, e confiança em você, lute para superá-los, sem ficar derrotado e lamuriando a própria sorte.
Saiba que é exatamente quando vencemos os nossos problemas e quando superamos os nossos limites, que crescemos como pessoas humanas.
Não tenha medo dos seus problemas, eles existem para serem resolvidos. Um amigo me dizia que todo problema tem solução; e que, quando um deles não a tem [solução], então, deixa de ser problema. “O que não tem remédio, remediado está”, diz o povo. Não adianta ficar chorando o leite derramado.
É na crise e na luta que o homem cresce. É só no fogo que o aço ganha têmpera. É sob as marteladas do ferreiro que a lâmina vira um espada. Por isso, é importante eliminar as suas atitudes negativas.
Deus tem um desígnio para você e para cada um de nós; uma bela missão a ser cumprida, e você pode estar certo de que Ele lhe deu os talentos necessários para cumpri-la.
Deus Pai quer que você seja um aliado d'Ele, um cooperador d'Ele, na obra da construção do mundo. O Senhor não nos entregou o mundo acabado, exatamente para poder nos dar a honra e a alegria de sermos Seus colaboradores nesta bela obra. Ele precisa de nossas mãos e de nossa inteligência, pois quer usar os nossos talentos. Por essa razão, o homem mais infeliz é aquele que se fecha em si mesmo e não usa os seus talentos para o bem dos outros. Este se torna deprimido.
Na "Parábola dos Talentos", Jesus mostrou que só foi pedido um talento a mais àquele que tinha ganhado um; mas que foi pedido dez novos talentos ao que tinha dado dez. Deus é coerente.
Você sabe que é “único” aos olhos d'Ele, irrepetível; logo, você recebeu talentos que só você tem; então, o Senhor espera que você desenvolva esta bela herança, sendo aquilo que você é.
É um ato de maturidade ter a humildade de reconhecer os seus limites e aceitá-los; isso não é ser menor ou menos importante; é ser real.
Aceite suas limitações, seus problemas, seu físico, sua família, sua cor, sua casa, também seus pais e seus irmãos, por mais difíceis que sejam… e comece a trabalhar com fé e paciência, para melhorar o que for possível.
Se você não começar por aceitar o seu físico, aquilo que você vê, também não aceitará os defeitos que você não vê. Você corre o risco de não gostar de você se não aceitar o seu corpo. Muitos se revoltam contra si mesmos e contra Deus por causa disso. Você só poderá gostar de você - amar a si mesmo - se aceitar-se como é física e espiritualmente. Caso contrário não será feliz.
É claro que é bom aprender as coisas boas com os outros, mas não podemos querer imitá-los em tudo. Você não pode ficar se comparando com outra pessoa, e quem sabe, ficar até deprimido porque não tem o mesmo sucesso dela. Cada um é um diante de Deus Pai. Também não se deixe levar pelo julgamento que as pessoas fazem de você. Saiba de uma coisa: você não será melhor porque as pessoas o elogiam, mas também não será pior porque elas o criticam. Como dizia São Francisco, “sou, o que sou diante de Deus.”
Certa vez, iam por uma estrada um velho, um menino e um burro.
O velho puxava o burro e o menino estava sobre o animal.
Ao passarem por uma cidade, ouviram alguém dizer:
“Que menino sem coração, deixa o velho ir a pé. Devia ir puxando o burro e colocar o velho sobre este!”
Imediatamente o menino desceu do burro e colocou o velho lá em cima, e continuaram a viagem.
Ao passar por outro lugar, escutaram alguém dizer:
“Que velho folgado, deixa o menino ir a pé, e vai sobre o burro!”
Então, eles pararam e começaram a pensar no que fazer:
O velho disse ao menino:
"Só nos resta uma alternativa: irmos a pé carregando o burro nos nossos braços!…"
Moral da história: é impossível agradar a todos!
Felipe Aquino

sábado, 30 de outubro de 2010

SANTIDADE, PECADO E O PERDÃO DOS PECADOS

                                                                        
Quem se perdoa, também perdoa aos outros
Deus reserva para o pecador Suas delicadezas de Pai de misericórdia, que ama e perdoa sempre. Regenera-o totalmente para que possa retornar o caminho e trabalhar para o Reino d'Ele, pela justiça e pela paz.
"Misericórdia" é uma das palavras que mais aparecem na Bíblia, sobretudo, no Evangelho de Lucas, que é chamado "o evangelista da misericórdia". A prática de Jesus confirma a atitude de um Pai misericordioso.
Cuidar e cuidar-se são atitudes que geram qualidade de vida. Tudo na vida requer cuidado. Um projeto de santidade requer uma atitude contínua de vigilância e de cuidados diários. Devemos cuidar diariamente de nosso corpo e de nossa alma, assim como quem tem flores precisa cuidar delas todos os dias para não perdê-las.
A Igreja oferece a seus fiéis um sacramento especial: rito do perdão. O sacramento da confissão é o lugar privilegiado do perdão de Deus para recuperar e cuidar da vida decaída dos cristãos.
Você se sente fraco e pecador? Deus lhe diz: "Faça sua parte e eu farei o resto. Tende confiança. Eu venci o mundo" (cf. Jo 16,33).
Diga com vontade: "Quero ser santo", "quero continuar a caminhada", e isso vai acontecer. Quem persegue um sonho precisa ter obstinação e uma santa teimosia, além de um otimismo repleto de esperança, que confia em Deus e em Seu poder. Deixe o resto por conta d'Ele. Deus ama a todos como são. Aliás, ama os pecadores mais que os "santos". É a lógica do amor. O Senhor entende profundamente o coracção humano, que é inconstante.
Deus Pai perdoa não apenas pelo sacramento da confissão. Sempre que alguém se arrepender de algo e pedir perdão será perdoado. A Bíblia diz que a caridade cobre uma multidão de pecados. Então quem tem o amor no coração não deve ter medo do pecado. O Altíssimo não só perdoa, mas se alegra com o retorno do filho, com sua conversão e faz festa, assim como o pai do filho pródigo, que abraçou e beijou o filho que retornava para a casa, preparando uma grande festa para comemorar a sua volta.
O tratamento que Jesus dispensava aos publicanos e aos pecadores era tão especial que escandalizava os fariseus, que se julgavam os "melhores". Cristo agia bem diferente: perdoava e esquecia os pecados cometidos pelos homens.
Há pessoas muito boas, bem intencionadas, que carregam certos "pecados" como uma verdadeira cruz, às vezes, pela vida inteira. Só Deus conhece o sofrimento terrível dessas pessoas que querem seguir Jesus, mas não conseguem porque cometem sempre a mesma falta, a qual, muitas vezes, nem pecado é, mas sim, hábito. Qualquer texto de moral cristã ensina que o hábito diminui a culpabilidade e até cancela a culpa. Embora, muitas vezes, não sejam pecados, criam, no entanto, um "sentimento de culpa" causando sofrimento às pessoas. Deus não quer isso para os Seus filhos queridos.
É preciso ter paciência támbem consigo mesmo e perdoar-se, sentir a alegria do perdão. O Salmo 50 nos ajuda a rezar: "Devolve-me a alegria de ser salvo" (Sl 50,14). Quem se perdoa, perdoa aos outros também.
O grande recurso criado por Cristo para restituir a paz e o perdão ao pecador e permite-lhe continuar, sem remorsos inúteis, o caminho da santidade é o sacramento da reconciliação ou penitência. Com ele, sela-se a paz. Sentir-se perdoado, poder “deixar para trás” um passado que, muitas vezes, nos incomoda e envergonha, para recomeçar uma vida nova, é certamente um grande dom de Cristo a cada cristão e à Sua Igreja.
(Trecho extraído do livro "Cristãos de atitude - O caminho espiritual proposto por Dom Bosco" de padre Mário Bonatti)

Padre Mário Bonatti

E O QUE SIGNIFICA SER FILHO DA LUZ ?

  O  sentido de trevas ou escuridão é dado aquilo que não  se v^ou aquilo que não  se pode ver porque envergonha.A violencia , a corrupçao, a mentira, o pecado nos retem para as trevas
 A luz revela,se alguma sujeira na casa e as luzes estão apagadas as pessoas não conseguem perceber a ausenciaqa do cuidado , da limpeza.Quqando a luz se acende o que era suja começa incomodar.
Cristo é o Filho da Luz e os cristãos são convidads a ser os novos cristãos.
A Luz é a novidade. A paisagem só pode ser contempladaverdadeiramnete sob a luz sem sujeiras.
Ser Filho da Luz é iluminar a vida para que  os problemas sejam resolvidas.
Jesus veio ao mundo,veio para os seus e os seus não o reconheceram faltou a luz.
Ágapé é luz.  É Luz que dessipa as trevas que dissipa a escuridão.
É luz que ilumina e aquece.
                             
                                    Oração
       Senhor,
Eu quero ser Filho da Luz,
Eu quero levar ao mundo a Tua luz,
 Senhor,
Eu sei que muitas vezes  eu vivi na escuridão.
O pecado  foi me consumindo e eu me acostimei com as trevas.
Eu fui fiel.
Eu abandonei o amor em busca de prazeres que não me trouxeram a felicidade
Eu errei, Senhor
Hoje estou aqui T e pedindo perdão
Hoje aqui abrindo as janelas e recebendo a Tua luz.
Que a T ua luz me invada , me retire o medo de viver me faça um anunciador.

Eu quero anunciar o Teu amor, mesmo que seja no deserto.
É essa a minha missão e é por isso que estou aqui nesta oração
Faz de mim o que quiseres.
Eu te amo Senhor
Sou Teu Filho.
Sou Filho da Luz.
Amém
Trecho do livro Ágape ( Padre Marcelo Rossi)

O REMÉDIO DO VENENO

                                                                                         
Da serpente vem o sôro, da cruz a
O remédio para curada picada da serpente é feito a partir do próprio veneno da cobra. Consegue-se tirar um bem maior, um remédio, uma solução a partir do próprio veneno.
No deserto, depois de ter murmurado, o povo de Israel foi picado por serpentes venenosas e mortíferas. A solução que Deus ofereceu é muito interessante:
“O Senhor disse a Moisés: “Faze para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido, olhando para ela, será salvo.” Moisés fez, pois, uma serpente de bronze, e fixou-a sobre um poste. Se alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, conservava a vida”. ( Nm 21,8-9)
Deus é tão forte e soberano que até através da serpente cura.
E Jesus disse: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem,” ( Jo 3,14). Jesus foi levantado e a vitória sobre a serpente aconteceu, reparando o erro de nossos pais no paraíso:
“A serpente era o mais astuto de todos os animais dos campos que o Senhor Deus tinha formado. Ela disse a mulher: É verdade que Deus vos proibiu comer do fruto de toda árvore do jardim?” ( Gn 3,1). A serpente convenceu Eva a comer o fruto proibido. Mas, eis que chegaria um tempo que apareceria um outro fruto mais poderoso. Isabel o reconheceu “exclamando em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”. (Lc 1,42)
Por Eva “recebemos” o maldito fruto que trouxe a morte. Por Maria, o bendito fruto que nos trouxe a salvação.
Debaixo da árvore do paraíso estava Eva para receber da serpente o fruto que geraria a morte e todas as demais desgraças que há no mundo. Aos pés da cruz estava Maria, a nova Eva, para receber em seus braços o Fruto que nos salvou definitivamente.
Se da serpente sai o veneno que mata, de Jesus verte o sangue nos lava de todo pecado, como nos diz o Apocalipse: “Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro“. (Ap 7,14)
Na cruz está a solução para todos os males da humanidade. Ali, todos, encontramos a graça: “Aproximemo-nos, pois, confiadamente do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e achar a graça de um auxílio oportuno”. ( Hb 4,16).
A Cruz é o trono da graça por que nela está dependurado o cordeiro que tira o pecado do mundo.
Todos os dias milhares de toneladas de esgoto entram no mar. Mas, se entrarmos 100 Km mar a dentro encontraremos águas limpas e cristalinas. Por mais que se jogue esgoto no mar, ele consegue absorver tudo e manter-se limpo. Ele é mais forte e poderoso que o esgoto.
De modo análogo, não há pecado que não possa ser purificado, pois “o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado”. (1Jo 1,7).
Fazem muito anos que a humanidade joga esgoto no mar. Mesmo assim, ele continua cristalino. Fazem muitos anos que a humanidade peca. Mesmo assim, jamais conseguirá diminuir o amor de Deus pela humanidade. Deus é MAIS.
Padre Alir Sanagiotto, SCJ

NOSSA VIDA DE ORAÇÃO

A oração constitui um dos elementos fundamentais da nossa vida espiritual. Santa Teresa de Ávila afirma: "Quem reza se salva; quem não reza se condena". A maior graça que possuímos, a qual nos foi dada no batismo, é poder chamar Deus de "Pai"; podemos e devemos chamá-Lo assim, pois somos Seus filhos no Filho.
Se somos filhos – e o somos! – precisamos estar constantemente na casa do Pai, pois o lugar dos filhos é em casa junto do Pai. Jesus é este que sempre se encontra retirado em profunda oração a Deus.
E o que é a oração? Os discípulos querem aprender e perguntam ao Senhor Jesus como rezar. A oração é o colóquio de amor entre duas pessoas que se amam; é o diálogo mais profundo da vida e da alma com Deus, na certeza de que podemos derramar a nossa vida – com tudo que ela compõe – na presença do Deus-amor.
A essência da minha oração jamais será a fidelidade – sempre estou em oração. Jamais será a piedade – estar todo inteiro na oração. Tudo isso é consequência da oração. A essência da oração é a verdade, a minha verdade acerca de tudo aquilo que sou, vivo e estou sentindo. Na verdade, reza quem toma a atitude de rasgar as vestes na presença do Senhor. Os maiores homens e mulheres da Sagrada Escritura sempre tomaram a decisão de rasgar as vestes diante de Deus Todo-poderoso. O que significa rasgar as vestes? Significa desnudar-se diante de Deus Pai; significa arrancar as máscaras de hipocrisia diante do Senhor, igualzinho o publicano que sobe ao templo para rezar.
Diante do Senhor, o assunto que Ele quer tratar conosco não é sobre as nossas qualidades, os nossos dons, sobre o que temos de maravilhoso e santo. Tudo isso, no máximo, o Senhor quer que venhamos a agradecer e a colocar a serviço dos irmãos, pois tudo isso veio d’Ele; é graça, é dom. O assunto que o Senhor quer falar conosco é sobre tudo aquilo que está em nós que não veio d’Ele – nossos pecados, nossas misérias, nossas infidelidades, nossas feridas… Pois Ele quer transformar tudo isso – ao curar o nosso coração – em dom, em carisma, em vida para dar vida aos outros.
A oração de Nosso Senhor Jesus Cristo era constituída de um polo totalizante, ou seja, Ele rezava a vida toda e toda a vida. Tudo era oração para Cristo; tudo era matéria-prima de encontro com o Pai. O carro-chefe da nossa oração é a confiança. Jesus confia no Pai, ou seja, Ele quer nos ensinar que do Pai só pode vir o que há de melhor para a nossa salvação e realização. Devemos confiar, pois pode um pai dar coisas más para os filhos? Se o pode, nos convençamos de uma coisa: este é tudo, menos pai, pois do pai – se este é pai de verdade – só pode vir coisas maravilhosas.
Todavia, o "vaso", que colherá todas estas maravilhas e que o Pai derrama sobre Seus filhos, chama-se confiança. Com confiança, peçamos e receberemos. Jesus, eu confio em Vós!
Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova

ONDE ESTAMOS COLOCANDO NOSSOS TALENTOS ?

                                                                          
Entendamos que a nossa felicidade passará pelo bom uso dos dons

Quando nos colocamos em oração - entendendo oração como intimidade e diálogo entre duas pessoas que se amam (o Senhor e eu, eu e o Senhor) –, logo nos deparamos com uma grande dificuldade: o que dizer a Deus? Muitas e muitas vezes, no momento da nossa oração, somos invadidos por pensamentos e lembranças, os quais temos até medo de imaginar que possam existir e vir até nós.
Quero dizer que tudo aquilo que o Senhor quer nos falar neste diálogo de amor, que é a oração, não é acerca dos dons, talentos e virtudes que venhamos a possuir; quanto a isso, no máximo Ele quer que agradeçamos e coloquemos tudo a serviço dos irmãos, pois tudo é graça d’Ele. O que Deus quer conversar conosco, na oração, é sobre aquilo que não veio d’Ele, ou seja, nossas misérias, infidelidades, pecados e feridas. Por isso Deus quer curar e transformar todos esses males que temos em nós, em carismas, em vida, em dom.
Contudo, não quero me ater às realidades próprias da nossa oração, mas a tudo aquilo que é dom, virtude, talento, capacidade; realidades que são puro dom, pura graça, pura gratuidade de Deus em nossa vida, para que possamos colocar tudo a serviço dos irmãos. Tudo o que temos, que é presente de Deus, Ele nos deu para que possamos nos santificar, nos tornando canais de santificação para nossos irmãos.
Um dos maiores pecados existentes é o da omissão; maior não no sentido de materialidade de pecado, mas no sentido dos efeitos que ele nos causa, como a paralisação da capacidade de amar a partir dos talentos que Deus nos deu.
Onde estamos colocando os dons que Deus nos deu para a nossa santificação e a santificação dos nossos irmãos? Quantas pessoas estão escondendo seus dons e talentos dentro das vasilhas e embaixo das camas do preconceito, da prostituição, da preguiça e da indiferença religiosa!?
Entendamos que a nossa felicidade passará pelo bom uso dos dons e talentos que Deus nos deu, mas nós reclamamos muito das situações que se encontram em nossa sociedade, no nosso mundo. As dificuldades pelas quais passamos não são porque os maus possuem força, mas porque os cristãos não são melhores, não são santos.
Santidade é colocar tudo aquilo que temos de melhor a serviço dos irmãos, nos gastando por amor a eles e colocando nossas misérias no coração de Jesus para que Ele nos cure para melhor servirmos aos outros.
Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

REZE PELA CURA DA SEXUALIDADE FERIDA

Às vezes, as mulheres se omitem e se anulam dentro do relacionamento. É importante que você, mulher, se expresse para o seu marido, mesmo que a princípio ele resista ao que você tem a dizer. O que você realmente espera do ato conjugal? Em que é necessário melhorar? Você também precisa saber do que seu esposo necessita nesta hora.
"Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo também amou a Igreja e se entregou por ela, a fim de santificar pela palavra aquela que ele purifica pelo banho da água. Pois ele quis apresentá-la a si mesmo toda bela, sem mancha nem ruga ou qualquer reparo, mas santa e sem defeito. É assim que os maridos devem amar suas esposas, como amam seu próprio corpo. Aquele que ama sua esposa está amando a si mesmo" (Efésios 5,25-28).
Espírito Santo, venha sobre nós e sobre os casais que estão vivendo um caos na sua vida sexual. Venha, Espírito Santo, trazendo ordem e nos libertando de toda armadilha do demônio. Rompa com o silêncio que destrói, com a indiferença e com as barreiras do ódio, do rancor, das mágoas e dos ressentimentos que bloqueiam o diálogo.
Restaure a vida dos casais, derramando o vinho do amor e do entusiasmo. Liberte a sexualidade ferida dos que estão dominados pelas forças do mal, pelo passado, pelo pecado. Cure os corações das mulheres que foram agredidas sexualmente, tratadas de qualquer jeito. Restaure o vínculo matrimonial entre os casais.
Pela intercessão de Nossa Senhora, que o Espírito Santo venha reconstruindo a vida sexual dos casais..
Salette Ferreira

O SEU CORAÇÃO É UM TERRITÓRIO DE DEUS


"Derramarei sobre vós água pura e sereis purificados. Eu vos purificarei de todas as impurezas e de todos os ídolos. Eu vos darei um coração novo e porei em vós um espírito novo. Removerei de vosso corpo o coração de pedra e vos darei um coração de carne". (Ez 36,25-26)

Deus quer nos dar um coração de carne, porque Jesus ressuscitado tem um coração de carne como o nosso. Após ressuscitar, Jesus se manifesta várias vezes aos discípulos. Eles se assustam, pensando que era um fantasma. Jesus, então, lhes mostra Suas chagas. Vendo ainda desconfiança nos corações deles, pede algo para comer (cf. Lc 24,40-43).

Todos nós gostaríamos de ter um coração diferente. A vida, com seus próprios acontecimentos, endureceu nosso coração. Mas saiba que Deus não nos deu um coração egoísta. Fomos feitos à imagem e semelhança d'Ele, que é a personificação do amor. O coração soberbo, orgulhoso, altivo, autossuficiente, não é o coração que Deus nos deu.

Seu coração é igual ao de Jesus. O pecado, a vida, o mundo ao seu redor é o que o fizeram duro, egoísta. Originalmente, ele não é e não deve ser assim. O que aconteceu foi uma usurpação, um roubo, uma intromissão indevida. Uma injustiça do inimigo, que entrou num território que não era dele. O seu coração é território de Deus, só Ele pode reinar.

Deus abençoe você!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

PRONUNCIAMENTO DO PAPA CONCLAMA BRASILEIROS A " DEFENDER A VIDA "

 


Bento XVI: “Ao defender a vida não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo”.
Roma, 28/10/2010 – Em encontro com bispos brasileiros no Vaticano, o Santo Padre Bento XVI ratificou a posição da Igreja Católica em relação ao aborto e recomendou a defesa de símbolos religiosos em ambientes públicos.
O Papa deixou bem claro que apóia a iniciativa dos bispos e sacerdotes em se posicionarem contra projetos que vão contra os Santos Ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Todos os católicos precisam conhecer essa declaração do Sumo Pontífice. Divulgue-a entre seus amigos.
“Amados Irmãos no Episcopado,
«Para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo» (2 Cor 1, 2). Desejo antes de mais nada agradecer a Deus pelo vosso zelo e dedicação a Cristo e à sua Igreja que cresce no Regional Nordeste 5. Lendo os vossos relatórios, pude dar-me conta dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança, como Dom Xavier Gilles acaba de referir na saudação que me dirigiu, dando livre curso aos sentimentos de todos vós e do vosso povo.
Como sabeis, nos sucessivos encontros com os diversos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tenho sublinhado diferentes âmbitos e respectivos agentes do multiforme serviço evangelizador e pastoral da Igreja na vossa grande Nação; hoje, gostaria de falar-vos de como a Igreja, na sua missão de fecundar e fermentar a sociedade humana com o Evangelho, ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a sua vocação à união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina.
Entretanto, o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a reta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural (cf. Deus caritas est, 29). O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76).
Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação intrinsecamente má e incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, conseqüência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38). Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vitæ, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo» (ibidem, 82).
Além disso, para melhor ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sócio-político de um modo unitário e coerente, é «necessária — como vos disse em Aparecida — uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o “Compêndio da Doutrina Social da Igreja”» (Discurso inaugural da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 3). Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. GS, 75).
Neste ponto, política e fé se tocam. A fé tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. «Com efeito, sem a correção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de ambigüidades, como acontece quando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da pessoa humana» (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as autoridades civis, 17-IX-2010).
Só respeitando, promovendo e ensinando incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana é que uma sociedade pode ser construída. Assim, Deus deve «encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política» (Caritas in veritate, 56). Por isso, amados Irmãos, uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na escola pública do Estado.
Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história. Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a baía da Guanabara que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo? Foi nessa presença de Jesus na vida brasileira, que eles se integraram harmonicamente na sociedade, contribuindo ao enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade.
Amados Irmãos, confio à Mãe de Deus e nossa, invocada no Brasil sob o título de Nossa Senhora Aparecida, estes anseios da Igreja Católica na Terra de Santa Cruz e de todos os homens de boa vontade em defesa dos valores da vida humana e da sua transcendência, junto com as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens e mulheres da província eclesiástica do Maranhão. A todos coloco sob a Sua materna proteção, e a vós e ao vosso povo concedo a minha Benção Apostólica

OS NOVOS CARISMAS SÃO RESONSAVÉIS PELO FUTURO DA IGREJA

O evento da Renovação Carismática Católica é a contestação do Espírito", salienta Matteo Calisi
"A Igreja através da Magistério Pontifício considera o florescer de novas comunidades um evento extraordinário do Espírito Santo que será destinado a caracterizar  o futuro da Igreja”. Foi o que afirmou nesta quinta-feira, 28, o presidente da Fraternidade Católica e membro do Pontifício Conselho para os Leigos, Matteo Calisi na primeira palestra do encontro mundial das novas comunidades.
Em seu painel intitulado “Anunciar Jesus Cristo, caminho, verdade e vida”, Matteo Calisi falou aos representantes das diversas comunidades dos cinco continentes presentes  no XIV Congresso Internacional da Fraternidade Católica das Novas Comunidades na cidade de Assis, Itália.
No Pentecostes de 1998, o Papa João Paulo II disse, que dentro da Renovação Carismática, a Fraternidade Católica tem o objetivo específico de manter a identidade católica e encorajar outras comunidades a terem uma estreita ligação com os bispos e com o Pontífice romano. “Aquilo que está em jogo não é simplesmente o exame de algum carisma particular, mas  um fenômeno global", enfatizou Matteo Calisi.
Calise ressaltou que os representantes das comunidades de todo mundo receberam um especial mandato de Deus. “Vocês são muito importantes no plano do Senhor e estão no coração do Santo Padre”, exaltou.
O presidente da Fraternidade Católica alertou para que estes dons de Deus, que são novos carismas, sejam  preservados. “Ainda se trata de algo novo que precisa ser conhecido e explorado e ao mesmo tempo protegido”, destacou. Calisi disse ainda que os todos deveriam se comprometer com responsabilidade para com este fruto da Igreja.
Nova Evangelização
Sobre a Nova Evangelização, o presidente da Fraternidade Católica destacou que os novos carismas são o aspecto mais luminoso, porque recolhem e movem milhões de leigos nos ambientes mais diversos, transformando a sociedade e levando o anúncio do Evangelho até mesmo às estruturas mais tradicionais da Igreja.
“Portanto, este florescer das comunidades está no coração do Papa e é uma grande esperança para a Igreja. É claro que será preciso tempo para purificar, pois ainda existem muitos aspectos humanos. É preciso separar o joio e o trigo”, salientou. Para Calisi, o pai de todos os carismas é o discernimento.
Para muitos foi quase um choque esta emissão do Espírito Santo em homens e mulheres. “É como um pacote de presente que ainda está fechado, mas quando se descobre esta presença do Espírito Santo no mundo, é o Deus do Céu que veio morar no meio dos homens. Somente pela contemplação é possível entender”, enfatizou.
Renovação carismática, um fenômeno contemporâneo
 
Na realidade, são infinitas todas as riquezas que os carismas têm, e elas são mais do que podemos compreender. “A Renovação Carismática é um fenômeno contemporâneo. É um movimento de busca insaciável pela presença de Deus que queima e não se consome”, ressaltou o membro do Pontifício Conselho para os Leigos.
Para ele a Renovação Carismática é a audácia da transformação. “Deus não mora em edifícios feitos de pedra, mas dentro de homens e mulheres. Não acredito que a Renovação é uma moda, mas uma experiência eterna . A Renovação Carismática não inventou nada, mas retomou algumas coisas que foram esquecidas. O que vale não é o aspecto exterior, mas o que se realiza no interior”, destacou Matteo Calisi.
 
A Renovação Carismática é uma erupção do Espírito Santo nesta sociedade que despreza Deus. Calise salientou que no norte da Europa muitas igrejas se transformaram em museus, mas no Brasil a situação é bem diferente.  Antes o Brasil era porto de chegada para muitas congregações missionárias, mas hoje é dele que parte missionários para todo mundo. “O evento da Renovação Carismática Católica é a contestação do Espírito. Milhões de cristãos estão vivendo uma genuína experiência de Deus”, sublinhou.
O presidente da  Fraternidade Católica salientou ainda que a a boa nova ainda não se tornou “notícia na mídia”, existindo ainda pessoas que não a receberam, e portar esta boa nova ainda é a missão dos cristãos.